domingo, junho 26, 2005

Uns marcham, outros voltam

Amanhá é o dia D para sabermos o resultado definitivo das eleiçons. Parece que, segundo as leis da estatística, é impossível que os votos da emigraçom provoquem umha viragem tal que o Partido Popular de faga com o escano número 38, o imprescindível para a maioria absoluta. De todos os jeitos, como algum dia exprimirei, o Partido Popular nom jogou ainda todas as suas cartas.
Deixando um pouco de lado a política, este verao despido-me de umha companheira e amiga que estará dous anos nas Canárias, ainda que neste caso nom emigrada, mas estudando. Completará alí os seus estudos de INEF. Vim-na nesta noite de Sam Joam na Praia das Lapas e foi-nos difícil conter a emoçom. A miha querida Marta vai-se-me para as Canárias. Ainda a verei mínimo um par de vezes; em Ferrol a semana que vem, e, naturalmente, o 25 em Compostela. Ainda há pouco eu celebrava a volta de Elvira, e agora tenho que despedir-me da Marta...quê desastre de vida...
falando de re-encontros, o outro dia, a quem encontrei na estaçom de autocarros? Pois nada menos que a Célia. A quem ler este blog nom lhe dirá nada o nome de Célia. Mas Célia era umha rapariga que me escrevia cartas quilométricas, um dia escreveu para me pedir um fanzine (o Falcatruada, hehehehe....velhos tempos...) e a partir de aí estivemos nada menos que sete anos...sete anos!!! a nos escrever. Um dia chamou-me para me dizer que nom me ia escrever mais, que estava ocupada e nom lhe apetecia...e eu sentim certo vértigo. A vida deu umhas quantas voltas, ela que morava em Madrid agora está em Compostela. Levava anos desejando fazer esse cámbio, vir à terra dos seus antergos. E quando nos atopamos, pois nom podemos evitar saudar-nos efusivamente, muito apesar de que tomamos rumbos bastante diferentes e que já nom existe a relaçom intensa que houvo antes. Mas Célia é um episódio da minha vida que nom poido nem quero apagar.
Ontem estivem num interessante recital do Mário Herrero e o Carlos Solla. De Mário Herrero, quê dizer? Genial e mordaz sempre. Com esses poemas carregados de ironia e fatalismo. Por outra banda, os ideogramas de Carlos Solla rezumegavam um humor negro também muito ingenioso. O recital foi no Centro Social A Treu e a iniciativa correu a cárrego dos amigos Joseph Ghanimé e Alberto Naya. Foi agradável partilhar com eles uns longos minutos de poesia, e posterior conversa demorada ao abrigo da acolhedora atmosfera da Repichoca.
E hoje fum ver a exposiçom que a amiga Tareixa Gonçálves Guisám tem instalada no bar El Escondite de Buñuel. Também de algumha maneira foi um re-encontro, porque nom sempre nos vemos com tempo para falar. Estivemos metendo-lhe um repaso à vida cultural corunhesa e despedimo-nos afectuosamente.

4 Comments:

At 11:08 AM, Blogger Reinfeld said...

ao final non vai a ser fraga o presidente ...

 
At 1:26 PM, Blogger tangaranho said...

Nom, vai ser Touriño, com serenidaz e tranquilidaz...

 
At 6:58 PM, Anonymous Anônimo said...

Impossível segundo as leis da Estatística nom é, Ramiro, será mui improvável, mas nom impossível. Apropositadamente da serenidaz e da tranquilidaz do Tourinho, duvido muito que as dê conhecido no que dure o seu mandado... e oxalá que poidamos aproveitar esta oportunidade histórica, porque só uns votos menos do lado do PSOE+BNG ou uns votos mais do lado do PP...

 
At 8:09 PM, Blogger tangaranho said...

Bom, pola minha parte encantado de que Touriño nom atope acougo nos messes que vaia estar de Prési; para mim a oportunidade histórica é que de aquí se derive umha situaçom de ruptura, nom que Touriño seja Presidente, e desde logo nom vai ser a única oportunidade da História; haverá mais. Polo facto de Touriño ser Presidente, desde logo, podemos esquecer-nos de que haja cámbios substanciais.

 

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