Chistes de "gallegos"

Un indivíduo chamado Ricardo Parrotta, que se fai chamar escritor, jornalista e humorista, vem de publicar o seu terceiro livro de "chistes de gallegos". Piadas sobre os galegos, que mostram a este povo como um colectivo de indivíduos imbéceis e ignorantes.

Humor racista sempre o houvo. O problema é que alguns pretendem, polos vistos, elevá-lo à categoria de literatura. Há umha editora que cometeu o imenso erro de publicar este compéndio de infámias contra o nosso povo e há um autodenominado escritor ao que nom se lhe pode negar um claro olfato para cheirar o dólar, que está a fazer muitos cartos com estes livros. E eu penso que há um problema de falta de ética, de nom saber onde está o limite do tolerável no humor. Em geral, nunca gostei das piadas de galegos, nem de negros, nem de judéus, nem de ciganos, nem de árabes, nem de bascos, nem de catalans, nem de leperos. Nunca gostei, nunca lhes atopei graça.E a verdade, acho de péssimo gosto que se publiquem estas cousas. Desde logo, se umha editora galega publicasse um livro de piadas sobre argentinos, eu protestaria.

O preocupante é que parece que este indivíduo por um lado pretende tirar-lhe ferro ao assunto e polo outro defende-se atacando.Ao tempo que di nom ser racista nem albergar nengum sentimento negativo contra a Galiza, afirma que o governo galego é nazista, porque no seu web se afirma que a raza celta é superior. Homem, se isto fora assim, chamar-lhes nazistas era pouco. O problema é que umha afirmaçom assim há-na que demostrar, e temo que isso nom vai ser possível. Visito com asiduidade o web da Xunta, por diferentes motivos, e nunca vim texto algum alussivo a nengumha raza...polo menos humana (outra cousa é que se fale do porco celta ou da raza rúbia galega, que como todos sabemos é umha raza de vacas) e por aquí pode-lhe medrar outro anano ao senhor Parrotta, muito apressado em declarar o seu amor e admiraçom pola Galiza, mas que, nom contento com atacar ao povo galego, ataca às suas instituiçons. Sempre é relativa e discutível a legitimidade ou nom de qualquer instituiçom, mas desde logo há manhas dialécticas que merecem o esnaframento do funambulista que as utiliza. Eu, que nom som autonomista, rirei a cachom como o governo autonómico decida demandar a este "tipo listo".