Contra o lingüicídio
Há muito apóstolo da liberdade na Galiza. Tanto, que parece mentira que nom estejamos a viver num remedo meridional da liberal e, dizque, pacífica e tolerante Escandinávia. Aquí deveriamos ter um nível de liberdades e consenso social, que deveriamos navegar sobre águas calmíssimas cada vez que se plantejara um debate social sobre algumha cousa. E nom é assim. Aquí há quem tem batalhas pendentes que ganhar, e está a sair da sua guarida para cobrar-nos ao resto umha factura impagada. Concretamente o maioritário e socialmente dominante espanholismo -ou nacionalismo espanhol, que isso é o que é- há bastante tempo que quer cobrar a factura da língua.
Nos anos oitenta, aprovou-se umha Lei de Normalizaçom Lingüística, que era como um empréstimo com elevados interesses. Aprovou-se de maneira unánime no parlamento autonómico, ainda que alguns nom o saibam ou nom o recordem, ou fagam como que o esquecerom, e passando pola peneira do Tribunal Constitucional, porque o entom delegado do governo espanhol na Galiza, Domingos García-Sabell apresentara um recurso de inconstitucionalidade que foi desestimado. E aprovou-se para, digamos, contentar a um sector da sociedade que nom era muito entusiasta da autonomia; um nacionalismo galego que era na sua imensa maioria de esquerdas e rupturista e que nom via com muita confiança umha autonomia tutelada polo estado bourbónico e mangoneada pola direita caciquista de toda a vida. Estava aprovada, esta lei, igual do que o estatuto de autonomia (que, justamente, prevê que o uso e presença do galego na vida pública tem que estar regulado por lei) "por se acaso", para que alguns nom tenham argumentos para se revoltar. Ainda que, por outro lado, havia outro tipo de interesses que havia que cobrir; interesses de classe da oligarquia local, mais que nada.
A questom é que a estes que manejam os fios do poder, a estes que mandam de verdade, já lhes chega com a autonomia; sobra-lhes a língua. E agora, preparam o seu assalto ao poder do estado, e posteriormente da autonomia, atacando ao galego. Dizendo que se está a impôr o galego na administraçom, na educaçom, e que há famílias que nom podem dar-lhe umha educaçom em castelhano aos seus filhos. Mediante umha viragem de tortilha (espanhola, por suposto) colocam ao opressor no lado do oprimido, e viceversa, para justificar o que apenas é hostilidade, hostilidade de privilegiado; justo o mesmo ódio que professavam os racistas brancos nos USA dos anos sessenta, quando falavam de "opressom negra".
A sua ofensiva agora está a ser encabeçada por plataformas de origem e financiamento escuro, que questionam a actual ordem lingüística, é dizer, pretendem ir mais aló na hegemonia do castelhano. Estas plataformas tenhem um discurso ambíguo e enganoso e nom atacam o cerne do "problema". Esse cerne está nesse artigo que proclama o galego como "língua própria da Galiza". Eu agradeceria-lhes que de umha vez por todas foram á raíz. Assim o debate havia-se tornar mais franco e íamos saber quem era quem nesta enleada.
Por de pronto, eu animo a tod@s @s que queredes enfrentar-vos cara a cara com os inimigos da nossa língua acudades a esta convocatória: Às oito da tarde, no Obelisco da Corunha.
Nos anos oitenta, aprovou-se umha Lei de Normalizaçom Lingüística, que era como um empréstimo com elevados interesses. Aprovou-se de maneira unánime no parlamento autonómico, ainda que alguns nom o saibam ou nom o recordem, ou fagam como que o esquecerom, e passando pola peneira do Tribunal Constitucional, porque o entom delegado do governo espanhol na Galiza, Domingos García-Sabell apresentara um recurso de inconstitucionalidade que foi desestimado. E aprovou-se para, digamos, contentar a um sector da sociedade que nom era muito entusiasta da autonomia; um nacionalismo galego que era na sua imensa maioria de esquerdas e rupturista e que nom via com muita confiança umha autonomia tutelada polo estado bourbónico e mangoneada pola direita caciquista de toda a vida. Estava aprovada, esta lei, igual do que o estatuto de autonomia (que, justamente, prevê que o uso e presença do galego na vida pública tem que estar regulado por lei) "por se acaso", para que alguns nom tenham argumentos para se revoltar. Ainda que, por outro lado, havia outro tipo de interesses que havia que cobrir; interesses de classe da oligarquia local, mais que nada.
A questom é que a estes que manejam os fios do poder, a estes que mandam de verdade, já lhes chega com a autonomia; sobra-lhes a língua. E agora, preparam o seu assalto ao poder do estado, e posteriormente da autonomia, atacando ao galego. Dizendo que se está a impôr o galego na administraçom, na educaçom, e que há famílias que nom podem dar-lhe umha educaçom em castelhano aos seus filhos. Mediante umha viragem de tortilha (espanhola, por suposto) colocam ao opressor no lado do oprimido, e viceversa, para justificar o que apenas é hostilidade, hostilidade de privilegiado; justo o mesmo ódio que professavam os racistas brancos nos USA dos anos sessenta, quando falavam de "opressom negra".
A sua ofensiva agora está a ser encabeçada por plataformas de origem e financiamento escuro, que questionam a actual ordem lingüística, é dizer, pretendem ir mais aló na hegemonia do castelhano. Estas plataformas tenhem um discurso ambíguo e enganoso e nom atacam o cerne do "problema". Esse cerne está nesse artigo que proclama o galego como "língua própria da Galiza". Eu agradeceria-lhes que de umha vez por todas foram á raíz. Assim o debate havia-se tornar mais franco e íamos saber quem era quem nesta enleada.
Por de pronto, eu animo a tod@s @s que queredes enfrentar-vos cara a cara com os inimigos da nossa língua acudades a esta convocatória: Às oito da tarde, no Obelisco da Corunha.
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