Sempre na memória, O Poeta do Courel
Estou nas últimas horas do dia, deste Sábado chuvoso. Estou a ponto de nom fazer o sacrificio para ir a Compostela e ir a Ferrol. A consciência tira-me para um lado, o coraçom para outro. Nom sei. Incertidom de novo, ainda que esta incertidom seja bastante pouco séria a respeito das incertidons das que falava ontem. Nom me apetece ir a Compostela, ainda consciente de que desaproveito umha oportunidade. Irei a outros seminários, seguramente. Mas a este, que para mim era necessário, justo nom me resulta cómodo de assistir. Já veremos o que fazemos.
Hoje, por certo, há cinco anos da morte do Poeta do Courel, o irrepetível Uxío Novoneyra. Outro vulto da literatura galega que destacou polo seu compromisso social. A defesa deste país e as suas gentes estava presente na sua obra e na sua atitude. Sei que às vezes a poesia que se posta aquí nom resulta de fácil compreensom para @s noss@s visitantes do Brasil e Portugal, pola barreira ortográfica, polos abondantes castelhanismos, palavras falsamente galegas ou falsos cultismos...pensem estes e estas amig@s que na Galiza estivemos a sofrer cinco séculos de submetimento a Espanha, com a conseguinte perda da norma culta do galego, pervivente no português em todos os padrons vigorantes e participantes dos acordos ortográficos, mas impedida de se desenvolver aquí, ao ter sobrevivido a nossa língua apenas a nível de fala popular durante centos de anos. Quem começarom no S. XIX de novo a escrever em galego, fixerom-no para um público alfabetizado apenas em espanhol e nom houvo um consenso sobre o padrom ortográfico a seguir; houvo intentos de tomar como referente o português, e houvo quem optou por transcrever segundo a ortografia espanhola a fala popular. Por isso há tanta diferença, ainda hoje, entre lêr um autor e lêr outros. A homenagem, dentro das nossas modestas posibilidades, ao Poeta do Courel, é obrigada, porque ele tinha umha qualidade, a pesar das suas humildes origens, superior a outros da sua geraçom, ou de posteriores geraçons que tinham a sua carreira de Filología e umha cultura literária de partida superior. Também porque até os seus últimos dias, igual que Manuel Maria, igual que Luisa Villalta, salvando as diferenças que se queiram salvar, mantivo o seu compromisso exercendo-o com factos concretos. Lembro ainda aquele Uxío Novoneyra que formara parte da Mesa polo Traslado á Terra d@s Pres@s. Eram anos aqueles, para mim, de marchas a Teixeiro, de viagens constantes a Ferrol e Compostela, de activismo anti-repressivo ao lado de pessoas como Joam Peres, Henrique Nunes Barreiro, Inácio Martins...alí estava ele, ainda que só fosse para emprestar o nome...a umha causa esquecida e difícil. Apenas, e aínda assim nada menos, estes versos breves, mas carregados de força, do Novoneyra.
Hoje, por certo, há cinco anos da morte do Poeta do Courel, o irrepetível Uxío Novoneyra. Outro vulto da literatura galega que destacou polo seu compromisso social. A defesa deste país e as suas gentes estava presente na sua obra e na sua atitude. Sei que às vezes a poesia que se posta aquí nom resulta de fácil compreensom para @s noss@s visitantes do Brasil e Portugal, pola barreira ortográfica, polos abondantes castelhanismos, palavras falsamente galegas ou falsos cultismos...pensem estes e estas amig@s que na Galiza estivemos a sofrer cinco séculos de submetimento a Espanha, com a conseguinte perda da norma culta do galego, pervivente no português em todos os padrons vigorantes e participantes dos acordos ortográficos, mas impedida de se desenvolver aquí, ao ter sobrevivido a nossa língua apenas a nível de fala popular durante centos de anos. Quem começarom no S. XIX de novo a escrever em galego, fixerom-no para um público alfabetizado apenas em espanhol e nom houvo um consenso sobre o padrom ortográfico a seguir; houvo intentos de tomar como referente o português, e houvo quem optou por transcrever segundo a ortografia espanhola a fala popular. Por isso há tanta diferença, ainda hoje, entre lêr um autor e lêr outros. A homenagem, dentro das nossas modestas posibilidades, ao Poeta do Courel, é obrigada, porque ele tinha umha qualidade, a pesar das suas humildes origens, superior a outros da sua geraçom, ou de posteriores geraçons que tinham a sua carreira de Filología e umha cultura literária de partida superior. Também porque até os seus últimos dias, igual que Manuel Maria, igual que Luisa Villalta, salvando as diferenças que se queiram salvar, mantivo o seu compromisso exercendo-o com factos concretos. Lembro ainda aquele Uxío Novoneyra que formara parte da Mesa polo Traslado á Terra d@s Pres@s. Eram anos aqueles, para mim, de marchas a Teixeiro, de viagens constantes a Ferrol e Compostela, de activismo anti-repressivo ao lado de pessoas como Joam Peres, Henrique Nunes Barreiro, Inácio Martins...alí estava ele, ainda que só fosse para emprestar o nome...a umha causa esquecida e difícil. Apenas, e aínda assim nada menos, estes versos breves, mas carregados de força, do Novoneyra.
DO COUREL A COMPOSTELA
Os que así nos tein
Só tein os nosos nomes no censo,
Que astra a nosa suor sin alento se perde na terra.
GALICIA, ¿será a nosa xeración quen te salve?
¿Oreo un día do Courel a Compostela por terras liberadas?
¡Non, a forza do noso amor non pode ser inútil!
2 Comments:
Quemn de nós não vive este dilema entre o querer e o dever? rs... Seus posts são todos voltados para o compromisso que vc tem com o político-social do seu país. Até mesmo na apresentação de poetas que através das palavras deixaram seu protesto. Acho isso maravilhoso, sabia? Não é muito comum encontrar alguém neste mundo blogueiro que leve em frente, com constância e segurança, este compromisso. Tb por isso te admiro. Hoje o beijo é nacionalista... vc aí, eu aqui.. ambos brigando - do nosso modo - pela soberania de nossos países! Super beijo.
e, desse dilema, quem saiu vencedor?
Vou ler os textos em atraso, o meu quotidiano está a ser complicado, sem muito tempo para as leituras de que gosto.
Abraço daqui, de Lisboa.
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