domingo, janeiro 30, 2005

Resaca de éxito

O primeiro recital organizado polo Tangaranho Vermelho foi um sucesso. Houvo umha atitude muito positiva por parte d@s poetas convidad@s e umha grande receptividade por parte do público. Parece que também nom se me deu mal o de ser mestre de cerimónias. Quero deixar constáncia por escrito, a travês deste blog a minha gratidom com o Centro Social A Treu, com o Portal Galego da Língua, Radicalismo e Alberte Momán por fazer-se eco na rede da convocatória, a tod@s @s poetas participantes no evento, ao pessoal que assistiu como público, e muito em especial três pessoas que colaborarom, cada umha à sua maneira, na publicitaçom do recital; Noemí Basanta, Ângelo Pineda, e Gemma Branco.
E nada, que haverá que organizar mais actos, a ver se funcionam como este...

sexta-feira, janeiro 28, 2005

Sábado 29, dia D

Amanhá o recital do Tangaranho...até que enfim. Mantem-se o cartaz anunciado num princípio, com a salvidade de Luís Viñas, que nom acodirá por assuntos familiares. Polo demais, amanhá Sábado teremos oportunidade de escuitar a Alberte Momán, a Alicia Fernández, a Diego Villar, a Ângelo Pineda, a Cruz Martínez, a Miguel Vento, a Xavier Vásquez Freire e a Celso Álvarez-Cáccamo.

Será na Corunha, no Centro Social A Treu (Rua Sam José, 12)

Espero ver-vos alí.

quinta-feira, janeiro 27, 2005

Evitemos a lapidaçom de Amina!!!

Umha mulher poderia ser lapidada em breves em Nigéria. Por adultério, dim que seria. De novo, quero berrar que nom há futuro para África sem a mulher. África e o mundo precisam da mulher.

Deixade a vossa assinatura em www.amnistiapornigeria.org

terça-feira, janeiro 25, 2005

Notícias várias

O amigo Ângelo Pineda fixo chegar às minhas maos um fanzine literário - dos de antes, dos de "fotocopia e distribue" - intitulado Cadernos de Cultura e Derrube. A sua distribuiçom é de balde e para obter mais informaçom sobre a publicaçom ou enviar colaboraçons, pode-se fazer a travês do endereço ccderrube@yahoo.com.br. Contem textos muito interessantes, cheios de agudeça e humor.

O também amigo Brais González apresenta o seu primeiro poemário impresso, "Sangue sobre Silenzo", esta sexta 28 de Janeiro às 20.00 na Galeria Sargadelos de Compostela. Intervirám neste acto de apresentaçom Xiao Roel, Antón Figueroa e Euloxio R. Ruibal, aliás do autor.

Sobre o recital do Tangaranho, que será o 29, dizer que cai do cartaz o Luís Viñas e ainda nom sabemos se finalmente vai poder estar Celso Álvarez-Cáccamo. Será, como já tínhamos anunciado, no Centro Social A Treu às 20 horas.

Estou com umha faringite que nom sei se me vai deixar recitar, esperemos que sim. Também anda algo tocado o Miguel Vento. Polo menos, esperemos que ninguém mais enferme.

