segunda-feira, abril 18, 2005

Nove escanos para EHAK

O Partido Comunista das Terras Bascas (EHAK) atingiu finalmente nove escanos no parlamento da CAV. As eleiçons bascas arrojam uns resultados francamente reveladores de qual é o verdadeiro clima sócio-político em Euskal Herria. Um clima que nom coincide com os diagnósticos oferecidos pola maioria dos "todólogos" e tertulianos que pululam polos média. Digam o que digam, o mais salientável dos resultados nom é a perda de escanos por parte do PNV, nem a sobida do PSOE, nem a descida do PP...o realmente salientável é a re-afirmaçom com umha força innegável da existência de um espaço político que é a esquerda abertzale, apesar dos desesperados intentos por parte do aparelho repressivo do estado para silenciá-lo. Nom é certo isso que María Sangil afirmava, que o governo do estado fora
"negligente" à hora de tratar de impedir que EHAK concorresse nas eleiçons bascas. Até o último momento estivo a trabalhar, mesmo baixo instrucçons do executivo espanhol, o poder judiciário para invalidar as candidaturas de EHAK. "É que nom há por onde os atingir!" dezia-lhe Zapatero ao "popular" alcaide de Madrid, Alberto Ruíz Gallardón numha entrevista mantida com ele. Acontece que nem com a Lei de Partidos na mao se atopou umha mínima via para empecer a concorrência das listas de EHAK. A questom é que agora, de setenta e cinco deputados que componhem a cámara autonómica, dez, entre os nove de EHAK e o único de Aralar, som abertzales de esquerda, e que somados estes aos atingidos pola coaligaçom PNV-EA som mais que os somados por todas as forças espanholistas juntas. Nom é portanto certo, tampouco, isso que tanto repetiam tanto o candidato do PSOE como a candidata do PP, de que a autodeterminaçom nom entrava nas preocupaçons da maioria dos bascos e bascas. Nom deve ser assim, quando há umha clara maioria que vota forças nacionalistas.
Estes resultados desautorizam a Lei de Partidos e som um revês para aqueles que queriam solucionar o problama basco só com polícia. Também som um revês para o PNV, mas nom tanto polo cámbio na correlaçom de forças entre o bloco do "tripartito" e o dos "constitucionalistas" como por vir isto acompanhado de umha sobida importante de EHAK. Seguro que a força ainda obstentatária da lehendakaritza estaria mais cómoda num cenário onde só for possível pactuar com o PSOE. Nom creio que se sintam cómodos numha disjuntiva como a de poder pactuar com o PSOE e com EHAK.
Desde logo, os meus sinceros parabéns a EHAK polo seu sucesso eleitoral, que espero saibam gerir de maneira inteligente e beneficiosa para o povo basco.