sexta-feira, setembro 10, 2004

Lembrança de Manuel María

Ao melhor até surpreendemos a alguém. Quiçá poucas pessoas associem estes versos ao grande patriarca das letras galegas Manuel Maria, falecido na cidade da Corunha na noite da Quarta –Feira. Quiçá sejam muitas mais as pessoas que associem estes versos a algumha velha fita dos inesquecíveis Fuxan os Ventos (aqueles heróicos anos setenta, nos que o meu pai tinha a casa feita um arsenal do PSG...) Pois valha este post como singela mas pedagógica homenagem a este genial poeta chairego, corunhês de adopçom e, ante tudo, pessoa profundamente comprometida com o país. Nom vamos dizer que a sua trajectória tenha sido impoluta, e de facto eu estou bastante longe de opinar isso, mas alguém que escreveu um poema como este, bem merece ser recordado neste blog. Já vos advirto, que mais de um e umha nom poderá evitar cantar nada mais começar a lêr.


O CARRO

Non canta na Chá ninguén.
Por eso o meu carro canta.
Canta o seu eixo tan ben
Que a señardade me espanta.

Non hai canto tan fermoso:
Fino como un asubío.
Anque é, ás vegadas, saudoso,
Faise, no ar rechouchío.

O meu carro é cerna dura:
Sábese carballo e freixo.
¡Que fermosura a sua feitura!
¡Que lixeireza a do eixo!

As cousas vanse aledando
Por onde o meu carro pasa.
¡Carrétame herba pró gando!
¡Traime a colleita para casa!

3 Comments:

At 7:25 PM, Anonymous Anônimo said...

Lindo poema...adoro o q vc escreve!!!
Bjs
Debinha

 
At 12:43 PM, Anonymous Anônimo said...

eu coñecina hai moitos anos cando, obrigado a ir á igrexa para facer a comunión, cantaba esta canción animado polo cura que era 'pexegueiro' (PSG-EG)

 
At 2:36 PM, Blogger tangaranho said...

hehehehehehe....eu fum baptizado por esse crego...mas já deixou o sacerdócio...até nisso eu tenho que ser peculiar...o indivíduo também era de autêntica antologia...Sam Joam de Filgueira is different....

 

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