quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Justificaçom da movilizaçom (mover-se ou caducar)

O outro dia perguntava-me um militante do BNG, assim, a cara de cam desde a segurança que dá o messenger (duvido que cara a cara me fixesse a pergunta nesses termos e menos ainda nessas formas) "Sabes se entre os que fixerom o acto contra Maria San Gil havia infiltrados da polícia?". A pergunta podia ser um desafio, se calhar, e se nom era o mais cínico dos desafios era umha pergunta feita desde umha imperdoável candidez numha pessoa que se di culta e madura, e que se toma tantas vezes o luxo de alicionar aos demais com as suas "brilhantes" reflexions. Porque muitas vezes tivem a tentaçom de parar-lhe os pés com algumha impiedosa verdade, mas calei. Desta, nom.

Pensar que trás os protestos contra a inoportuna presença da San Gil na USC estava a polícia, é o cúmulo das reviravoltas da razom. É o cúmulo do auto-engano. É a misserável e covarde acusaçom daquele que ficou na casa por pura covardia e agora defende a sua postura atacando.

Trás os protestos da USC, trás os protestos da Complutense e trás os protestos da Pompeu i Fabra, nom estavam outros e outras que @s própri@s estudantes. Mas determinada esquerda e determinado nacionalismo hegemónico decideu nom apoiar tais protestos. Como esses protestos tiverom o seu efeito mediático e social...aí está o problema. Havia que inventar, aliás da excusa para nom apoiar os protestos, a excusa para nom se solidarizar com os repressaliados.

Aquí, os secretários gerais, responsáveis de organizaçom e outros tutores da consciência, jogam um papel parecido ao do cura que assessora ao medonho freguês: se bem nom se ameaça com o inferno cristao, ameaça-se com a condenaçom nos confins da pequena-burguesia, o espontaneismo...e mesmo o colaboracionismo. A crítica e a auto-crítica passam de ser ferramentas de análise a ser refúgios do covarde, desde a sua utilizaçom indevida e manipulada. Deveria saber este militante do BNG que o rumor é umha arma contra-insurgente. Claro que a culpa nom é dele, polo menos no seu cento por cento. A culpa é de quem o educou numha cultura do medo e o auto-engano.

Os protestos contra a presença de Maria San Gil na USC e os actos similares que se sucederom noutros pontos do estado espanhol, som a resposta necessária a um abuso de poder: o de umhas autoridades universitárias que utilizam as instalaçons e os recursos da univesidade que pagamos tod@s para actos partidistas e mesmo eleitoralistas. Que fagam passar com embudo candidatos às eleiçons para, supostamente, dar palestras que nom som tal, mas actos de proselitismo partidista e eleitoral, é como para protestar. E nom vale olhar para outro lado. O dever de todo o estudantado era protestar, só que o estudantado nom está movilizado e por isso havia trinta pessoas increpando à San Gil, e nom 300 nem 3000. Ainda que seguro que há mais do que 300 pessoas e mais do que 3000 que concordam com o protesto.

No mesmo plano coloco o tema das contra-manifestaçons em resposta às demostraçons de força de determinados chiringuitos beligerantes com a língua galega. Nom vale isso de que respostar-lhes é dar-lhes publicidade. Já nom é questom disso, porque o cenário nom é o de há dez nem vinte anos. Já nom som as quatro monas da AGLI a fazer as suas palestrinhas no Círculo de Artesanos. Agora, estám subvencionados polo capital, estám amplificados por toda a imprensa e saim das suas cavernas para tomar a rua. E desafiando. Ou nom lembramos aos energúmenos da Mesa por la Libertad Lingüística fazendo o saúdo fascista? Pois isso. Pode-se permitir que o fascismo saia à rua? De quem é a rua? Deles ou do povo? Pois se a rua é do povo e a extrema direita quer-lhe-a furtar, dever do povo é reconquistá-la.

Quê fam os republicanos irlandeses quando os orangistas desfilam polos seus bairros? Quê fam os activistas negros quando o Kuk Klux Klan ousa passar polo seu território? Pois isso é o que temos que fazer nós.

Difamar aos repressaliados é estar ao serviço deste estado farsante, que prohibe manifestaçons contra o racismo e permite passeios punhal na mao de Democracia Nacional e outras sectas. Que olha para outro lado quando a extrema direita sabota centros sociais e depois espanca em manifestantes a favor da língua galega.

8 Comments:

At 10:46 PM, Blogger Nuca said...

bota unha ollada a
http://www.outono.net/elentir/?p=2548

 
At 9:16 AM, Blogger tangaranho said...

occam, permite-me dizer-che que a festa lhes duraria bem pouco se espertaramos de umha vez.

 
At 10:10 AM, Blogger Mario said...

E que ti tamén te pos a discutir con cada un...
E a teoría de que eran bascos desprazados non cha contaron?
Eu creo que o de GB e grupitos así é un indicativo de que Galiza resiste. Fan ben en organizarse, os pobres, aínda se han de quedar sen amigos.

 
At 6:03 PM, Anonymous Anônimo said...

o milhor vos ai que recodar que estamos num pais livre e cada um tem dereito a expresarse de igoal forma que os estudantes non estam obrigados air ver nin a sangil, nina beiras, nin a tourinho. a violencia xenera violencia

a democracia e de todos respetemola

 
At 6:21 PM, Blogger tangaranho said...

Homem, é que eu exijo que polo menos haja um bocadinho de nobreza à hora de fazer política. Desqualificar a quem fai o que a ti che gostaria fazer e nom és quem de fazer, enfim...é lamentável.

Lamento também nom poder entender a intervençom de "marroquí". Sim quero rebater isso do "país livre". Num país livre, quem reclama QUE SE CUMPRA A LEI nom é espancado pola polícia.

 
At 3:56 AM, Anonymous Anônimo said...

Xusto, marroquí Li-BER-DA-DE e DE-MO-CRA-CIA

E non teño por que ir e menos teño que consentir que se fagan actos dese tipo cos MEUS cartos, que vaia á privada ou a un hotel.

 
At 6:58 PM, Blogger Miguel González said...

Post interesante e atinado, companheiro.
Saúde!

 
At 4:19 AM, Anonymous Anônimo said...

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Thanks in advance and good luck! :)

 

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