Versos de Artur Alonso Novelhe
Do seu poemário "Entre os teus olhos"
Aninhámos
Peito com peito
Perto do rio
Umha estaçom trémula
Pervivendo
Em aquele abandono
Luitava fugir a noite do Inverno
Com ida retorno
E dous ou três comboios a ferro
Nos tinham cercados
Aninhámos fontes
Cristalinas sombras
E fragâncias que se perdem
Vomitando chilreios
Entre regueiros carregados de pardais nos tectos
Para tentar nós deixar
de serem aqueles sem um nome próprio
perto do rio
no embarque dos salgueiros
remavam duas folhinhas,
teus pés indefesos
mas nós nom nos importávamos
com os sonhos daquele mundo
e atrás ficarom murmúrios
bocas dentadas quebrando suspiros
que alguém confundiu gemendo com as sombras
perto do rio
peito com peito
mudámos
tu
mais eu
coroas de flores que só nos pertencem
até deitar recostadas as pôlas da inocência
e jé nem ficam
pegadas de carril
que indiquem a sorte
qual é o horizonte
1 Comments:
Não tenho muito conhecimento da literatura da sua terra, mas aqui tenho visto muitos poemas belos. Estas novas descobertas têm sidomuito prazerosas, viu? Um bom domingo. Beijos
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