sexta-feira, janeiro 21, 2005

Nigger Soul

Nigger Soul
Eu topara-o umha manhá de primavera na ponte de Brooklin. O seu saxo tecia melodias que sabiam a Jamaica, a Cuba, a África… ele tratava de fixar a sua estrávica olhada em mim no entanto me relatava aqule delirante história , à calor dum charro. A sua visom evocava umha sorte de bardo afro-americano, era talmente um santom eremita que quigera ser poeta do povo. Impresionava aquele velho de voz agurdentosa, sujas rastas e longas barbas, tratando de envolver-me na visionária e gloriosa mitologia do seu povo: quando me queria desvelar o segredo do jazz, a essência do blues… quando me queria transportar à dimensom misteriosa onde habita o espítitu do calypso, do ska, do rocksteady ou quando me levava de maos colhidas voando às praias de Trinidad, a escuitar ferver os frutos do amor entre o sítar e o bidom. Aquele velho reagalara-me a sua amizade por uns minutos e um anaco da sua sabiduria para a toda a vida. Ensinou-me que os caminhos da música tenhem um percurso de ida espiritual e um percurso de volta disciplinar, mas que nós, cuitados brancos, temos que fazer esse percurso ao jeito inverso, porque nos falta o legado histórico, genético e emocional que configura essa carga espiritual. De nada serve a perfeiçom técnica: É que os teus antergos deixarom a vida apanhando algodom? Entom quem es tu para pretender violar os caminhos do jazz ou do blues? É que o teu avô era um preto de Puerto España que petava nos bidons diante dos soldados da Sua Graciosa Magestade? Entom nom digas que levas o calypso nas tuas veas!!! Assim de rotundo era o velho saxofonista rastafari. Eu agora estou num bar da minha cidade. (…) Penso que quiçás numha cousa sim que errou o meu amigo da ponte de Brooklin. Os sentimentos nom entendem de cor da pele. Os skinheads e os mods ingleses eram brancos uns, negros outros, e incluso paquistanís e indianos alguns. Os seus antergos nom apanhavam algodom , mas o sofrimento tem infinitas formas de deixar a sua impronta. Também eles conheciam o drama da emigraçom, o desarraigo e a exploraçom. O código genético da música jamaicana nom deveu ser muito difícil de descifrar para eles. O percurso espiritual dos seus caminhos foi, seguramente, caminhando em primeiro lugar e sem problema polos rapados admiradores de Lauren Aitken. Pago a minha consumiçom e vou a um local onde esta noite haverá um concerto de acid-jazz. Quero cheirar como se frige a alma do povo afro-americano envolta no lamento de melodiosas e profundas vozes negras, notar como as muxicas jazz-funky-soul saltam das cordas da guitarra para nadar nas ondas do baixo e como a bateria constrói rombos de vidro no éther que logo escacharám com um golpe de prato, tudo molhado com gotas de noite invernal da Galiza atlántica… e de madrugada passearei pola praia solitária , quiçá com a esperança de topar o espíritu do calypso, que terá descobrido que o vento mareiro das Rias Altas também o respira um povo que entende de sofrimento. Quiçá abandone por uns momentos a sua dimensom misteriosa e o tope bailando com as ondas do mar em meio do orvalho.

As outras vozes de América Latina

Aquí vai umha pequena mostra desses berros de raiva lançados desde esses países. Em realidade, bandas argentinas e brasileiras, já que nom me puidem fazer com letras de outras bandas de outros países. Um pequeno extracto pois destas vozes underground e anti-sistémicas.

Guerra Desumana (Ratos de Poräo)

Gritos de horror
rompendo o silêncio da noite
e quando se abre a janela
visöes horríveis a gente tem
somos contra:
essa guerra desumana

(....)

Cruel Situación (Pensar o Morir)

Cruel situación

Triste destino
es una realidad
gente vive en las calles
sin felicidad

abandonado
sin un hogar
pierden sus vidas
y su dignidad

y en los tachos
de desperdicios
buscan saciar
sus estómagos

(....)

Jump (Os Cabelo Duro)

Se você está pensando em mudar alguma coisa
näo fique aí parado esperando acontecer
faça a coisa certa näo cometa o mesmo erro
comece a mudar mas comece por você

(....)

Alcohol Oi! Violencia (Curasbun Oi!)

Se acabó la semana tengo ganas de tomar, dia viernes por la noche nos vamos a emborrachar, ya ha llegado la pandilla, enpieza a reunirse el crew, Punk y cabezas rapadas todos juntos en el bar, hartos ya de la rutina evadirse es la cuestión y si alguien nos molesta no tendremos compasión, sobran botas y tirantes, cerveza empieza a subir, los chicos están unidos, nadie nos va a dividir

(....)

