sexta-feira, outubro 21, 2005

De-lin-qüen-te

Quando se di que o alcaide da Corunha é um delinqüente di-se umha verdade tam grande, que quem a di deveria cobrar de algum fundo público. Porque resulta, neste país, tam difícil dizer certas verdades que ainda que nom deveria ser umha heroicidade dizer que a auga está molhada, dizê-lo pode ser o desencadeante de um calvário para o portador da nova. Os méios afins ao PSOE farám ruído, isso seguro, depois de que Bieito Lobeira dixera que o senhor Vázquez é o que é. Polo tema do topónimo, polo tema do uso do galego (do nom uso, neste caso) no Concelho, igual que por outras cousas. Manipula a interpretaçom das leis e fai um uso retorzido das instituiçons para eludir continuadamente o cumprimento do que essas leis lhe ditam. É um delinqüente. Quê outra definiçom há?
O que se passa é que o problema nom é apenas Francisco Vázquez; o problema é um sistema que o reforça a ele e a indivíduos de catadura similar, estruturas partidárias que nom tenhem reparo em aceitá-los no seio da sua disciplina e pactos com essas estruturas partidárias entre cujos compromissos nom parece que se entenda, polo menos no caso de umha das partes, que as "cousas de Paco" estám fora de lugar.
Isso sim; Paco Vázquez é um vulgar hampom. Se parvo é o que di parvadas (que dezia Forrest Gamp) delinqüente é o que delinque. Todo o teatro e a pantomima que lhe poidam botar no PSOE, nom vai poder cambiar isso. Se o PSOE fosse um partido democrático, em lugar de matar ao mensageiro tratariam de solucionar as evidentes saidas do guiom deste gajo. Claro que democrático, democrático, nom é nem o sistema que estamos a padecer.