Bye, bye ... por enquanto.
Aínda com os votos da emigraçom praticamente contados, o PP nom jogou todas as cartas que pode jogar. O mesmo que acontece com muita freqüência nalgumhas cámaras municipais, bem poderia acontecer no Parlamento Autonómico. Recordam a Paco Vázquez especulando com um possível pacto entre PSOE e umha cisom do PP? Bom, pois há mais umha possibilidade, aínda mais factível. Que seja o PP quem pacte com umha cisom do PSOE. Nom me resultaria estranho ver, dentro de alguns messes, um governo com Fraga de Presidente e José Luis Méndez Romeu de vice. Muito olho. Pensades de verdade que a um indivíduo como Paco Vázquez lhe interessa remover a Fraga? Entom, porquê confiar em que os peons de Paco Vázquez vam estar quietinhos? Nom vam estar... aquí vai haver movida. Lamento nom partilhar o entusiasmo dos que festejam a fim do fraguismo.
E já falaremos dos partícipes do novo governo, que sobre isso também caberiam várias observaçons.
11 Comments:
admiro o teu optimismo :-)
Eu acredito que um indíviduo como Paco Vázquez importa-lhe três caralhos (ou conas) o que se passe com o Fraga. O assunto é ele seguir com o seu feudo a fazer o que lhe petar, e isso vai colidir frontalmente com a parte nacionalista do novo governo. Realmente, o aliado de Vázquez nom é Fraga, mas Cuinha (nem Cacharro nem Baltar têm negócios comuns com ele), e nom tem muita margem (o segundo) se é que tem algumha, que nom seria raro que acabasse na cadeia (vg. Barreiro). Acho improvavilíssimo que haja qualquer ruptura quer no PP quer no PSOE, se a houver terá de ser por algumha causa que ainda nom está na mesa. Ao PP nom lhe importa perder o governo da Junta, e tenho bem clara a razom. O PP vai aproveitar para fazer limpeza na sua casa e eu nom apostaria muito nem por Baltar nem por Cacharro. A diferença eleitoral entre o rural e o urbano já é só de 5 pontos, e para o que lhes custam estes o PP nem os necessita, para além de que ao rural galego restam-lhe nom muitas primaveras.
Ficando às claras que Vázquez vai colidir com o BNG (que nom com Tourinho nem com nengum outro membro do PSOE, nem muito menos com o PP), o que vamos ver quase exclussivamente é um incremento ainda maior da pressom sobre esta força, que vai levar paus dia si e dia também, e nom só ela mas todo o nacionalismo no seu conjunto. O PSOE vai fazer exactamente o mesmo que fez quando o tripartito dos anos 80, estrangular ao seu "aliado" e tentar apagá-lo (já o deu feito, e mui bem, nos concelhos, onde o fracasso do BNG foi total agás em Ponte Vedra), e se na aventura o PP dá logrado de novo a maioria, vai-lhe importar umha merda porque as suas prioridades som as que som. Aposto-che a que o vencedor desta situaçom afinal vai ser Paco Vazquez, e nom o chainhas de rigoroso turno de antiguidade que é Tourinho. Se nom puiderom com ele em 25 anos (é que já choveu), nom acho que vaiam poder agora que se está a jogar a sua sobrevivência e talvez nom acabar na cadeia.
Mas, o que nom sei é se o país, que agoniza, vai aturar tanto.
As cadeias fracturam polo elo mais fraco. É evidente qual força política é a mais fraca das três com amplíssima diferença.
Que no PP haja facçons nom significa que essas facçons nom necessitem estar aliadas. Diferenças sociológicas haverá-as, diferentes grupos de pressom haverá-os, mas diferenças ideológicas reais, nom as há. E já digo, parece-me muito frágil a arquitectura deste pacto, sem descartar que se cumpram os teus pronósticos e nom os meus. Já veremos o que sai de aquí.
É que isto nom é um "pacto", é umha "encerrona", no sentido da palavra espanhola. O PSOE vai estar comodíssimo com ele, sem qualquer pressom; e toda a pressom, externa e interna, vai-na levar o BNG e com ele o nacionalismo como um todo. Além, os méritos vam ser vampirizados polo PSOE, é o PSOE o que tem umha invejável margem para manobrar, e o BNG quase nengumha. E o controlo mediático da sociedade, que tam boas contas dá, pronto para corrigir o que for necessário.
No PP poderám ser muitas cousas, mas parvos nom che som. Quando de Madrid ganhem a batalha, porque vam-na ganhar eles -é umha simples questom de forças, e agora acabou-se o dinheirinho- estes marcharám para casa como já forom marchando todos (lembras ao Victorino? Pérez Vidal?), tenhem esse espírito de funcionário mui bem interiorizado e nom vam apresentar batalhas kamikazes quando todos eles têm garantido um retiro de luxo. Si que há muitas diferenças ideológicas dentro, eu diria que muitas mais que dentro do PSOE ou do BNG, mas eles som perfectamente conscientes que desunidos nada podem fazer, e como o que é é meter a colher, nom perdem o tempo com parvices.
