quinta-feira, junho 29, 2006

Desporto e bandeiras

A "Marea Roja" ficou gelada perante os três golos encaixados pola selecçom espanhola frente a esquadra gala. Como os franchutes nom fixeram até a data um grande Mundial, e se classificaram para a segunda fasse quase quase in extremis e sem demostrar demasiado, já andavam a falar de que Espanha ia esmagar França, e alguém até dixo que havia que "jubilar" ao Zidane. Afinal, parece-me a mim que foi Zidane quem jubilou, ou se calhar terá mandado para o exílio, ao Luis Aragonés. A selecçom "gabacha" vai dar ainda que falar, provavelmente. Tenhem classe e tenhem força. Darám-lhe muita guerra a Brasil, ainda que seguem a ser os cariocas claros favoritos. Os canarinhos som firmes candidatos a ganhar o Mundial.
Eu nom adoito dar demasiadas pistas ao inimigo, mas dá-me a sensaçom de que o sentimento de derrota hoje nom seria o que é se nom houvesse o bombardeamento propagandístico que estivemos a sofrer todos estes dias. Haveria que plantejar-se isto seriamente, por parte do estado espanhol e os seus poderes fácticos. Se nom querem cair no mais profundo dos descréditos, porque levam décadas vendendo fume...
Enfim, o chauvinismo espanhol é cego, cerril e reiterativo nos seus erros históricos.
Em parámetros muito mais modestos, dizer que a Selecçom Galega de básquet vencia ontem à do Japom por cinco pontos de diferença e que hoje é a turma das mulheres, que também se enfrentarám à selecçom nipona. É curioso. A maioria dos galegos nom sabem que este jogo se celebrou, nem sabem que se celebrará em breves o da selecçom feminina. Precisamente porque conseguem umha e outra vez exaltar as massas com a "Furia Española", os que manejam o poder mediático público na Galiza sabem o que pode acontecer se os sucessos, modestos (relativamente) mas reais do desporto galego eclipsam aos contínuos bluffs do desporto espanhol. Por isso a selecçom galega de básquet foi ontem prudentemente relegada às canles digitais da TVG. Nom vaia ser que o pessoal decida passar da selecçom espanhola de futebol e emprestar mais atençom a cousas que deam mais alegrias. Como Javier Gómez Noya se convirta no Fernando Alonso espanhol...a ver o quê acontece com o orgulho pátrio hispano, porque tanto este como os seus companheiros na selecçom galega de triatlo, costumam ficar muito por riba dos espanhois, e aliás nom correm baixo a bandeira espanhola.
Lástima nom haja um canle privado de televisom em galego que aposte por seguir às selecçons desportivas galegas, porque se nom ia haver aquí um debate desportivo-simbólico interessante...