segunda-feira, julho 28, 2008

O patronato do comércio, de novo contra o galego

Nesta manhá de férias já me amargarom o café os da "Voz de su amo", esta vez fazendo de altofalante dos representantes do patronato do comércio, que se sentem seica "discriminados" e "coutados na sua liberdade" ante a futura obrigatoriedade de atender em galego a aquelas pessoas que o solicitem. Alguns pretendem seguir abusando dos seus privilégios corporativos e de classe, por direito de conquista imperial, relegando os direitos dos demais a um plano inferior. Aquí há um cinismo desmedido. Pretende-se que eu, que nós, relativicemos os nossos direitos para salvaguardar a integridade dos privilégios de alguns. O direito do galegofalante a serem atendido na sua língua é relativizável e sempre estará submetido à vontade do dependente de turno, ou seja, o mundo ao revês; o que consume está ao serviço do que teoricamente serve. Mas entom, quem oferece um serviço a quem? A minha satisfacçom com o serviço nom tem importáncia? Pensam os representantes do patronato do comércio que atender a um galegofalante é umha espécie de acto de caridade?

Por certo; parece que há que repetir-lhes a alguns que as concissons dos seus negócios som públicas. Que há que cumprir a lei. E que nom tem absolutamente nada de excepcional que se lhes faga cumprir umhas regras de jogo na atençom ao cliente no que di respeito a comportamentos lingüísticos, igual que há que cumprir umhas normas em matéria sanitária ou em questons de outro tipo. Mas aquí segue a haver umha divisom entre cidadaos de primeira categoria e de segunda categoria: uns berram porque lhes cabrea muito que os amolem com normalizaçons lingüísticas e outras leis que consideram "caralhadas", porque lhes remexem um ordem de cousas no que estavam comodamente instalados e outros seguimos ponhendo o lombo todos os dias, preparados para receber novas agressons e fazendo da conservaçom dos nossos princípios um verdadeiro acto heróico.

2 Comments:

At 12:32 PM, Anonymous Anônimo said...

así pensamos moitos que día a día cometemos o escándalo de falar en galego, pensando, coma quen non quere a cousa. nunca me pasou que o comerciante se ofuscara en venderme os zapatos marróns do escaparate, aínda sen ser do meu número, nunca me paso, pero visto o visto calquer día me pasará.

 
At 12:07 PM, Blogger fgul said...

apontome ao carro

 

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