sexta-feira, novembro 19, 2004

...solidom...

A solidom. Eterna companheira. Este mundo resulta-me realmente duro, às vezes. Por nom dizer sempre. Rara vez falo eu dos meus sentimentos. Mas estou numha etapa na que me assalta constantemente o seu fantasma. O medo a todo e a todos. O medo a mim próprio. O nojo de mim próprio. A incompreensom. A impotência para um se expressar. A hostilidade do outro. O medo. Merda. Umha nova queda. A eterna queda. E a eterna volta ao débil fio do equilibrio emocional. O coraçom é umha bomba de relojoaria que quererias extirpar. É umha tortura. Deveria estar já insensibilizado de tanto golpe. E nom. Segue, o cabrom, a funcionar. Segue com capacidade de se namorar. Ufff...um analgésico para as dores de coraçom, era o que tinham que inventar. Porque por muito que queiras enganar a este imbécil irracional que se acobilha no teu peito, afinal acaba lembrando-te o que doeu a última lategada. Fará-che tremer o sorriso. Anubiará-che o olhar.

A SOLIDOM

A solidom é essa travesia constante
Que envelena os teus dias
É essa agonia surda
Essa prisom

Essa morte em vida que te invade
Esse fel ressesso

É umha derrota antiga e amarga
Fiel e dolorosa

A solidom é um cancro na esperança.



3 Comments:

At 10:38 PM, Anonymous Anônimo said...

non vou dicer que a dor é superábel, porque hai dores permanecen para sempre, pero podemos deixar que nos afunda ou podemos demostrar que temos vontade para vivir. Coa primeira opción seremos os seus escravos, coa segunda loitaremos pola nosa liberdade.

 
At 8:58 AM, Blogger tangaranho said...

Sem problemas, companheir@s!!! A fim de contas, sempre nos fica a luita..."Salta una valla, dobla una esquina..." (...) "Te quiero, y quedamos, en la barricada a las tres, con las fuerzas de la victoria al atardecer!!!"

 
At 7:59 PM, Anonymous Anônimo said...

Nom concordo, é claro que podemos viver enganados; de facto, sempre é mais fácil enganar-se que saber o que se passa realmente connosco(c'o nosso coração, se queres, ou tb c'o nosso fígado, até co'as nossas hormonas).
E sempre nos quedará desesperar...

alba

 

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