quarta-feira, julho 02, 2008

O rearme dos nacionalistas espanhois

Ultimamente era notícia um textinho assinado por um punhado de intelectuais, columnistas e opinadores profissionais, em defesa do castelhano, propondo umha série de medidas para coutar a escalada nacionalista que, segundo eles, se está a dar nos territórios do estado com língua própria. Haverá que algum dia analisar polo miúdo esse infumável horror literário-político, ainda que pouco novo podemos dizer a respeito do que já se tem dito por parte de quem já o tem "destripado" com bastante acerto.

Eu sim queria salientar o apoio de umha série de "notáveis" oriundos desta terra- bom, em realidade três, que poderiam se calhar ser mais com o tempo - a este manifesto. Eu falava hoje mesmo com um amigo de que o problema é a falta de vontade política para utilizar contra estes mercenários as armas que , polo menos o governo autonómico, tem ao seu dispôr.

Cadaquem escolhe as suas fidelidades patrióticas ou partidárias. Luz Casal, Roberto Verino e Óscar Pereiro ( a partir de hoje, imagino que heróis dos "galicio-palanganas" e espécies parecidas) podem assinar um panfleto contra o galego; estám no seu perfeito direito. Mas um governo autonómico que realmente se sentisse governo de um país, deveria reagir. O galego forma parte fundamental da nossa identidade. É um património que temos a obrigaçom de cuidar. É umha instituiçom do povo galego, que trascende conjunturas políticas, governos, regimes...e quem toca as instituiçons do povo galego, nom tem direito a vir logo reclamando nem ajudas oficiais, nem espaço mediático, nem o apoio do público galego. É curioso ver como estes, que na capital do reino som mais papistas do que o Papa, aquí som mais galegos que ninguém para pôr o caço. Para isso todos somos galegos. E estes, mais do que ninguém...como triunfam na metrópole, som-vos especiais, e claro, como lhe dixem ao meu amigo, pretendem todos os direitos e nengum dever. Direito sem dever é privilégio, e eu nom acredito nos privilégios.

Se atacas ao galego, nom deverias poder sair na TVG nem na Rádio Galega. Nem se che deveria poder contratar para publicitar produtos galegos. Nem para actuar na Galiza. Particularmente, parece-me muito ridícula e mesquinha a atitude de Luz Casal. Quem é esta senhora para opinar sobre este assunto? Umha pessoa que leva três quartos da sua vida morando fora da Galiza, que nem tem elementos de juízo para opinar consistentemente sobre qual é a situaçom sócio-lingüística aquí, e á que nom lhe vai afectar o mais mínimo o que aquí se faga em matéria lingüística, nom sei quê pinta assinando esse tipo de libelos. E digo mais. Foi discriminada algumha vez como artista neste país por cantar em espanhol? Na televisom da Galiza sempre é referida e apresentada como "artista galega", e a sua presença é considerada sempre como estelar. Terá de quê queixar-se? Mais ainda digo; saberá esta senhora que muito do seu público é galego-falante, e que provavelmente nom estará de acordo com o que diga esse panfleto reaccionário?

Nom se pode seguir dando trato preferente, como de filho pródigo da Galiza, a quem envergonha ao seu próprio povo enarbolando a bandeira do auto-ódio.

1 Comments:

At 10:37 PM, Blogger Suso Lista said...

Unha vez mais, das no clavo. Son uns impresentables. Noxo

 

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