terça-feira, junho 07, 2005

NHU

Hoje em La Voz de Galicia lim a história de umha banda de rock sinfónico galega que arrassa nos leilons da internet. Nem os seus próprios membros podem conseguir os seus vinilos, que se vendem na rede por quantidades que rondam os duzentos euros. Esta banda, esquecida em vida, hoje conhece o sucesso depois de morta. Nascerom no 78, em plena eclossom do punk. Isso do rock progressivo, já era quase umha antigualha. Cantavam em galego, por certo. Nos catálogos gava-se a sua grande qualidade. Acontece que tem que passar o tempo para valorar com justiça cousas que no seu momento se despreçam por puro capricho dos preconceitos. Nom virom um peso no seu dia, e hoje poxam polos discos da sua banda na net, como lhe aconteceu a um ex-membro, e nom conseguem fazer-se com eles. De conhecidos a imprescindíveis. O pior é que na sua terra, apesar de seguramente levar por bandeira o lugar de origem, ninca forom ninguém. Nom ocupam lugar algum nesse olimpo onde há tempo que estám alojados rockeiros como Los Suaves, Siniestro Total e Os Diplomáticos; referentes da cançom ligeira como Xil Rios ou Ana Kiro; ou da música folk e tradicional como Fuxan os Ventos e Milladoiro. Bom, suponho que quando a este ex-membro de NHU lhe ganhou a poxa um coleccionista japonês, no fundo tivo a sensaçom de estar saboreando umha pequena dose de vingança. Ainda bem que, já que La Voz nom os incluiu na sua antologia de música galega com Na Lua, a Orquestra de Cámara da Universidade de Santiago de Compostela e Los Tamara, o mesmo rotativo corunhês se lembrou de dedicar-lhes umha reportagem na contra-capa. Se estes tipos fossem norte-americanos, veriades que aginha lhes re-editavam o infortunado LP, para um par de anos depois voltá-los juntar ou montar umha banda baixo o nome da antiga com um ex-membro da primeira formaçom a liderá-la.