Alberte
Poesia galega contemporânea
O Concelho da Corunha decretou a suspensom de todas as actividades das festas de Maria Pita programadas para o dia de hoje, com motivo da morte de dezasete mercenários do exército espanhol no Afeganistám, dez deles pertencentes a umha agrupaçom do exército do ar com sede na Galiza, e maioritáriamente de origem galega. Concretamente um deles era vizinho da Corunha. Estes dezasete mercenários viajavam num helicóptero que, presumivelmente, foi abatido por fogo insurgente.
O meu saúdo ao irmao povo basco e aos companheiros e às companheiras da esquerda abertzale. Com o coraçom, amanhá estarei marchando com eles.
Hoje tocavam na Praça de Maria Pita quem para mim som umha das grandes bandas do rock espanhol; Seguridad Social. Guardo um recordo especialmente bom do LP “Introglicerina”, com certa atitude punk e com influências do rock e do rap. Acontece que eu tenho que madrugar, e afinal a balança, que oscilava entre o sim e o nom mentres baralhava a opçom de ir, inclinou-se do lado da prudência – raro em mim – e finalmente ficarei na casa, reservando-me para o concerto de amanhá, com a Fundación Tony Manero, O’Funkill’o e La excepción, e o do dia 11, com Rosendo. Enfim, a pesar de que nestas festas de Maria Pita há um bocadinho mais de pluralidade nas propostas – apenas um bocadinho – aquí os grandes marginados continuam a ser...os músicos galegos. Nem um só concerto onde a estrela seja um artista galego e, os músicos da comarca, totalmente desterrados mais um ano. Estes últimos, parece que se tenhem que conformar com cousinhas subsidiárias e meio marginais, tipo o Rock Marino, ou os tinglados que organiza de quando em vez o Gandy e que, quê casualidade, sempre acabam em folhom. Seria muito pedir que, com cada concerto que se faga com um artista ponteiro do panorama estatal ou internacional, vaia um teloneiro local?