quarta-feira, setembro 29, 2004

A poesia de Cruz Martínez



Hoje deixo-vos com a poesia da viguesa Cruz Martínez. Desfrutade da provocaçom e a beleza das suas palavras. Conhecim-na em Combarro e gostei imenso da pequena mostra do seu trabalho que nos presenteou naquela esplendorosa tarde de Setembro.


ESVÁRANSE LETANÍAS, nos recunchos dun alma feble
Cínguese o crepúsculo no peito
Firen as xeladas apertas
Das terribles ausencias

Síntese a certeza dun caos que regresa
Onda ti, na media noite
E sabes
Que as lembranzas percorren os soños
Cando dormes
E fan da morte un acto certo

Quixeras ter alzheimer
Pasear polos corredores da ignorancia

Lástima, non ter algunha maña
E cambear o texto deste guión dramático
Do mesmo xeito que cambeas as bragas

Lástima non ser personaxe
Dun filme de Almodóvar
Onde o drama é consecuencia, visión
Dunha pantalla
Lástima

5 Comments:

At 11:01 PM, Anonymous Anônimo said...

fermosos os poemas daquela tarde de encontros

 
At 3:53 AM, Blogger eli said...

Grata pela partilha desse encontro. :-)*

 
At 1:06 PM, Anonymous Anônimo said...

Meu anjo, vim dar beijo de sexta-feira... e agradecer todo seu karinho! Sempre.. suas publicações estão sempre lindas... obrigada por dividir isso conosco. Sua sensibilidade é notável. Beijimmm...

 
At 11:23 PM, Blogger Loba said...

Ah Ramiro, a cada vez que vc fala deste encontro morro de vontade de ter estado lá! Imagino que deve ter sido bom demais! O poema é lindo e vc sempre traz coisas belíssimas, né? Adoro isso! E adoro vc, mocinho! Beijãozão

 
At 10:23 PM, Anonymous Anônimo said...

Para min foi un pracer compartir aquela fermosa tarde de poesía

 

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