Blah, blah, blah (Fun People)

The new men think of revolt just give me the old solution: blah, blah, blah. And the new men who talk about revolution just give me the old solution: blah, blah, blah. But the new men who WORK for a real revolt, they do give me another solution. For me, for you, and for all who work for a change.

quinta-feira, janeiro 20, 2005

As outras vozes de América Latina

Sempre me sentim atraido polas músicas extremas: o punk, o hardcore, o metal, o streetpunk, o Oi!...o rock radical basco puxo banda sonora à minha adolescência. Nas nossas "latadas" em tempos do ensino secundário, sempre lembro as cervejas e os charros na praia, com a música de fundo de Vómito, Eskorbuto, Kortatu ou La Polla. Alternavam estes grupos os seus passos polas pletinas com outras bandas como Barricada, Rosendo, Los Suaves, Barón Rojo, Leño, Iron Maiden, Ramones, Sex Pistols, Toy Dolls...e algumha maqueta adquirida nos postos de venda de material alternativo o 25 de Julho em Compostela, ou no local da CGT no antigo edifício de sindicatos, onde tinha o seu recuncho o colectivo Resisténcia Anarquista, do que fazia parte um companheiro habitual de fogidas, o Alfonso Diéguez. Lembro que eram os primeiros anos de andamento de bandas como Negu Gorriak ou Soziedad Alkohólika. Na comarca da Corunha trunfavam bandas como Abarrote no Parrote, Os Verjalhudos, La Bergüenza, Xentalla, Frustradicción (que começarom os seus passos como Distorsión Krónika...)
Mas eu quixera ter um recordo para bandas que também forom importantes e que nos fixerom olhar de outra maneira para América Latina. Antes das olimpíadas de Barcelona de 1992, tanto no estado espanhol como em América e Portugal puxo-se em marcha um grande movimento de protesto contra os fastos do Quinto Centenário do "Descobrimento" do "Novo Continente". Lembro que o ano precedente ao 92 foi de umha grande efervescência desse movimento e que no verao de 91 chegou às minhas maos umha demo que me abriu a janela a um mundo novo. Até entom, de América Latina conhecia o que todo o mundo; cantautores como Pablo Milanés, Silvio Rodríguez, Víctor Jara, Gilberto Gil...mas o meu amigo Xurxo Fernández Sánchez (Xurxo Breixo para os amigos, hoje técnico de som na Radio Galega) comprara no Dia da Pátria, no posto da distribuidora Treboada, umha fita intitulada "Rock subterráneo contra el Quinto Centenario" na que descobrim a Todos tus Muertos (a mítica banda argentina) e a Sedición (nom menos mítica banda mexicana à que muito depois puidem ver em directo e com cujos membros puidem conversar). Aliás, os peruanos Alvacast e outras andas de Venezuela, Chile ou Nicaragua. Os seus estilos iam desde o reagge até o punk mais acelerado, passando polo rock urbano e o heavy metal. Umha cançom que me deixou marcado pola sua sinceridade e crueça sobrecolhedora foi "Barrio Mil Calles" de Alvacast. Essa fita despertou em mim um grande interesse polo que se fazia ao outro lado do Atlántico, e sempre fum, à partir de entom, na procura de material, nom sempre facilmente acessível, sobre bandas latinoamericanas. E fum conhecendo bandas como Ratos de Porao (Brasil) Garotos Podres (Brasil) Ratax (Perú) Os Cabelo Duro (Brasil) Penadas por la Ley (Argentina) Fun People (Argentina) - Estes tocarom em Oleiros!!! Na Ocupa da Ria!!! Inesquecível...- Todos tus Muertos (Argentina) Sedición (México) Vantroi (México) Garaje H (Cuba) etc. Alguns deles atravesarom o Atlántico da mao de discográficas do estado espanhol, como Fragment!, W.C. Records ou Ezan Osenki. Alguns aproveitarom para emigrar e provar sorte por aquí. Penadas por la Ley estám actualmente afincadas em Bilbao e funcionam com o ex-baterista de Garaje H. Algum dia darei umha pequena mostra do que estas bandas deziam nas suas letras.

