A capitalidade da Galiza
O "amigo" Paco Vázquez nom renuncia à capitalidade da Galiza. De novo remexe numhas terras onde nom havia que remexer.Nas suas últimas declaraçons à imprensa extendeu-se à vontade e explicou detalhadamente qual era o horizonte de futuro ao que aspirava para a cidade e a comarca. E voltou tocar o da capitalidade, essa espinha cravada no mais profundo da planta do pé do orgulho herculino. Eu digo, se queremos ter um país vertebrado, temos que ter claras algumhas cousinhas. Nom estamos nos anos oitenta. Daquela ainda isto tinha um debate, mas...agora só pode ser tirado à luz de novo por quem apenas pretende balbúrdio.
De novo falo desde a mesmíssima lógica do sistema; nom se pode ter o debate da capitalidade sobre a mesa no ano 2005. Nom se pode estar furando com a mesma caralhada vinte e cinco anos. Em todo caso, quem quer umha capital cujo alcaide di que em galego nem de troça, que Galiza nom é umha naçom, que há que respeitar os monumentos fascistas...? Quê classe de espelho é esse para o resto da Galiza? Corunha nom deveria nunca, ao meu entender, ser capital da Galiza, e menos enquanto for alcaide Paco Vázquez.
A capital da Galiza é Compostela. Por motivos históricos. Por ubicaçom geográfica. E porque a maioria do povo galego está de acordo com que seja assim. Corunha será muitas cousas a muitos níveis e é umha cidade galeguíssima, mas nom é a capital.
O alcaide da Corunha tem que deixar de fomentar ódios localistas e atender os verdadeiros problemas da Corunha. Por nom dizer que tem que marchar, porque cada dia está mais fora de lugar.O debate sobre a capitalidade deu-se nos anos oitenta; nom é um debate aberto hoje por hoje. Que vaiam esquecendo esse tema.
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