Apontamentos sobre a guerra do Iraque
Hoje estou com as sequelas de umha noite selvagem, em Carral, a poucos quilómetros de cá, onde houvo um concerto de Sugarless. Nom tenho muita vontade de escrever, de facto deveria estar na cama, pouco dormim. Mas sinto como umha espécie de obriga moral para com aquelas pessoas que sei que visitam o blog, ainda que nom sempre deixem comentários.
Há umha cousa que quixera comentar. Para meados de Outubro está prevista umha grande marcha de trabalhadores e trabalhadoras sobre as ruas da cidade de Washington. Parece que a sociedade norte-americana está a baixar da nuvem, e porfim se está a opôr de maneira maioritária à guerra imperialista do Iraque. Isto nom acontece desde o Viet-Name. Naquela altura os ianques sofriram umha derrota militar sem precedentes. Agora, pode que afinal consigam aniquilar a resistência iraquiana, mas a derrota política já está cantada. George Walker Bush, o fascista e megalómano ditador estadounidense, passará à história com a vergonha de ser o presidente norte-americano que mais unanimidade criou entorno à causa anti-belicista. Mas é especialmente significativo o facto de que nos Estados Unidos se produza umha movilizaçom operária com umha motivaçom tam claramente política. Que os sindicatos operários se movilicem nos USA contra a guerra, significa que até que enfim se está a pôr o debate sobre a guerra do Iraque no plano exacto...esta nom é umha guerra contra o terrorismo, nem para libertar ao povo iraquiano da ditadura de Saddam; esta é umha guerra que necessitavam declarar as multi-nacionais do petróleo. Que eu venha descobrir isto nesta altura, resulta ridículo, mas note-se que falo dos USA. Que o grau de demencialidade de George W. Bush lograsse quebrar o forte sentimento patriótico dos norte-americanos e que apareça umha fenda na sociedade ianque entorno a um tema de política exterior como este, quando as diferenças no que di respeito da política exterior entre os dous grandes partidos dos USA som de matiz e pouco mais, e que a causa anti-belicista nos USA cobre este cariz de classe num país onde a vanguarda dos protestos contra qualquer guerra é exclussiva de organizaçons pro-direitos humanos e pacifistas, significa que esta crise está num novo chanço.
Para mim é motivo de esperança o facto de que o tema tome este cariz no próprio coraçom do império, mas é pena que no Iraque nom seja assim. Pouco ou nengúm protagonismo tem a esquerda na resistência patriótica iraquiana. Som grupos islámicos os que estám a protagonizar esta justa luita, o que nom deixa de ser umha realidade que reflicte os resultados de um trabalho prévio, por parte do império, de extermínio de qualquer esperança revolucionária neste país. Para isso sobiu ao poder Saddam, para aniquilar a esquerda. Isto nom significa que no Iraque nom haja comitês operários que organizam a auto-defesa nos bairros populares ou que tomam fábricas, confrontando-se praticamente por igual aos ocupantes e aos grupos islámicos. Mas a sua presença é praticamente marginal em comparaçom com os islamistas. A queda da URSS empece que se fagam fortes grupos revolucionários na regiom, por carecer estes dos méios dos que disponhem os grupos islámicos. Nom há umha potência amiga que arme a estes grupos. Por contra, sim há quem arme aos islamistas. Isto fai com que muita gente dos bairros operários acabe somando-se a grupos islámicos, ainda que nom comungue ideologicamente com eles. Eu acho esta realidade dramática. Se bem creio que se pode forjar em Ocidente, entorno à experiência da luita anti-belicista, a base para umha nova resistência anti-capitalista, é bastante preocupante que a guerra do Iraque se dirima principalmente entre os ocupantes por um lado e os partidários de um estado islámico polo outro. O horizonte nom é nada esperançador no Iraque, e por cima a guerra vai para longo...