terça-feira, janeiro 18, 2005

A gripe que nom marcha

A gripe nom quer ir embora, e no centro de saúde nom me derom cita com a doutora Diaz Candamio até depois de amanhá. O bom, que safei de estar na loja. O mau, que vou ter que nom sair da casa até entom, para ver se me recupero. Parecia que ia curar, e isto nom dá curado.
Dizer que levo toda a semana colando cartazes. E que espero continuar dentro de um par de dias. Quero publicitar a consciência o primeiro recital organizado polo Tangaranho. Houvo umha confusom de datas, já que mesmo aquí dixem que o 29 de Janeiro calhava em sexta feira, quando em realidade calha em Sábado. Isso puxo em certa dúvida a celebraçom do evento, mas afinal vai-se celebrar igualmente. O que espero agora é que venham tod@s. Há dúvidas com Luís Viñas e com o Celso. Mas vamos confiar em que venham e que a festa seja completa.
Por certo, eu quixera fazer umha aclaraçom a respeito de umha polémica substentada entre o Radicalismo e o escritor Santiago Jaureguízar, que parece que pilha a este recital por meio. Primeiro dizer que eu nom pertenço ao colectivo Radicalista (ainda que sim há boas relaçons pessoais) Depois dizer que é o Tangaranho quem organiza o recital, nom os Radicalistas. E por último, que as pessoas que vam participar no recital nom tenhem nada a ver com esse colectivo, salvando ao Ângelo. Espero que, sabendo isto, o senhor Jaureguízar nom vaia aparecer alí pedindo-lhe contas à pessoa errada, já que o local e o momento nom som em qualquer caso os acaidos. Polo demais, que venha se quer; tem a mesma liberdade para vir que o resto da humanidade para nom vir. Isto nom o digo porque me assuste a ideia de que pretenda discutir comigo; eu apenas situo ao senhor Jaureguízar no quem é quem neste tinglado, por se há algumha confusom. Respondo polo que dixem. E respondo polo que som. Quiçá a mim também me interesse saber algumha cousa, como qual é esse manifestíssimo ponto de conexiom entre os Clash, o Radicalismo, Ramiro Vidal e... Xesús Alonso Montero. Ao melhor, Jaureguízar mo dá exprimido.

domingo, janeiro 16, 2005

Coerência

"Na igreja católica nom pode haver nengum muçulmano", dixo um dia Paco Rodríguez. Que sim, que sim, que vale; que tu dirás que és muçulmano, mas estás indo à igreja, nom à mezquita.

O Radicalismo

Lede o manifesto radicalista. Isto vai dar muito jogo.

quarta-feira, janeiro 12, 2005

Nov@s amig@s

Segue a medrar a lista de amig@s do Tangaranho, e mais que vai medrar nos próximos dias. Convido-vos a visitar um novo e interessante projecto, Dun corpo. É de relativamente recente apariçom no mundo blogueiro, e é interessante pola sua maravilhosa linguagem poética. Bem vindo este blog ao que espero seja umha rede de intercámbio de ideias, informaçons e conhecimentos. Em fácil català está escrito El Món actual, que trata de questons de política internacional de actualidade. O amigo Marc soma-se aos amigos do Tangaranho, espero que para muito tempo. E o nosso amigo mais novo é o Dáni, que desde Ogrobe, e animado pola minha caríssima Sabela, conta na nossa língua as vivências e aventuras de um raparigo na recta final da sua infáncia. Os nove anos som umha idade intensa, que lho perguntem a qualquer...
...e por último, despedir a minha amiga Sônia, que desde Säo Paulo nos fornecia de interessante informaçom acerca da saúde afectivo-sexual. Sônia, este blog continua a ser a tua casa.
Bom, visitade as novas ligaçons, e tende umha boa leitura.