No PSOE exactamente o mesmo, o único grupo com força económica é o de Paco Vázquez (parece que esquecemos que Caixa Galícia e até o Banco Pastor estám detrás), o resto som funcionários da franquícia (de facto som funcionários quase todos). Nem se vam opor a ele (como pretende "La Opinión"), ao contrário, ganhará muita influência, muita mais da que já tem. Já verás como em Vigo nom movem a Pérez Marinho, o submarinho de Vázquez, antes bem o apresentam de novo.
O que existe é umha certa probabilidade de eleições anticipadas, segundo lhe vaiam as cousas ao PSOE. Paco Vázquez nunca se negou a candidatar-se para a Junta, mas sabe que com o BNG polo meio é impossível, agás que logre anulá-lo. Tenho bastante claro que como alcaide tem-no complexo para continuar, no PP nom necessitam dele, assi que está bem clarinho todo, acho eu...
Bom, eu estou de acordo contigo em que o beneficiário vai ser o PSOE, agora, as elites do BNG nom vam a este pacto ou "encerrona" inocentemente. Aquí há muitos anos que há umhas ganas tremendas de tocar poder, umha vontade irrefrenável; quanto tempo levamos escuitando a ladaínha de que há que entrar nas instituiçons? Há umha quantidade ingente de burocratas, tecnocratas, manipuladores sociais e politiquinhos de segunda e terceira fileira que estám ansiosos por saber os choios que lhes podem cair na administraçom autonómica. É muita a pasta que vai entrar na organizaçom e muita também a que vai entrar nalgumhas casas.
Nom vejo muito produtivo entrar em disquisiçons sobre se há diferenças ideológicas ou nom as há no PP, ou se as diferenças som por ideologia ou por origem social, ou polos grupos de pressom aos que representam, que haverá um bocado de tudo, mas o que se passa também é que essas divisons entre brancos ou negros, boinas ou birretes, parecem mais faladuria do que outra cousa. De verdade haverá tanta diferença entre a gestom feita polo PP num concelho onde o capo é das boinas do que um concelho onde onde o capo é dos birretes? Se há diferenças, nom será por aí...eu vejo que sim há certa diferença na maneira de ver o mundo entre a facçom de Aznar, muito casada com a extrema direita internacional, mas também fiel executora aló onde manda das receitas neo-liberais, e os caziques galegos, mais bem saudosos do estado corporativo franquista. Mas à hora de aplicar as políticas...todos som o mesmo.
E do PSOE, já che digo que nom che quito a razom, se eu o único que realmente afirmo é que esta situaçom nom vai durar muito, o resto som especulaçons. E desde logo, para mim nom há bons da película; o BNG também tem a sua parte de responsabilidade do que aconteceu e do que acontecerá.
É que as películas com bons e maus, eu levanto da banca e marcho para casa, porque já fiquei saturado há anos de esse discurso, tam inútil como falso.
Tu falas de que querem tocar poder, mas é que é para isso que serve um partido político. Ou serve para outra cousa? Nom tem muito sentido o que dizes, para fazer isso que falas o mais simples, rápido e lógico e passar pola rua do Pino e tirar o cartom do PSOE, assi o fez o amigo Leiceaga que foi até agora o último em passar. Sabemos que há umha linha de autocarro permanente que nom deixa de levar gente de IU para o PSOE e que esta força já funciona como o PSOE B como se fosse futebol. Nom quero levar a discussom a opções eleitorais porque nom é isso o que me importa, mas para mim é evidente que se as cousas fossem como tu dizes que som (ou vam ser) há muitos anos que aqui estaria governando o BNG, porque a cozinha obviamente nom dá para todos, pero para mais 300 ou 400, dá com largueza.
O das responsabilidades é também um pouco bíblico. Também é um outro discurso algo aborrecido, sobretodo se vai com "moraleja" espanhola. Eu nom lhe vejo ao BNG outra saída que o que está a fazer, os problemas que tem som organizativos, nom de estratégia. É obvio que em política nom há inocentes, mas já me dirás que farias tu no seu lugar.
Bom, o motivo original do meu comentário era exprimir o [meu] convencimento de por onde vam ir as cousas. Umha leitura hoje do jornal mais espanholizador e antigalego que há neste país (La Coz) nom fai mais do que confirmar todos os meus temores. A primeira prova de fogo que imos ver é quais áreas de governo pode colher o BNG, se há um mínimo de inteligência deveriam luitar polo Ensino, a Cultura (com a Normalizaçom), Agricultura+Pesca e Meio-Ambiente (com a possibilidade de coutar o selvagismo urbanístico), e todo o relacionado com as Administrações Públicas (Justiça incluida), e fazer umha labor de profunda galeguizaçom pola conta que lhe/nos trai. Aliás, há dinheiro em todas essas áreas para fazer muitas cousas. Veremos logo quem é quem, se Quintana ou Tourinho, porque a Paco Vázquez como che conto tanto lhe tem o que se faga ou deixe de fazer em San Cayetano de Compostilla, deixando-lhe a ele as mãos livres para fazer muito mais que levar dinheiro para a sua casa (e para o partido nom deixa nem um cam).
