segunda-feira, dezembro 24, 2007

quecendo motores

Estamos a quecer motores para o grande acontecimento do futebol galego. As nossas selecçons sub-16, sub-18 e absoluta, tanto feminina como masculina, vam jogar em Vigo no que se pretende seja umha grande jornada festiva.E eu penso que ganhemos ou perdamos, devemos desfrutar o momento, porque como já dixem muitas vezes, o jogo que tínhamos que ganhar já o estamos a ganhar, cada vez que onze jogadores ou jogadoras saltam à cancha com a camisola de Galiza.

Vai-se ganhando terreno. Já nom se censura o nome do país. Nos cartazes pom muito clarinho: Galiza-Camerún. Isto contribuirá a que os que estamos por tirar para diante com isto nos identifiquemos mais com o que está a acontecer. Nom é "umha selecçom galega" nem "umha selecçom de jogadores que militam em clubes galegos", nem umha "selecçom de jogadores nascidos na Galiza...". É, nem mais nem menos que A NOSSA SELECÇOM NACIONAL e portanto nom joga "umha selecçom galega contra umha selecçom camaronesa", joga GALIZA contra CAMARONS. E eludir o nome do país nom tinha mais sentido.

Alguém acusou a um determinado partido político de patrimonializar a selecçom, ainda que nom explicou em quê consiste essa patrimonializaçom. E é curioso que se lance tal acusaçom, quando o senhor Touriño, desde logo, nunca perdeu oportunidade de tirar-se fotos a conta disto. Mais bem suponho que o que há é despeito porque este logro é a todas luzes da Conselharia de Cultura e em especial do departamento que dirige Santiago Domínguez. Para bem ou para mal, vaia. Todas as críticas que se poidam fazer haverá que lhas fazer aos responsáveis, mas os reconhecimentos também.Claramente no PSOE, desde onde jamais se fixo nada porque isto fora para diante, agora há rencor porque a cousa nom se encena como eles gostariam.

Quiçá o problema está no de sempre:nom podem evitar que nas bancadas haja bandeiras da pátria, nom podem evitar que a gente que acode ao jogo sinta que está a jogar a sua selecçom nacional. Como sempre, o problema está em que Touriño nom se pode pôr à frente deste fenómeno de massas, porque a massa que protagoniza o evento reivindica cousas para ele indefendíveis.

É umha questom que nom me preocupa o mais mínimo. Se só os nacionalistas nos identificamos com a selecçom, pois é o que há. Simplesmente a nossa sociedade é assim.A questom é que o espanholismo pode chegar a pagar caro a sua boicotagem à selecçom galega.Quando haja um par de geraçons de desportistas que comprovem como determinados projectos políticos nom dam um peso por eles, ao melhor o senhor Viqueira, o senhor Novo, o senhor López e outros deixam de pensar tanto em que os chame Luis Aragonés...e mudam de esquema. O medo é livre, verdade? Que lho contem a Fraga...