terça-feira, janeiro 11, 2005

Galiza contra a Constituiçom Europeia

Galiza contra a Constituiçom Europeia

Foro Social Galego
Faculdade de Arte, Geografia e História de Compostela


Quinta-feira 20 Janeiro 16h. Acto de apertura Apresentaçom por Bráulio Amaro, Coordenador das Bases Democráticas Galegas


16.15-18h.Constituiçom Europeia e Democracia·Herminio Barreiro,catedrático de Pedagogia na USC·Xosé Manuel Garcia Crego,membro das Redes Escarlata·Marcial Gondar, catedrático de Antropologia na Faculdade de Filosofia da USC·Fernando Pérez, professor de Filosofia·Carlos Velasco, professor de História na Universidade de Corunha


18.30-20-30h.A Europa "Verde" do Capital·Xosé Ramón Doldán, professsor de Economia Aplicada da USC·José Maria Garcia, ADEGA·Pedro Iglesias, grupo ecologista ERVA·Xaquín Rubido, portavoz da Plataforma pola Defesa da Ria de Arouça·Xavier Simon, economista, professor da Universidade de Vigo


Sexta-feira 21 Janeiro10-12h.Antipatriarcado e feminismo·Carme Adán, coordenadora da Aula Castelao de Filosofia ·Paula Rios, Marcha Mundial das Mulheres·Isaura Barciela, Colectivo Mulheres Transgredindo


12.30-14.30h.As línguas na Constituiçom Europeia·Celso Álvarez Cáccamo, professor de Lingüística na Universidade de Corunha·Anxo Angueira, escritor e professor universitário·Maurício Castro, professor da EOI de Corunha·Carme Hermida, professora da USC


16-18h.Liberdades e repressom na Constituiçom Europeia·Fran del Buey, PRES.O.S.·Gustavo Garcia, advogado·Jesús Sanjoás, advogado


18.30-20-30h.Europa e a guerra global permanente·Nicolás González, ensaísta e membro do Colectivo Novo Projecto Histórico·Hossein Kerharvarz Manesh, militante da esquerda anti-imperialista iraniana·Carlos Taibo, analista de política internacional


Sábado 22 Janeiro10-12h.O mundo do Trabalho frente à Europa do Capital·Antolín Alcántara, Executiva Nacional da CIG·Manolo Caamaño, Executiva Nacional da CUT·Chuchi Fontenla, do Comité de Empresa da Administraçom Autonómica pola CDIL·Francisco Martins, director da revista comunista portuguesa Política Operária


12.30-14.30h.O sujeito político da Constituiçom Europeia·Joseba Álvarez, parlamentário da Esquerda Abertzale·Mauro Bulgarelli, deputado do Partido Verde no Parlamento italiano ·Domingos Antom Garcia Fernandes, professor de Filosofia·Xosé Luis Méndez Ferrín, escritor

domingo, janeiro 09, 2005

Pero canta, mandril!!!

Este é o berro de guerra nos concertos para mim, Pepe Cunha (dj Abretedeorellas) e o meu primo, o Pepe Teixido. As origens do berro remontam-se a um concerto de Prince na Corunha nos anos oitenta, e seria bastante longo de exprimir como surgiu a piada. O caso é que quando nos juntamos os três para um concerto, obsequiamos aos músicos com esse berro durante os cámbios de banda, mentras fam arrumaçons no cenário. Estou a começar o ano com música, e gosto disso. Quê seria de mim sem a música em directo?
Ontem fum a um concerto de Skárnio na sala Caimán, na Corunha. Estava organizado pola gente do Centro Social A Treu! Alí deu-se cita também pessoal de outros centros sociais, como Artábria, A Revolta, A Reviravolta, A Esmorga... com o que foi também umha boa ocasiom para ver a companheiros e companheiras de Vigo, de Ponte Vedra, de Ferrol e de outros pontos do país.
Gostei do concerto. O novo vogalista de Skárnio vai encaixando. Agora já estou a me preparar para umha nova expediçom musical, esta vez a Pontedeume. A X ediçom do festival de Treme a Terra.

