segunda-feira, julho 28, 2008

O patronato do comércio, de novo contra o galego

Nesta manhá de férias já me amargarom o café os da "Voz de su amo", esta vez fazendo de altofalante dos representantes do patronato do comércio, que se sentem seica "discriminados" e "coutados na sua liberdade" ante a futura obrigatoriedade de atender em galego a aquelas pessoas que o solicitem. Alguns pretendem seguir abusando dos seus privilégios corporativos e de classe, por direito de conquista imperial, relegando os direitos dos demais a um plano inferior. Aquí há um cinismo desmedido. Pretende-se que eu, que nós, relativicemos os nossos direitos para salvaguardar a integridade dos privilégios de alguns. O direito do galegofalante a serem atendido na sua língua é relativizável e sempre estará submetido à vontade do dependente de turno, ou seja, o mundo ao revês; o que consume está ao serviço do que teoricamente serve. Mas entom, quem oferece um serviço a quem? A minha satisfacçom com o serviço nom tem importáncia? Pensam os representantes do patronato do comércio que atender a um galegofalante é umha espécie de acto de caridade?

Por certo; parece que há que repetir-lhes a alguns que as concissons dos seus negócios som públicas. Que há que cumprir a lei. E que nom tem absolutamente nada de excepcional que se lhes faga cumprir umhas regras de jogo na atençom ao cliente no que di respeito a comportamentos lingüísticos, igual que há que cumprir umhas normas em matéria sanitária ou em questons de outro tipo. Mas aquí segue a haver umha divisom entre cidadaos de primeira categoria e de segunda categoria: uns berram porque lhes cabrea muito que os amolem com normalizaçons lingüísticas e outras leis que consideram "caralhadas", porque lhes remexem um ordem de cousas no que estavam comodamente instalados e outros seguimos ponhendo o lombo todos os dias, preparados para receber novas agressons e fazendo da conservaçom dos nossos princípios um verdadeiro acto heróico.

quinta-feira, julho 24, 2008

O Tangaranho estará alí

Causa Galiza anima o soberanismo a participar na sua manifestaçom, a única que reclama a autodeterminaçom para o país

Causa Galiza, plataforma social ampla e de esquerda em favor da autodeterminaçom, anima os e as soberanistas a participarem na manifestaçom que convoca para o 25 de Julho, Dia da Pátria, que vai partir às 13:30 horas da Alameda de Compostela sob a legenda “Soberania nacional”. Por segundo ano consecutivo, Causa Galiza organiza a marcha unitária da esquerda soberanista e independentista.

Numha conferência de imprensa com a presença de Pedro Alonso e Charo Lopes, integrantes da Portavozia da Causa Galiza, o colectivo apresentou hoje, na Galeria Sargadelos de Compostela, a manifestaçom que convoca este 25 de Julho, mais um ano, a todo o soberanismo de esquerdas galego. A cita vai ser às 13:30 na Alameda compostelana, e ao rematar a mesma vai realizar-se um jantar no parque de Belvis.

Charo Lopes destacou a “necessidade de estender os possicionamentos do movimento soberanista perante o debate estatutário”, já que este é “cativo” e com a agenda “marcada por Espanha”, carente de auténtico debate. Por esta razom, um dos objectivos da Causa Galiza é contribuir, mediante a difussom das assembleias comarcais, a esse debate que se revela necesario para o país.

Pola sua banda, Pedro Alonso sublinhou que no actual contexto na Galiza, com “ataques como o TAV, as agressons ao sector pesqueiro, ENCE”, o único caminho é “um discurso coerente em defesa do direito de autoderminaçom”. Assim, “Causa Galiza considera preciso que no Dia da Pátria se fale claro sobre soberania nacional”. Também afirmou que “a crise que a acçom de governo nom freia pode ter consequencias mui duras para a clase trabalhadora galega” e lembrou que a Causa Galiza vai estar dedicada “à defesa activa da nossa realidade nacional em todos os ámbitos”.

Causa Galiza entende que a consecuçom do reconhecimento legal da nossa realidade nacional e de um grau de bem-estar só é possível a partir de um quadro jurídico-político próprio. Torna-se mais necessário do que nunca assumir e espalhar umha consciência crítica a respeito da realidade que nos rodeia. Denunciar activamente as desigualdades sociais que apresenta o omnipotente e omnipresente capitalismo, assumirmos a volta a umha resistência activa e firme da nossa língua, cultura, territorialidade, meio natural… como cerne de um processo real de afirmaçom e autodeterminaçom nacional. Devemos, pois, hastear umha vez mais a bandeira da estrela vermelha.

quinta-feira, julho 17, 2008

Debate do decálogo de Causa Galiza

Causa Galiza apresenta o decálogo para debate

O dia 18 de Julho, às 20.30 horas terá lugar no Centro Social Gomes Gaioso a apresentaçom do Decálogo de Causa Galiza. Este decálogo define os parámetros para umha Galiza mais livre e democrática, tocando aspectos como as relaçons laborais, os direitos civis ou a territorialidade.

