Seis mitos do nacionalismo lingüístico espanhol, por Juan Carlos Moreno Cabrera
No post anterior eu remetia-me a diverso material que fazia referência a um pretenso mar de fundo revolucionário no Irám, baixo os protestos polos resultados eleitorais. Quereria deixar claras um par de cousas: primeiro que, naturalmente, nengumha afirmaçom que fago a fago alegremente, e em qualquer caso falo a remolque do que vou atopando por aí. Procuro análises desde umha perspectiva de esquerda, que nom som fáceis de atopar, e que muitas vezes som contradictórias. Isto fai que às vezes os acontecimentos sobre realidades que nom conheço muito me apanhem a contra pé. É o caso do Irám, claro. A segunda cousa que quixera deixar clara é que em nengum momento pretendim sequer deixar cair que eu sentia algumha preferência por Mousavi, ou que considerasse que Mousavi era o bom da fita, ou algumha cousa polo estilo. Remarco que, evidentemente, se a questom se reduzisse à luita por quem deve ser Presidente da República, pouco interesse teria para mim.
Pilhou-me com certa surpresa o que está a acontecer no Irám. Até o de agora nunca se deram enfrentamentos a campo aberto desta magnidom, ou se os houvo, nom houvo méios de comunicaçom occidentais que se fixeram eco deles. Como eu estava um bocado descolocado com todo este assunto, botei-me a investigar.
O futebol espanhol está de festa, a competiçom vai elevar o seu nível ainda mais (se couber) porque o eterno rival do flamante tricampiom desta temporada fichou a Kaká e a Cristiano Ronaldo, com o intuito de fazer-lhe duramente a guerra ao Barça, e, se calhar, emular a sua proeza. Em época de crise, falar de fichagens multi-milionários dá como quase entre vergonha e nojo. A qualquer pessoa com um mínimo de princípios, nom lhe pode parecer correcto. Escandalizar, nom é que escandalice muito, pois o esbanjamento e a obstentaçom entram dentro dessa faceta pornográfica do capitalismo. Quiçá o escandaloso, ou quando menos o indignante, som as reacçons que a nível político subscita tudo isto.
Parece que a ninguém lhe cai demasiado bem esse inquérito que pretende submeter a consulta a língua vehicular das aulas nos centros de ensino. Vaia, vaia, vaia...curioso...e isso que Frijolito inventou a caralhadinha esta covencido de que "era o que o povo queria". Pois nom parece que ao povo lhe caia muito em graça o inventinho do listo de Frijolito. Até estamos a escuitar comentários do tipo de "o galego querem-no quitar, a religiom nom a quitam nem de conha". Bom, parece que ainda há alguns neste povo que polo menos cheiram as jogadas - às vezes um bocadinho burdas- desta maltinha infame.
Depois de dous messes de parom por questons de diversa indole, de novo o Tangaranho tira a luz um post, para fazer repasso do que veu ocorrendo do 15 de Abril, até hoje.
Vou comentar hoje - com um bocado de retardo - umha entrevista publicada em La Voz de Galicia que bem poderia ser qualificada de exemplo em grao máximo de jornalismo de cloaca, a parte de ser a enéssima mostra da linha editorial golpista, amarelista, e cada vez mais próxima à extrema direita de La Voz de Galicia.