Há umha cousa que quixera comentar. Para meados de Outubro está prevista umha grande marcha de trabalhadores e trabalhadoras sobre as ruas da cidade de Washington. Parece que a sociedade norte-americana está a baixar da nuvem, e porfim se está a opôr de maneira maioritária à guerra imperialista do Iraque. Isto nom acontece desde o Viet-Name. Naquela altura os ianques sofriram umha derrota militar sem precedentes. Agora, pode que afinal consigam aniquilar a resistência iraquiana, mas a derrota política já está cantada. George Walker Bush, o fascista e megalómano ditador estadounidense, passará à história com a vergonha de ser o presidente norte-americano que mais unanimidade criou entorno à causa anti-belicista. Mas é especialmente significativo o facto de que nos Estados Unidos se produza umha movilizaçom operária com umha motivaçom tam claramente política. Que os sindicatos operários se movilicem nos USA contra a guerra, significa que até que enfim se está a pôr o debate sobre a guerra do Iraque no plano exacto...esta nom é umha guerra contra o terrorismo, nem para libertar ao povo iraquiano da ditadura de Saddam; esta é umha guerra que necessitavam declarar as multi-nacionais do petróleo. Que eu venha descobrir isto nesta altura, resulta ridículo, mas note-se que falo dos USA. Que o grau de demencialidade de George W. Bush lograsse quebrar o forte sentimento patriótico dos norte-americanos e que apareça umha fenda na sociedade ianque entorno a um tema de política exterior como este, quando as diferenças no que di respeito da política exterior entre os dous grandes partidos dos USA som de matiz e pouco mais, e que a causa anti-belicista nos USA cobre este cariz de classe num país onde a vanguarda dos protestos contra qualquer guerra é exclussiva de organizaçons pro-direitos humanos e pacifistas, significa que esta crise está num novo chanço.
Para mim é motivo de esperança o facto de que o tema tome este cariz no próprio coraçom do império, mas é pena que no Iraque nom seja assim. Pouco ou nengúm protagonismo tem a esquerda na resistência patriótica iraquiana. Som grupos islámicos os que estám a protagonizar esta justa luita, o que nom deixa de ser umha realidade que reflicte os resultados de um trabalho prévio, por parte do império, de extermínio de qualquer esperança revolucionária neste país. Para isso sobiu ao poder Saddam, para aniquilar a esquerda. Isto nom significa que no Iraque nom haja comitês operários que organizam a auto-defesa nos bairros populares ou que tomam fábricas, confrontando-se praticamente por igual aos ocupantes e aos grupos islámicos. Mas a sua presença é praticamente marginal em comparaçom com os islamistas. A queda da URSS empece que se fagam fortes grupos revolucionários na regiom, por carecer estes dos méios dos que disponhem os grupos islámicos. Nom há umha potência amiga que arme a estes grupos. Por contra, sim há quem arme aos islamistas. Isto fai com que muita gente dos bairros operários acabe somando-se a grupos islámicos, ainda que nom comungue ideologicamente com eles. Eu acho esta realidade dramática. Se bem creio que se pode forjar em Ocidente, entorno à experiência da luita anti-belicista, a base para umha nova resistência anti-capitalista, é bastante preocupante que a guerra do Iraque se dirima principalmente entre os ocupantes por um lado e os partidários de um estado islámico polo outro. O horizonte nom é nada esperançador no Iraque, e por cima a guerra vai para longo...
3 Comments:
Olá. Você esteve no meu blog e estou retribuindo sua visita. Bom chegar aqui e ler suas reflexões a respeito da guerra. Espero que volte ao meu blog pois pretendo voltar por aqui tb. Beijo grande. Ariane [ http://retalhosepensamentos.zip.net ]
Tá vendo? Mesmo com sono e cansado da farra vc faz um post interessante e importante deste! Bom demais, viu? Estou com vc... o horizonte começa a mudar de cor. Embora saibamos que a situação no Iraque tende a se tornar cada vez pior, torcemos para que seu fim não demore tanto qto tememos, né? Grande beijo. E bom sono..rs...
Assino por baixo o teu texto. Passei aqui só para deixar um abraço, mas a temática prendeu-me a atenção e acabei por ficar muito mais tempo. Agora, corro... já atrasada.
Beijo da Adesse [dos "sul", que descobriste quando acabaram :-)**
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