Algumhas reflexions sobre o acontecido neste Domingo em Compostela
Nom pretendo com este post fazer um artigo de opiniom. Poderia fazê-lo, porque, modéstia à parte, as minhas dotes literárias, ainda que modestas, dam para tal. Mas já se escreveu tanto sobre o tema que o tal artigo nom ofereceria realmente atractivos para serem lido. Muita gente opinou já na internet sobre este tema, e todos tenhem mais capazidade do que a que eu tenho para expressarem o que pensam. E como com alguns estou plenamente dacordo, pois já me sinto representado polo que esses artigos dim. O que escrevo hoje, simplesmente é para consumo interno deste blog. Para que fique constáncia de que quem promove o tangaranho vermelho nom fica indiferente sobre as muitas cousas que acontecerom em Compostela, todas dignas de análise, ou quando menos de comentário.
1.- Sobre o significado da manifestaçom de Galicia Bilingüe. Há quem aceita de princípio que a manifestaçom promovida por GB é simplesmente um exercício de liberdade de expressom por parte de um sector da cidadania galega que está em desacordo com a política lingüística da "Xunta de Galicia". Isto seria assim, se nom se deram algumhas circunstáncias a considerar. Em primeiro lugar, os objectivos confessos da convocatória: dar com a Lei de Normalizaçom Lingüística e o "decreto do 50%" no chao. Isso é ir muito mais aló da crítica à gestom de um governo. Porque resulta que as duas cousas som anteriores à chegada do executivo presidido polo senhor Touriño a Sam Caetano. Isso é carregar contra o esquelete, contra o próprio corpus legal que garante (com todas as aspas que lhe queiramos pôr)a presença pública do galego nas instituiçons em geral e na educaçom em particular.Depois está a questom de se toda essa legislaçom se cumpre ou nom e como se cumpre. Mas sem marco legal, nom há nem garantias nem marco para desenvolver a normalizaçom do galego.
Em segundo lugar, a contradicçom entre a ideia força que servia como reclamo para aglutinar entorno à convocatória e o que propugnam as forças políticas apoiantes da mesma. Ou seja, bilingüismo versus o modelo sócio-lingüístico que já nos podemos imaginar que defenderám organizaçons como a Falange ou Democracia Nacional. Ou o modelo que já conhecemos do PP, porque o sofremos durante muitos anos, ainda que na "era Feijoo" esse modelo se revisa e deriva cara umha maior radicalidade na defesa da supremacia do castelhano.
E em terceiro lugar, a introducçom de um elemento claramente desvirtuador que é a concorrência de um número indeterminado mas elevado em todo caso de pessoal de fora da Galiza. Circula por aí a informaçom de que chegarom nesse dia a Compostela até doze autocarros procedentes de Madrid. O cálculo seria multiplicar 12 por 55. Isto dá mais de 600 pessoas chegadas de Madrid. Mas o número de participantes de fora do país nom se resolve com esta operaçom, porque também se sabe da arrivada de autocarros desde o País Valencià e desde Euskadi.700 ou 800 pessoas de fora da Galiza, numha manifestaçom de Galicia Bilingüe, teoricamente para reivindicar o bilingüismo na Galiza? Numha manifestaçom de 4000 pessoas? Demasiado peso do elemento foráneo, nom é?
Essa concorrência massiva de pessoal de fora, tomando partido sobre umha situaçom que eles na prática desconhecem e nom lhes afecta, converte umha manifestaçom de umha associaçom com domicílio na Galiza num desembarco de supremacistas espanhois. Tal qual. Que nom venhem aquí a reivindicar um cámbio concreto na política concreta de um governo concreto, precisamente.
2.- 7.000, 4.000...sucesso ou fracasso? Nom houvo transparência na afluência de manifestantes à convocatória e isso tem umha explicaçom bastante singela. Para nada interessa que tenhamos dados mais ou menos sérios ou fiáveis da afluência. A foto do desfile supremacista chegando à Quintana é o que importa. A procissom, chegando do seu desfile triunfal em louvor de fuziles e porras, encabeçado pola diva supremacista Gloria Lago e a mártir Rosa Díez. E o titular de imprensa: umha manifestaçom contra o galego na Galiza. Foi um sucesso, porque a nom ser que a manifestaçom nom lograra sair, a manifestaçom ia ser um sucesso. Por decreto dos média oficiais.
3.- Sobre a conveniência ou nom de responder este tipo de manifestaçons. Só quero que aqueles que tanto criticam as contramanifestaçons se perguntem como estaria o panorama a nível mediático se a manifestaçom tivesse saido sem problemas. Quê clima social deixaria? Seria suportável para os que defendemos o galego?
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home