Para hoje, versos da Emma Pedreira
Hoje, sexta-feira de tarde anuviada, na que algumha cousa parece que morre...se calhar esse eco que esmorece ao longe, p derradeiro lamento deste verao, de novo e depois de muito tempo poesia no Tangaranho Vermelho. Desta vez, Emma Pedreira Lombardía.
Penélope D'Insania
A miña nai non quixo nunca que destes ollos partira a atrocidade das cousas.
Contoume que ao meu pai gardáranlle a sombra durante anos
na artesa do pan, e falou tamén da sua infinita espera
contra a voz dos antergos
xogando coa tranquila indiferencia das estrañas horas que removen os soños.
Faloume do exilio no que esnaquizar a palabra aos pés de todas as árbores.
De como queimar dunha vez por todas os bosques inmensos da cordura
e facer pendurar na cinza a imposibilidade dun odio que me rexeita desde nena.
Porque eu nunca fun maior para abranguer grandes velenos,
non tiña as mans feitas para reunir a ágora da revolución.
Acuso as dores cos pequenos peitos da anarquia.
Nunca sinalo cos dedos nin trazo camiños cara a casa da derrota.
Fío, tezo, arrumo coa entraña
a acostumada desidia dos desarmados nas explícitas horas
dunha redención que non ten outro senso que a espera.
8 Comments:
que raio de coisa é um tangarenho? explica lá ó galego!
passei por aqui e achei piada a este blog, mas que diabo tu não respondes aos coments, pá?
O que diabo é um tangarenho? és mesmo galego, ou tuga em terras de Cela? que tipo de vagabundo és tu? ao serviço de quem e de que artes? Acartas água para onde?
o Cela a que me refiro é obviamente o Camilo José Cela e a referência do vagabundo vem do livro Vagabundo Ao Serviço de Espanha, compilação do Viagens pela Alcaria e outros. Que raio de GAlego és tu, que perante uma referência ao Cela, vens com um Marechal. Que Marechal? O Cela aí também é conhecido por Marechal? E Manuel Rivas, lês também?
É mudo... ok.
Olá...passo a responder desde aquí. Em primeiro lugar, já lhe disse ao dervicherodopiante que lhe concedia a ele o honor de me classificar como galego. Está claro é que sou galego. Em segundo lugar, tangaranho é um ser fantástico galego, um diabo. Em terceiro lugar, li a Cela e li a Manuel Rivas, o que näo percebo é o tom desafiante de todas estas perguntas.
Olha lá, ó Tangaranho, e não se pode ser galego, espanhol e europeu? É que quanto mais melhor. Eu tenho muitas identidades e busco mais ainda: sou beirão, português, hispânico, ibérico, latino, lusófono, europeu, para falar só de algumas. E misturar tudo, não é enriquecedor? Porque raio é que numa época de afirmação dos valores da multiculturalidade e atenuamento de fronteiras, há «comunidades históricas» que lutam pela preponderância de uma identidade regional? Não achas isso empobrecedor? Eu não me passa pela cabeça circunscrever as minhas ambições à afirmação da minha costela beirã! Não, eu busco mais, busco o mais abrangente e universal. No limite, quero a consumação de uma cidadania universal! Não perco tempo com o particular.
Lê lá isto, pá, que um Porco escreveu lá no blog da malta. Gostávamos de ouvir a tua opinião:
http://tapornumporco.blogspot.com/2004/12/para-acabar-de-vez-com-o-1-de-dezembro.html
Näo sou menos por näo ser espanhol...de facto a maioria das pessoas do mundo mundial näo säo espanholas...por näo ser espanhol näo sou menos europeu e menos universal, e, aliás, até sou mais lusofónico...
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