A minha relaçom de amor-ódio com o heavy metal (I)
...primeira entrega do meu artigo sobre heavy metal. Que aproveite e boa fim de semana.
É umha música que nasceu, em princípio, para se dirigir à mocidade operária, mas já é umha música interclassista. Nom se trata, em qualquer caso, de que “per se” nasça como umha expressom revolucionária do rock, nem muito menos; de facto eu diria que está longe disso. Nom conheço a nengumha banda-ícone do metal que se caracterizara por ter umha atitude de clara militança de esquerdas...nom digo que nom a houvesse, apenas digo que nom conheço (a ver se agora me vam sair inimigos por dizer isto) polo menos de entre as mais de massas e conhecidas internacionalmente. De facto há umha nada despreçável lista de bandas de metal que som controvertidas por justamente o contrário, é dizer; por flirtear, ainda que seja de umha maneira só estética, com o fascismo e o nazismo. Bandas como Iron Maiden, amplamente reconhecida esta como rainha do metal, sempre derom umha imagem mais bem conservadora, com a sua union jack sempre ao ombreiro, as suas louvanças ao império británico e os seus himnos belicosos. Outras bandas como KISS, Slayer ou Manowar tenhem já fama de ser de umha maneira mais explícita fascistas. Também se adoita falar das fílias racistas de Phil Anselmo, o que fora vogalista de Pantera. No caso de KISS e de Manowar, essa fama de simpatizar explícitamente com posiçons políticas da extrema direita vai unida, nom sei se contraditoriamente, com o rumor de certa atitude gay. Em qualquer caso, o discurso belicoso, de enfrentamento entre as forças do bem e o mal, o gosto pola mitologia, os valores etnicistas e militaristas tam comuns nas letras e nas mensagens gráficas das bandas metaleiras mais conhecidas, nom destilam precisamente outra cousa que nom for reaccionarismo. Bandas mais jovens, como Metallica ou Anthrax, nom vam por esses derroteiros. De facto Anthrax apoia a causa palestiniana, igual que também som conhecidos polo seu apoio explícito a Palestina os brasileiros Sepultura.
Na minha infáncia, tendo eu oito, nove e dez anos, viveu-se umha primeira época dourada do metal no estado espanhol. Leño, Barón Rojo, Barricada...ouviam-se polas ruas do ferrolano bairro de Carança constantemente. Em qualquer esquina perdida de qualquer bloco de prédios, de qualquer parque, às portas das escolas de ensino primário...podias escuitar imha parelhagem de som a todo volume com as cançons destas bandas a sonar. A primeira banda heavy espanhola que me impressionou foi Obús. O primeiro vídeo que vim deles foi...ufff...nom sei se no ano oitenta e dous ou oitenta e três, num programa da entom única televisom que podiamos ver, Televisión Española, chamado Pista Libre. Nom sei se foi um par de anos antes ou um par de anos depois, vira o vídeo de Las Vulpess “Me gusta ser una zorra”. Aqueles dous vídeos dividirom-me o coraçom. Sempre, desde a minha infáncia, estivem a nadar entre as águas do heavy metal e o punk e os discos de AC/DC, Iron Maiden, Metallica, Nuclear Assault, Pantera, Exodus, Sepultura...partilhavam prateleira com os de Ramones, Toy Dolls, La Polla Record’s, U.K. Subs ou Exploited. Acontece que, pouco depois da eclosom do metal no estado espanhol, aparecerom dous fenómenos musicais que eclipsarom em parte a, em princípio, imparável puxança com a que entrou em cena o heavy nestes pagos peninsulares; a “movida” madrilena e as demais seqüelas...Vigo, Barcelona, e outras urbes do estado que também “pré-fabricarom” a sua própria movida. Bandas como Los Pegamoides, Gabinete Caligari, Radio Futura, Siniestro Total, Nacha Pop, Los Rebeldes, Loquillo y Los Trogloditas...irromperom a meados dos oitenta deslocando em grande medida o fenómeno do metal e o rock urbano espanhol, que começava a ser de algumha maneira já umha manifestaçom bastante tomada a sério mediaticamente. Mas o PSOE dos GAL e a reconversom industrial precisava ter a mocidade sedada com fogos de artifício.
O outro braço da tenaça era o punk, e como ariete o Rock Radical Basco. Kortatu, Eskorbuto, Vómito, La Polla Record’s, MCD...desputavam já entre a mocidade dos subúrbios preferências com os Obús, Barón Rojo e companhia. O Rock Radical Basco jamais tivo apoio mediático, e, como digo, o metal ibérico ficou durante alguns anos postergado.
Na minha infáncia, tendo eu oito, nove e dez anos, viveu-se umha primeira época dourada do metal no estado espanhol. Leño, Barón Rojo, Barricada...ouviam-se polas ruas do ferrolano bairro de Carança constantemente. Em qualquer esquina perdida de qualquer bloco de prédios, de qualquer parque, às portas das escolas de ensino primário...podias escuitar imha parelhagem de som a todo volume com as cançons destas bandas a sonar. A primeira banda heavy espanhola que me impressionou foi Obús. O primeiro vídeo que vim deles foi...ufff...nom sei se no ano oitenta e dous ou oitenta e três, num programa da entom única televisom que podiamos ver, Televisión Española, chamado Pista Libre. Nom sei se foi um par de anos antes ou um par de anos depois, vira o vídeo de Las Vulpess “Me gusta ser una zorra”. Aqueles dous vídeos dividirom-me o coraçom. Sempre, desde a minha infáncia, estivem a nadar entre as águas do heavy metal e o punk e os discos de AC/DC, Iron Maiden, Metallica, Nuclear Assault, Pantera, Exodus, Sepultura...partilhavam prateleira com os de Ramones, Toy Dolls, La Polla Record’s, U.K. Subs ou Exploited. Acontece que, pouco depois da eclosom do metal no estado espanhol, aparecerom dous fenómenos musicais que eclipsarom em parte a, em princípio, imparável puxança com a que entrou em cena o heavy nestes pagos peninsulares; a “movida” madrilena e as demais seqüelas...Vigo, Barcelona, e outras urbes do estado que também “pré-fabricarom” a sua própria movida. Bandas como Los Pegamoides, Gabinete Caligari, Radio Futura, Siniestro Total, Nacha Pop, Los Rebeldes, Loquillo y Los Trogloditas...irromperom a meados dos oitenta deslocando em grande medida o fenómeno do metal e o rock urbano espanhol, que começava a ser de algumha maneira já umha manifestaçom bastante tomada a sério mediaticamente. Mas o PSOE dos GAL e a reconversom industrial precisava ter a mocidade sedada com fogos de artifício.
O outro braço da tenaça era o punk, e como ariete o Rock Radical Basco. Kortatu, Eskorbuto, Vómito, La Polla Record’s, MCD...desputavam já entre a mocidade dos subúrbios preferências com os Obús, Barón Rojo e companhia. O Rock Radical Basco jamais tivo apoio mediático, e, como digo, o metal ibérico ficou durante alguns anos postergado.
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