A imprensa contra os sindicatos
O conflito laboral na empresa Arriva está a desatar umha guerra mediática contra os sindicatos convocantes da greve, nomeadamente contra o maioritário na secçom galega deste empório británico; a CIG. Pretendem pôr em contra aos utentes, já sabedes, a velha táctica. Que som os viajeiros os que pagam as greves, e por diante. Começarom riscando à CIG de sindicato radical, praticante de "kale borroka", etc.
Agora suavizam o discurso e repartem culpas - por suposto, o que de nengumha maneira se pode esperar é que se lhe dea a razom aos trabalhadores - e dim que há que dialogar, que o que se passa é que os sindicatos - sobretudo a CIG - estám ancorados no passado e o mesmo acontece com a patronal. Polo menos já se superou a fase de criminalizaçom pura e dura, ainda que nom se denuncia o verdadeiro desencadeante do conflito, que é o despedimento injusto de dous trabalhadores. Trata-se de um trabalhador da Corunha e outro de Ferrol.
Merece de maneira particular a minha atençom o caso da Corunha, no que a empresa acusa ao condutor despedido de romper e manipular o tacógrafo da viatura. O trabalhador nom denuncia à empresa por o obrigar a fazer mais horas das permitidas, porque nom se atreve ou porque nom lhe convém. Inclusso chega ao ponto de tratar de encobrí-la. Estou-me a lembrar de Viriato, mas nom é oportuna a frase que me vinha à mente como moral da estória, porque depois este homem estivo dez dias em greve de fame. Umha resposta valente ao intento gangsteril de banir elementos incómodos da empresa.
Há umha tendência a criminalizar constantemente ao trabalhador e exonerar aos patrons realmente alarmante. Que se chegue a apresentar ao trabalhador como responsável a título pessoal das ilegalidades que comete a empresa... som bastante leigo em temas do mundo do trabalho, mas o assunto este em concreto me cheira bastante a podre e parece-me um reflexo de umha situaçom realmente regressiva em matéria de relaçons laborais.
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