segunda-feira, outubro 04, 2004

Aurelino Costa

Vam uns versos do Aurelino Costa, um dos meus companheiros de filo-café. Prometim poesia portuguesa, e aquí vai. Este é o primeiro poema do seu livro "Amónio".


amónio


É inverno a alma,
o espólio

restam ratazanas
entre papeis alegria
e mágoa.

Em cantar dissecou propósitos de ir cedo para casa. Medrou. Lavadura certa. Nervoso, o discreto, o a esperança de comer.

cabeça de pescada em restaurante de cidade
mercedes em brinco

Algarve a rota
certa:

As sobrinhas estranharam ter saído cedo
e com olhar.
a explosäo. ninguém

haja cheiros