Causa Galiza pretende com este acto gerar debate entorno a um direito que hoje permanece negado até o ponto de mesmo silenciar-se a sua reivindicaçom, como é o de autodeterminaçom.


terça-feira, julho 15, 2008

A contra-relógio, para salvar a vida da sua amiga


Hoje assaltou-me, entre as páginas da imprensa diária, esta singular história. Este homem pede dinheiro na Rua Real da Corunha...nom para comer, nem para pagar umhas copas, mas para algo muito mais noble. O certo é que pensar no mais que provável final da sua cadela resulta angustioso. Eu desconheço qual é o estado do animal, mas as autoridades municipais teriam que ponderar bem se o pobre bicho realmente é umha ameaça para a saúde pública ou nom. Que seja a acompanhante de umha pessoa que mora na rua, nom significa necessariamente que se cumpra o antedito extremo. Também se deveria olhar se o dono tem recursos ou nom. Em qualquer caso, fazemo-nos eco da petiçom de ajuda desta pessoa.

quarta-feira, julho 09, 2008

Maurício Castro no Gomes Gaioso

Maurício Castro falará sobre a figura de Carvalho Calero

Na quinta-feira 10 de Julho o nosso Centro Social organiza umha conferência sobre a campanha que há em andamento sobre Carvalho Calero e sobre a sua figura. No acto intervirá o professor Maurício Castro. A exposiçom exprimirá os motivos da campanha que solicitam que o dia das letras 2010 seja dedicado à homenagem da figura de Carvalho, da que se nos fará também umha achega biográfica e da sua releváncia como estudioso da língua e literatura galega.

Ficais convidados ao acto que terá lugar no Gomes Gaioso às 20:30 h.

sexta-feira, julho 04, 2008

Parañoia

quarta-feira, julho 02, 2008

O rearme dos nacionalistas espanhois

Ultimamente era notícia um textinho assinado por um punhado de intelectuais, columnistas e opinadores profissionais, em defesa do castelhano, propondo umha série de medidas para coutar a escalada nacionalista que, segundo eles, se está a dar nos territórios do estado com língua própria. Haverá que algum dia analisar polo miúdo esse infumável horror literário-político, ainda que pouco novo podemos dizer a respeito do que já se tem dito por parte de quem já o tem "destripado" com bastante acerto.

Eu sim queria salientar o apoio de umha série de "notáveis" oriundos desta terra- bom, em realidade três, que poderiam se calhar ser mais com o tempo - a este manifesto. Eu falava hoje mesmo com um amigo de que o problema é a falta de vontade política para utilizar contra estes mercenários as armas que , polo menos o governo autonómico, tem ao seu dispôr.

Cadaquem escolhe as suas fidelidades patrióticas ou partidárias. Luz Casal, Roberto Verino e Óscar Pereiro ( a partir de hoje, imagino que heróis dos "galicio-palanganas" e espécies parecidas) podem assinar um panfleto contra o galego; estám no seu perfeito direito. Mas um governo autonómico que realmente se sentisse governo de um país, deveria reagir. O galego forma parte fundamental da nossa identidade. É um património que temos a obrigaçom de cuidar. É umha instituiçom do povo galego, que trascende conjunturas políticas, governos, regimes...e quem toca as instituiçons do povo galego, nom tem direito a vir logo reclamando nem ajudas oficiais, nem espaço mediático, nem o apoio do público galego. É curioso ver como estes, que na capital do reino som mais papistas do que o Papa, aquí som mais galegos que ninguém para pôr o caço. Para isso todos somos galegos. E estes, mais do que ninguém...como triunfam na metrópole, som-vos especiais, e claro, como lhe dixem ao meu amigo, pretendem todos os direitos e nengum dever. Direito sem dever é privilégio, e eu nom acredito nos privilégios.

Se atacas ao galego, nom deverias poder sair na TVG nem na Rádio Galega. Nem se che deveria poder contratar para publicitar produtos galegos. Nem para actuar na Galiza. Particularmente, parece-me muito ridícula e mesquinha a atitude de Luz Casal. Quem é esta senhora para opinar sobre este assunto? Umha pessoa que leva três quartos da sua vida morando fora da Galiza, que nem tem elementos de juízo para opinar consistentemente sobre qual é a situaçom sócio-lingüística aquí, e á que nom lhe vai afectar o mais mínimo o que aquí se faga em matéria lingüística, nom sei quê pinta assinando esse tipo de libelos. E digo mais. Foi discriminada algumha vez como artista neste país por cantar em espanhol? Na televisom da Galiza sempre é referida e apresentada como "artista galega", e a sua presença é considerada sempre como estelar. Terá de quê queixar-se? Mais ainda digo; saberá esta senhora que muito do seu público é galego-falante, e que provavelmente nom estará de acordo com o que diga esse panfleto reaccionário?

Nom se pode seguir dando trato preferente, como de filho pródigo da Galiza, a quem envergonha ao seu próprio povo enarbolando a bandeira do auto-ódio.

terça-feira, julho 01, 2008

...e a Espanha ganhou a Euro 2008


Em kaosenlared.net estám a aparecer umha série de artigos e informaçons relacionadas com as celebraçons em diferentes cidades do estado espanhol pola vitória da selecçom espanhola na euro 2008. A verdade é que tudo o que aí aparece é imensamente interessante, mesmo as intervençons nos foros, incluidas as provocaçons dos fascistas, contando as suas "façanhas". Retrata muito bem nom só a situaçom que se coze neste momento, mas também a situaçom à que alguns lhes gostaria chegar.

Muito interessante o que aconteceu em Donostia. Para tomar nota.