sábado, janeiro 08, 2005

Sabela

Sabela nom é a minha protegida, nem o necessita. Sabela é umha pessoa que um dia decidiu dar-lhe um rumbo determinado à sua vida. Tomou um caminho nada fácil, o do compromisso, nuns tempos estes nos que comprometer-se com determinadas cousas nom o cobre a um precisamente de respetabilidade e prestígio. Mas ela sabe-se numha luita justa e honorável. Isso é o que lhe dá forças. Ignoro quê é o que pode levar a pensar que é umha vulgar e quê é o que pode ofender do seu comportamento. Também nom vou dizer que ela nom erre nunca, nem que esteja a salvo de ter nalgum momento da sua vida comportamentos inconvenientes. Mas a mim parece-me umha pessoa honesta. E por isso a quero. Nom acredito que mereça a acossa e a desqualificaçom permanente, e aliás, nem o pior dos desaires paga a pena perseguí-lo com tanta sanha. Se o resarcimento por um desaire necessita tanta perseguiçom, esse resarcimento nom pagará a pena. Por isso pido respeito para ela. Se se quer, apesar de tudo. Inclusso.
Sabela, este blog é a tua casa. Sabe-lo. Mas sei que gostarás de que cho diga mais umha vez. Continua com o teu blog, eu prometo desfrutar dele, e proponho-me fazer que cada dia mais pessoas partilhem comigo o prazer de ter-te entre nós, comigo.

quinta-feira, janeiro 06, 2005

Morreu Xosé Tarrio

Morreu umha figura controvertida e temida desde o poder político e mediático, mas também morreu, para o movimento libertário ibérico, todo um icone da luita pola dignidade humana desde o mais profundo das cloacas do sistema carcelário.
Morreu Xosé Tarrio, o autor de um livro que conmoveu a muitas pessoas que desconheciam esse mundo sórdido e infernal das prisons; "Huye, hombre huye". Para quem o lesse, existia o perigo de cair numha nociva tentaçom; o de acabar pensando que estava a lêr umha obra de ficçom, um romance de aventuras. A consciência de que o que se relatava alí era real e pertencia a um passado nom demasiado longíquo, era a que ajudava a nom perder a noçom de até quê ponto cada um dos factos, detalhes, dados que alí se davam faziam parte de umha peripécia brutal. Toda umha vida de peregrinagem polas prisons do estado espanhol, toda umha vida a sofrer as políticas penitenciárias criminosas impartilhadas polos diferentes governos da sinistra era González. A tortura, as drogas, a máfia funcionarial, o terrorismo de estado, a letal companhia dessa besta negra chamada SIDA...configuram a paisagem de fundo de uns lances nom exentos de acçom, que lhe dam bastante vida ao decorrer da história e que fam mais levadeira a leitura, mas que nom apagam a cadência dramática que envolve todo o relato, apesar de que o próprio autor refuga o excesso fatalismo e mesmo evita o ódio e concede - lhes aos personagens mais sinistros sempre algum ponto de humanidade. No livro nom falta espaço para a ternura, o humor, o engenho e para a reflexiom filosófico-política. É um livro que a muit@s lhes parecerá cheio de ingenuidade, mas que tem bastante lucidez em muitas passagens.
A morte de Tarrio, o homem que dera tantas liçons de dignidade em prisom, passou desapercebida a nível mediático, foi clandestina como clandestina foi a sua vida. Foi um inimigo público número um que sementou o terror no establishment do sistema judiciário - repressivo da Espanha dos anos noventa. Um rebelde com causa, que protagonizou fugas espectaculares e que levantou desde entre as reixas e em regimem de ilhamento a prisons inteiras em defesa dos direitos humanos. Os anos da dispersom dos presos e presas polític@s, da alimentaçom forçosa nas greves de fame, do extermínio camuflado de reclus@s enfermos de SIDA, a trama carcelária dos GAL...tiverom um aguilhom na pessoa de Xosé Tarrio, que com "Huye, hombre, huye" deixou constáncia daquela época, assinalando nomes próprios para os factos denunciados : Juan Alberto Belloch, Antoni Asunción, Enrique Mújika...
A SIDA levou por diante a este luitador, e agora o repto é que a sua luita, a sua bagagem de combate nom fique no esquecimento. Que o vento lhe seja leve, e a luita continua.

