A cansina e lánguida ladaínha da "liberdade lingüística"
Cada vez que está apiques de se aprovar um novo decreto sobre o uso do galego nas salas de aulas, a mesma cantiga. Já me fam doer a cabeça.
Desta vez atacam com umha plataforma ou couso similar, que defende a "liberdade lingüística" na Galiza - o interessante está em constatar para quem defendem essa liberdade - e que protesta contra a "imposiçom" do galego no ensino. É a reacçom dos sectores recalcitrantes de sempre, desta vez contra outro raquítico decreto que já sabemos que nom se vai cumprir, porque ninguém vai fazer nada por fazê-lo cumprir; nem a Junta da Galiza nem ninguém. A maneira de conseguir avanços reais no uso do galego neste e noutros ámbitos é outra, ainda que disso já falaremos quando corresponder. Agora o que nos ocupa é discernir quem som estes senhores e estas senhoras de "Tangallegocomoelgallego" e quê é o que realmente querem, porque a sua intrincada demagogia pode levar a engano a algum incauto.
Esta gente pretende fazer-nos acreditar que qualquer avanço nos ámbitos de uso do galego é umha agressom aos direitos dos castelhanofalantes, e equiparam a brutal repressom contra o galego durante o franquismo com as incomodidades que lhes ocasiona a eles o facto de ter que apreender galego na escola. Aos meus pais zoscarom-lhes na escola por falar em galego, e eu, que avandonei o ensino primário há vinte e um anos - já choveu - na minha vida vim fazer o próprio com um companheiro por falar castelhano durante as aulas. Isso já marca umha notável diferença, por nom falar da "margem de erro" intrínseca das leis neste país, onde da letra à aplicaçom na vida real vai um treito importante.
Mas é interessante e chamativo o nome da iniciativa..."Tangallegocomoelgallego". Este nome encerra o razonamento estrela em que a díscola plataforma apoia a sua singular cruzada. Como todos somos espanhois, o espanhol também é da Galiza. O Galego é da Galiza e também é da Espanha. Claro que o espanhol sempre será prioritário na Galiza e o galego nom pode nem sonhar com umha coexistência em pé de igualdade com o espanhol na Espanha, porque mesmo na Galiza o espanhol é prioritário. Magistral, eh?
"Tangallegocomoelgallego" deveria subtitular-se "e incluso más gallego que el gallego". Soldados em terra conquistada, nom andam estes elementos com brincadeiras. Recomendaria lêr o artigo de Xabier Cordal em Vieiros, sem perder de vista os comentários dos leitores. Polo meio, a genial intervençom de um adepto a "Tangallegocomoelgallego", com metáforas acerca de carvalhos, castinheiros, e árvores frutais, sem absolutamente nengum desperdício. Polo menos para mim, essa intervençom desvela o classismo e o racismo de "Tangallegocomoelgallego".
Particularmente estou tam farto de gente ridícula, mesquinha e hipócrita, que o único que se me ocorre comentar, como conclusom, é que se som realmente valentes e conseqüentes, deixem as campanhas de difamaçons e intoxicaçons e vaiam à raíz do tema; ou seja, o Estatuto de Autonomia proclama o galego como língua própria da Galiza. Em virtude disto, a língua própria das instituiçons e dos serviços dependentes da Junta da Galiza é o galego. A única maneira de cambiar isto é promover umha mudança no Estatuto. Estou-lhes dando pistas, mas total, nem tenhem a valentia nem a força social para promover essa mudança.
3 Comments:
um dez pra esta opinom....
http://www.xeracion.com/nova/1368.html
muito aqueci lendo esta entrevista... que semelha a transcriçom de umha conversa entre um psiquiatra e umha esquizofrénica... que loucura de mestres temos no país!
Eu digo máis: segundo ese razoamento marabilloso de "el gallego es de españa y el español es de galicia" poñamos aos nenos españois a apender obrigatoriamente alomenos outra das catro linguas do estado, non temos que aprender nós por lei o español? non ven ningunha inxustiza niso?
Un día atopeime cun rapaz de Salamanca que me pretendía vender a moto de que eramos uns privilexiados porque nós podiamos ir pedir traballo a españa sen problemas lingúísticos porén, se eles viñan aquí tíñano máis difícil porque debían aprender galego... Pensei que me daba algo, aínda lles imos ter que agradecer tantos séculos de colonialismo!
Si, ese tipo de argumentos son delirantes, como o tipo que preguntaba qué pasaría se na Rioja se esixise ademais do español outra lingua ("no sé... el japonés"). Tan difícil é de entender que non nos inventamos unha lingua para fodelos, senón que xa era nosa antes de que chegase a súa por aquí?
Por certo, onte a noite pirateeite a alma e un poema durante uns minutos, se notaches algo estraño xa sabes o que foi.
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