Cartunista brasileiro ameaçado
Direita Israelense ameaça cartunista brasileiro
O cartunista brasileiro Carlos Latuff, de 37 anos e descendente de árabes, denuncia em seu blog que a extrema direita israelense ligada ao Likud, partido do qual fez parte o ex-primeiro-ministro Ariel Sharon, o ameaçou por causa de seus cartuns e de sua luta a favor dos povos palestino e iraquiano, ocupados brutalmente por Israel e EUA. O site da revista eletrônica Novae publicou no último dia 12 de setembro um artigo escrito pelo cartunista com a denúncia.
Latuff: ameaçado
Adivinhem só! Estou sendo ameaçado pelo Likud, partido de direita israelense (do qual fazia parte o carniceiro de Sabra e Shatila, Ariel Sharon). Numa página associada ao Likud minha foto e alguns de meus cartuns são apresentados.
Além das acusações de sempre (nazista, anti-semita...) eles dizem que "deveriam ter cuidado desse Carlos há muito tempo, de um jeito ou de outro".
Naturalmente podemos esperar qualquer coisa de IsraHell. Se eles podem cometer "assassinatos seletivos" de palestinos e cobrir Beirute com toneladas de bombas matando centenas de civis, não seria difícil "neutralizar" um cartunista no Brasil, seria? Ameaças de morte, tentativas baratas de me aterrorizar, contudo, não vão impedir que eu continue apoiando a luta dos palestinos contra a brutal ocupação israelense.
Tudo o que os capangas do Likud podem fazer é me silenciar com uma bala, mas nunca serão capazes de silenciar minha arte.
Latuff
08 de setembro de 2006Rio de JaneiroBrasil
Veja a tradução do hebraico do conteúdo da página:
"Carlos Latuff
Ele tem uma referência no Wikipedia. No Google você pode encontrar oito páginas a seu respeito. Mas e o que o Ministério de Assuntos Exteriores sabe sobre ele? E o Mossad? E o Comitê de Assuntos Externos e Segurança? E o exército israelense? Ou qualquer outro que trate da segurança de Israel?
Carlos Latuff - um sobrenome árabe. Nascido no Rio de Janeiro, 36 anos. Em sua página ele aparece numa foto com Leila Khaled, a terrorista que seqüestrou um avião israelense. Ele é um dos que mais odeiam Israel.
Ele é o cabeça de uma das maiores indústrias de propaganda e incitamento contra Israel. Ele destila veneno por toda parte. O dano que ele está fazendo a Israel, junto a juventude mundial, é enorme. Ele é um dos mais influentes anti-sionistas da rede mundial de computadores, um talento gráfico fantástico e um grande cartunista.
Ele sabe como influenciar através da Internet. É o campeão da indústria de maldades iraniana e seus cartuns participam da galeria de negação do Holocausto de Teerã.
Ele odeia a América e Israel, seus cartuns mostram os israelenses e seus líderes como demônios. Ele envia mísseis de ódio não menos potentes que aqueles que o Irã está desenvolvendo, e faz parte de gigantesca indústria genocida, cuja missão é a destruição do Estado judeu.
Em um impressionante vídeo, em bom inglês, ele está tentando unir todos aqueles que odeiam Israel. Neste vídeo, distribuído pela Internet, ele conclama a serem ativos e participar da luta no front da informação - escrevendo estórias, poemas, blogs, conversando, tirando fotos, participando de encontros e manifestações, sendo ativos e unidos.
Seus cartuns satânicos são publicados em jornais por todo mundo e em inúmeras páginas pela Internet. Ele abre mão de direitos autorais e clama as pessoas a usar suas imagens livremente.
E o que Israel está fazendo? Nada!!!
Houveram reclamações à embaixada do Brasil?
Imagine o que aconteceria a um cidadão israelense que expusesse os líderes brasileiros dessa maneira. Alguém já tentou processá-lo por incitamento e tentativa de homicídio? Alguém pelo menos já ouviu falar dele?
Esta é a arma de destruição em massa que o professor Harari, ex-diretor do Instituto Weitman, se referia na ultima convenção de Hertzlia. Esse é o perigo que o professor Yoav Gelbar vem alertando publicamente. Foi isso que trouxe os líderes do Congresso Judaico a Israel esta semana.
Esse descuido de Israel no front da informação é inaceitável e não pode continuar. Deveriam ter cuidado desse Carlos há muito tempo, de um jeito ou de outro. A pergunta é: o que nós devemos fazer e a quem compete a responsabilidade de fazer?
Chamo vocês a serem ativos. Não existe qualquer instituição que possa enfrentar essa guerra genocida.
Nem o Ministério de Relações Exteriores, nem o Ministério da Defesa ou qualquer outro ministério. Nós devemos, como sugere Carlos, nos unir e agir em conjunto.
Nós estamos testemunhando uma ação sistemática que visa dar legitimidade para atacar o "demônio sionista".
Carlos Latuff se destaca nessa forma de propaganda. O problema será resolvido - a "solução final" - pelo presidente iraniano, que adora esses tipos de desenhos e cartuns, a Alemanha nazista, a negação ao Holocausto, o Hezbollah e seus mísseis. Esta é a razão pela qual ele precisa de uma usina nuclear para matar aquelas criaturas asquerosas que Latuff está desenhando, e então o mundo será um lugar melhor. Houveram outros que tentaram isso antes, lembram-se?
Goebbels foi o ministro da propaganda do Terceiro Reich e fez da propaganda uma poderosa arma do regime nazista. Sua premissa básica era de que uma mentira dita muitas vezes se tornaria verdade na consciência do povo. Agora sabemos que Hitler utilizou isso em seus livros durante o Holocausto. As coisas que são ditas contra Israel em fóruns da Internet e através de imagens são cópias da propaganda nazista. Essa é uma ideologia genocida que provou seu poder no passado".
Artigo tirado de www.vermelho.org.br
1 Comments:
A persecución aos comunistas é a cruz histórica irrenunciábel en todo "mundo libre". O problema da patoloxía persecutoria da dereita israelita é particularmente infame, ese "eye of the beholder" xa toca poderosamente as narices...
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