Bom, vamos ver, sintéticamente...vós veredes se tendes mais opçons ou nom as tendes. Eu, particularmente, penso que o poder é para exercê-lo. Se é para padecê-lo, pois para quê queres o poder. Por isso digo que pactuar com o PSOE, para quê. Ah, claro, que é umha encerrona. Como que umha encerrona? Nom havia bons nem maus, nom era? E aliás os partidos políticos som para conseguir o poder...os logros do BNG vai-nos fagocitar o PSOE, mas nom há outra opçom e o problema nom é estratégico. Por suposto, nunca errades. Pois vós veredes. A sério, um pode optar por umha via revolucionária ... ou nom, ou fazê-lo pola via reformista. Agora, essa via pode dar frutos... ou nom dá-los e é sempre subsceptível de crítica. O BNG nom vai galeguizar o país, nem vai inverter a tendência de descida demográfica, nem vai recompôr a economia nacional, nem nada de nada. Que porquê o sei? Porque, como tu bem dis, já existe umha demostraçom palmária disso na experiência à frente dos grandes concelhos. O máximo logro do BNG na Xunta, vai ser meter no Estatuto a palavra Galiza. Ou nem isso. Sabem que no marco jurídico-político actual nom vam permitir que um partido nacionalista lidere um processo de reforma autonómica porque é algo que querem pactuar a nível estatal, porque se trata de reforçar ao estado, nom se trata de abrir umha via libertadora. Porquê, entom, insistem na via autonomista? Porque desejam o poder polo poder. Estám caloteando à sua base social criando espectativas que nom se vam cumprir. Por certo, porquê é tam importante que eu me desdiga do que digo e che dea a razom a ti? Já começa a ser isto um bocado enfermizo...
Nom foi a minha intençom, nunca, que te desdissesses de nada. Só procurava abrir umha linha de debate, é difícil que haja debate se os dous temos os mesmos modelos em mente e as mesmas opiniões. E por que dizes que sou do BNG? Para analisar um comportamento há que vincular-se com o objecto de estudo?
Penso que nom deves comparar a experiência nos concelhos, onde os meios e o dinheiro som mui magros, com umha deputaçom com o orçamento da Junta que multiplica por 20 o orçamento de todos os concelhos e as deputações juntas, para além da capacidade legislativa. Agora sou eu quem nom che entendo a ti. Entom, que deveria fazer o BNG? Nom governar com o PSOE?
Falas da via autonomista. O BNPG já ensaiou a via "revolucionária" alá nos anos 80, e os resultados nom foram mui... produtivos.
Nom estou a fazer publicidade de nada nem convertir pagãos. Simplesmente, acho que umha força como o BNG tem a sua utilidade política e deve exercê-la, ou se quigeres, eu nom podo pedir-lhe laranjas a um carvalho, mas si landras. Suponho que concordaremos que o que convém som os resultados, que de palavras está o vento cheio.
Só opinei que nom concordava com o teu modelo, e continuo acreditando que o PP nem vai fracturar, nem muito menos vam ganhar os da "boina", de facto o Baltar já achanta hoje na imprensa (espanholeira). Tampouco vai haver surpresas pola banda do PSOE, nom sendo que o poder de Paco Vázquez vai medrar e vai-lhe comer o chão ao Tourinho, ao tempo que ao Bugalho e ao Orozco. Sigo dizendo que a parte mais fraca é o nacionalismo, e nom estou a falar só do organizado e representado polo BNG, e vai ser a que ature as pressões mais violentas. Lembra que o PSOE já tem registada a marca comercial "galeguismo", e os seus "pesebres" som muito melhores dos que jamais poderia montar, ainda querendo, qualquer força nacionalista.
E vou fazer umha prediçom: o governo durará o que resista o nacionalismo. Se se debilitar, entom convocariam eleições para deixá-lo mais deslocado ainda. Se o nacionalismo medrar, entom o governo durará. O eixo é nacionalismo-colonialismo, e tendo o colonialismo o 80% do voto popular nom vam ser tam subnormais de atirar pedras contra o seu próprio telhado.
Aliás, eu sou optimista e se todos, falo dos nacionalistas, jogamos bem as nossas oportunidades, podemos tirar muito ganho. Pois, mesmo porque eles som muitos e nós mui poucos ;-)
Pois eu tampouco dixem que o PP fosse quebrar...bom, os posicionamentos ficarom suficientemente marcados. Pois a ver quê sai desta nova situaçom.
¿Ten blog Alicia Fernández, de Escairón?
Tivo-o em tempos, agora que eu saiba, nom.
Postar um comentário
<< Home