segunda-feira, fevereiro 14, 2005

Pequena crónica do acto contra a C.E. em Ferrol

A passada sexta celebrou-se em Ferrol, no local da Fundaçom Artábria, um acto contra a Constituiçom Europeia no que intervirom as quatro forças políticas representadas na Plataforma Galega polo Nom à Constituiçom Europeia mais as Bases Democráticas Galegas. Polas Bases falou Bráulio Amaro, polo Partido Comunista do Povo Galego Xosé Collazo, por NÓS-UP Maurício Castro, polo Partido Revolucionário dos Trabalhadores - Esquerda Revolucionária Roberto Laxe e pola Frente Popular Galega Fran Aneiros.
Abriu fogo o Bráulio Amaro com um brilhante discurso no que denunciou a morneça com a que o nacionalismo maioritário está a manifestar-se polo nom ao tratado constitucional, a mesma morneça com a que, cada vez mais, afrontam a questom nacional. Aprofundou nos pontos da Plataforma para chamar ao voto negativo; o anti-democrático do próprio processo e a intencionalidade da Constituiçom Europeia, que servirá de base legal para afortalar os sistemas repressivo e militar dos estados membros, que liquida conquistas sociais da classe trabalhadora, que nom reconhece o direito à Autodeterminaçom, e que, em definitivo, é umha constituiçom para umha Europa dos estados, do capital, do patriarcado e da guerra. Brilhante foi também a intervençom do Maurício Castro, quem demostrou ter lido a consciência o texto do tratado e quem puxo énfasse em assinalar a consagraçom do neoliberalismo como doutrina económica oficial da Uniom Europeia a travês desta Constituiçom e em demostrar o jeito hipócrita com a que dentro dela som tratados os direitos sociais. Umha cousa interessante que dixo o Maurício: que os direitos dos galego-falantes na Galiza nom se podiam considerar garantidos com esta Constituiçom, nem desde umha óptica isolacionista, nem desde umha óptica reintegracionista, já que apesar de ser o português língua oficial das instituiçons da Uniom Europeia, a C.E. apenas reconhece as línguas enquanto que oficiais de algum estado, nunca se fala de comunidades lingüísticas. O Fran Aneiros fixo um discurso obreirista e em chave claramente local, com alusons abondosas ao conflito do sector naval. Collazo fixo umha exposiçom um bocado longa de mais, bastante na linha da de Bráulio Amaro, atacando o próprio processo e aprofundando nos pontos baselares da campanha que está a levar a cabo a Plataforma. O Roberto Laxe fixo umha exposiçom na que carregou as tintas de maneira especial contra o modelo económico. Primeiro recordou que este projecto imperial que as oligarquias europeias tenhem entre maos, é o mesmo dos delírios de Napoleom e Hitler, mas que o problema que tenhem agora as burguesias que avalam o processo é que o capitalismo está a atravessar umha profunda crise. Também dixo que a posta em prática da doutrina económica propugnada pola constituiçom supunha a liquidaçom de décadas de conquistas operárias. Cousas chamativas que dixo o Roberto: que o projecto que o PRT apoiaria seria o da criaçom dos Estados Unidos Socialistas de Europa, e que é pouco lógico que pessoas que moram fora do país e levam vinte anos sem pisar Galiza poidam votar e que nom poidam votar @s inmigrantes.