quarta-feira, dezembro 07, 2005

Venho de conhecer que a ONG Amnistia Internacional desvelou que 800 voos da CIA (suponho que aproximadamente) passarom por Europa para deslocar detidos desde o continente americano até centros de reclusom pertencentes a este serviço de inteligência sediados no Leste do nosso continente ou nalgum lugar indeterminado de Ásia. Interessante dado, mesmo diria que inquietante, se nom fosse que sei desde há anos quê papel jogam os USA nesta fita. Dar, dá medo pensá-lo, se um para um momentinho a o pensar, tendo em conta que nom está no bando dos bons na história oficial, essa que escrevem os vencedores. No meu país, há neste momento dezasete pessoas em espera de juízo por associaçom ilícita, é dizer, dezasete futuros presos políticos a nom ser que o aparelho da justiça espanhola funcione desta vez para fazer justiça e nom para fabricar culpáveis como acontece muitas vezes. E outras duas pessoas que estám já no caldeiro e cujo futuro está também condicionado a questons nom estritamente relacionadas com o ámbito legal; som já presos políticos, porque estám à mercé do que aconteza no taboleiro da política e isso ninguém o pode negar. E estamos numha nova ordem mundial onde o perigo número um deixou de ser o capitulado bloco soviético para ser o que genericamente se dá em chamar “terrorismo”. Aí cabe desde umha parte do movimento antiglobalizaçom até movimentos de libertaçom nacional, passando polo fundamentelismo islámico. O quê acontecerá num futuro próximo na Europa, sabendo que nalgum lugar do nosso continente há um Guantánamo ou um Abujarib? Onde forom apanhados os indivíduos que forom conduzidos lá?

Estamos ameaçados. Há umha corrente mundial de pensamento que se activou para fazer do nosso planeta um macro-cárcere, no que qualquer pessoa pode ser detida em qualquer momento, suspensa dos seus direitos, e submetida a um cativério em quem sabe quê condiçons. E esses estados que se proclamam de direito, vam inibir-se da sua potestade para reclamar os seus cidadaos, por nom dizer que haverá umha connivência descarada. Olho, porque muitos presos anti-franquistas acabarom em campos de concentraçom nazis, sem terem combatido na II Guerra Mundial. E o que queira entender, realmente estará a entender.