terça-feira, abril 17, 2007

As eleiçons autárquicas em Oleiros

Já um vizinho do meu concelho fixera referência a algumha peculiariedade rechamante das que apresenta a cita eleitoral em Oleiros, concretamente falara de umha candidatura que já nom vai poder ser, que já nom se vai poder apresentar sob as siglas que em princípio tinha planeado por nom passar o trámite das sinaturas. Quinhentas sinaturas, é o que lhe exigem as listas independentes em Oleiros para se poder apresentar, o problema é que estas eleiçons venhem desputadas e com overbooking de candidaturas, até seis, sete contando com os momentaneamente excluídos para arredor de trinta mil habitantes. Bem que sentimos no seu momento os que agradecemos algum que outro contraponto humorístico o finalmente impossível concurso das siglas mais originais da história, mas nom tudo está perdido, o espírito de Arrefino pervivirá em PINOL.
Estas eleiçons em Oleiros, avatares humorísticos à parte, som de coitelos afiados, de aí esse inflado casting de siglas. Por um lado está o ataque despiadado do sector da construcçom que exige mais solo para desenvolver a indústria do tijolo. Nom é que se construa pouco em Oleiros, é que querem construir mais e com mais facilidades. Sobretudo estám que lhes arde o cu aqueles aos que nom lhes tocou nengumha parte da torta. Digamos que Oleiros é o bocado delicioso que todos querem catar.
Por outra parte está a descomposiçom de um projecto: o de Alternativa dos Veciños. Sintomático é que, se nas anteriores eleiçons o BNG por primeira vez se apresentava no nosso concelho, trás muitos anos de acordo político com AV, nestas eleiçons seja Esquerda Unida quem se apresente, e isso que havia elementos em AV com certo crédito em EU. De facto Gelo foi em tempos militante do PCG e filiado a CCOO (um destacado activista do Sindicato da Música). As contradicçons começam a pesar demasiado, a política social nom se adequa aos tempos que vive Oleiros e qualquer pacto com AV no sentido de deixar-lhe a estas siglas a representaçom absoluta da esquerda fai-se insustentável. À entrada em cena de EU, há que lhe acrescentar a irrupçom no panorama eleitoral oleirense de Terra Galega (o chiringo de Xoán Gato) e PINOL. Se a primeira lista está formada por rebotados de AV e o PP, a segunda também vai encabeçada por um ex-edil de Alternativa.
Também haveria que salientar a crise permanente do PP em Oleiros, acrescentada pola ainda nom bem fechada crise do PP provincial. É que estes, ou mandam ou estám em crise. Levam demasiados anos já intentando queimar ao Gelo, sem conseguí-lo. E por cima, parece que os inquéritos nom lhes som muito favoráveis desta vez tampouco.
Anda a cousa quentinha, e como mostra dizer que já somos dous os membros da minha família tocados para fazer parte de umha lista. Assim andam as cousas.

3 Comments:

At 11:55 AM, Blogger moucho branco said...

Oleiros non é un sitio moi doado de comprender sociolóxicamente núnha primeira ollada. Ao parecer é un dos concellos de renta mais alta non xa de Galiza, senón de todo o estado, segundo publicou algún medio... ao parecer pola concentración en certas zonas de chalés de xente tan "pudiente" coma o mesmísimo Amancio Ortega. Sen embargo ten un alcalde alucinado coa revolución cubana, que se mete en follóns con Israel (ou o meten, segundo se mire), e que polo menos parece invertir os cartos do concello en medidas que benefícian aos cidadáns e que desenrolan servizos e infraestructuras no lugar.
Pode ser que esté chegando o fin da dinastía de Alternativa dos veciños en Oleiros?.

 
At 6:04 PM, Blogger Mario said...

Xa o Carlos Blanco facía unha coña co que lle tiña que foder aos pijolas de Oleiros quedar cos compis ao lado da praza Ho Chi Minh. Si que é un sitio curioso, si.

 
At 10:47 AM, Blogger tangaranho said...

Oleiros pode ser muito peculiar, mas nom é um modelo de nada. O seu modelo urbanístico está esgotado, nom se inviste o que se devera em habitaçom social e o tema do transporte público é um desastre. Há carências para as que o governo actual nom tem resposta. A grande soluiçom para o problema da comunicaçom entre a comarca e a metrópole nom pode ser a Via Ártabra. Isso é, simplesmente, mais do mesmo.

Praça Ho Chi Mihn nom temos, ainda que sim um parque José Martí, umha Praça Nelson Mandela e umha Avenida Ché Guevara (nom está mal...)mas som só extravagáncias simbólicas, de quê serve tudo isso se estamos rodeados de urbanizaçons de luxo? E esta gente de AV nom sei quê pensa que vai acontecer quando este pessoal que mora nessas urbanizaçons tenha um peso político considerável...pensam de verdade que vam votar por AV?

 

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