terça-feira, janeiro 04, 2005

O dia achega-se: O primeiro evento do Tangaranho!!!

O primeiro evento do Tangaranho já está aí, à volta da esquina. Hoje estivem todo o dia a brigar com o Illustrator, que estava estragado, primeiro, botando a perder várias horas de trabalho, e com o Corel Draw depois, e afinal acho que me ficou um cartaz bastante digno. Aínda que a lista de poetas participantes pode sofrer algumha modificaçom de última hora, dado que alguns deles enfrentam circunstancias pessoais que lhes condicionam o compromisso, este é por enquanto o cartaz do recital poético que se celebrará o 29 de Janeiro às 20h. no Centro Social "A Treu!":
Alicia Fernández
Cruz Martínez
Celso Álvarez-Cáccamo
Xavier Vásquez Freire
Ângelo Pineda
Miguel Vento
Diego Villar
Luís Viñas
Alberte Momán
Ramiro Vidal

Estám pendentes de questons de última hora o Celso, o Luís e o Alberte, mas vamos esperar que afinal poidam estar presentes na festa. Espero ver-vos alí.

segunda-feira, janeiro 03, 2005

Hebe de Bonafini

Hebe de Bonafini estivo na Corunha há anos. Foi umha bocanada de dignidade escuitar as suas palavras lúzidas. Na sua voz, palavras como coerência ou solidariedade, cobravam um sentido que jamais poderám ter na boca de outros. Hebe chegou aquí e nem um só grupo da Cámara Municipal a quixo receber. O PSOE, a Asociación de Víctimas del Terrorismo e outros inquisidores um dia decidirom fazer umha campanha de difamaçom internacional contra ela porque dixera em público umha inorme verdade: que o veneradíssimo juíz Garzón, que quixo julgar a Pinochet, era no estado espanhol um encobridor de torturadores e assassinos. E foi o imbécil de Joan Manuel Serrat a apoiar publicamente à facçom "golpista" das Madres de la Plaza de Mayo. Um episódio vergonhento. Mas também há, nesta beira do Atlántico, quem reconhece o labor de Hebe. Este é um tema da banda hardcore Tarzán, feita com retalhos de declaraçons suas. Desfrutade das palavras de Hebe de Bonafini.
LATIMOS CON SU CORAZÓN
Política no hice.
Apenas fuí a la escuela. En la calle aprendí.
Su ejemplo me enseñó.
Por revolucionarios
alguien los apartó de las Madres de Mayo.
Somos su voz. De ello estoy orgullosa.
Yo nunca dí a la vida el valor que le doy ahora.
Solidaridad. Hablamos con su boca,
para ellos están muertos
pero no para nosotras.
¡Latimos con su corazón!
Nunca van a morir
sus sueños e ilusiones.
Ellos están aquí, en las calles sin nombre,
en las fotografías, miramos con sus ojos.
No soy madre de un hijo.
Soy la madre de todos.

domingo, janeiro 02, 2005

SMS's recebidos na noite de fim de ano

"Mui feliz novo ano para ti também companheiro literato! Muitos beijinhos e muita sorte!"
Gemma

"Bon ano novo e independencia para os pobos. Unha aperta"
Alberte Momán

"Bou nadar, feliziano!"
Inés

"Seguimos en pe un ano mais e se conquerimos aprender dos erros e superar as derrotas o futuro é noso. Saude sorte e un bico. A por eles!"
Pepe Teixido