segunda-feira, fevereiro 27, 2006

Avançam as selecçons galegas

Nas últimas declaraçons de Santiago Domínguez aos média avançou-se publicamente, entre outras cousas, o próximo debut das selecçons masculinas e femininas de andebol e básquet. O tema das selecçons desportivas avança, apesar de tudo. Apesar do boicote de baixa intensidade da maioria dos méios de comunicaçom e apesar dos torpedos de sectores reaccionários que se vam opôr a que haja selecçons desportivas galegas aconteça o que acontecer, sobretudo porque o fenómeno de massas que isto pode provocar nom o podem controlar e nom tenhem possibilidade de tirar talhada dele. Que a sociedade galega produça os seus próprios referentes nom é beneficioso para o projecto nacional espanhol, sobir a auto-estima colectiva do povo galego só reforça ao projecto nacional galego. Por isso também o PSOE, que nom quer fazer aquí de "póli mau" e lhe deixa esse papel ao PP, é tam zeloso com o tema simbólico e por isso há os problemas que há para que as nossas selecçons poidam jogar baixo o nome legítimo do país: GALIZA.

Agora que se evidencia o sucesso da experiência com a selecçom de futebol, o resto das disciplinas também querem selecçom galega. E o BNG, consciente de que tem que aproveitar o fol deste excelente arranque, tira cara adiante por muito que a caverna ladre, e naturalmente fai bem. Eu o que espero é que a massa social que apoia esta política de dignificaçom do desporto galego se ponha por diante e que resolva o problema do nome. Por enquanto, umha pancada clara à atitude censora do PSOE já se deu em Sam Láçaro, onde o público tinha claro que quem jogava era GALIZA.

O que também reclamaria é unidade e respeito mútuo entre as entidades que apoiam as selecçons galegas. As difamaçons que se ouvem por aí contra Siareiros Galegos nom respondem nem muito menos a interesses honoráveis nem me parecem inteligentes. Singelamente, há entidades que tenhem direitos históricos e está bem que se lhes conceda representatividade, independentemente de que esses direitos nom sejam privativos nem exclussivos e de que outras entidades tenham também direito a aparecer e a que se lhes tenha em conta. Haverá quem me insulte por dizer isto. Pois que o faga. A única verdade em tudo isto é que a contradicçom fundamental nom está, no tema das selecçons galegas, em quem leva mais cacho da torta e portanto mais protagonismo, e aliás isso só interessa às organizaçons, ao povo nom lhe interessa o mais mínimo. A contradicçom fundamental está entre os que desejam que os nossos desportistas compitam baixo a nossa bandeira (ainda que seja em versom autonómica) ou os que desejam que aquí ao único que se poida aspirar é a ser o suficientemente bom como para poder emigrar e que como muito vaias à selecçom espanhola. E, pensando mais em chave geral, os que concevimos Galiza como umha naçom que tem legitimidade para se auto-representar polo mundo adiante e os que pensam que Galiza é umha regionzinha onde se toca o pandeiro e se come polbo com cachelos.

domingo, fevereiro 19, 2006

Mensagens ao IGVS

No blog da aldeia de Eirís informa-se de umha nova iniciativa em defesa deste núcleo rural e o seu entorno. A ideia é um envio massivo de e-mails ao correio do Instituto Galego de Vivenda e Solo (igvs@xunta.es) mostrando o nosso rejeitamento ao projecto do parque ofimático. A ver se há sucesso e lhes colapsamos o correio electrónico.

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Sobre relíquias fascistas

No outro blog já falo de outros aspectos relacionados com este tema, em todo caso eu aquí vou fazer fincapé em dous factos simultáneos: o nomeamento de Fraga como sócio de honor da ordem de Cavaleiros de Maria Pita, por um lado, e polo outro a detençom de três pessoas no Sul da Galiza acusadas de "atentados" contra monumentos fascistas.
Simplesmente, porque a cousa nom dá para divagar demasiado, assinalar a dupla moral existente neste sistema, neste estado...por um lado se prémia e homenageia a ex-partícipes de um governo criminoso e ditatorial com fundos públicos e, polo outro, detem-se com umha cenificaçom própria de umha acçom contra um grupo armado a três activistas do NÓS-UP por acçons contra a simbologia fascista. O tema de Fraga é complicado, umha vez que Fraga é só um dos muitos quadros reciclados do franquismo por muito que seja todo um ícone, ainda que também é certo que se é ícone é por algo...quiçá porque foi ministro da governaçom de Franco. Mais singelo é o da simbologia fascista. Nom há que protegé-la, nem restaurá-la, nem há que fazer outra cousa com ela que retirá-la. Será tam difícil de entender?

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Apostas sobre a marcha de Paco Vázquez

Foi umha maniobra de ZP? Foi cousa de Touriño? Ou foi o próprio caudilho herculino o que lhes dixo aos seus companheiros de Madrid que lhe arranjaram um choio na emigraçom? Haveria um pouco das três cousas? Mais bem...eu já escuitei teorias de todo o tipo, quase todas com umha certa lógica, e à que seguro que me aponto é à de que o caso IGLEVAZ tem bastante que ver. Um alto responsável de La Opinión de A Coruña opinava assim no mesmo dia em que se souvo a notícia. Nom pode ser um acaso que isto aconteça precisamente agora.
Esperemos que isto que vem de acontecer precipite o final do vazquismo. Nom seria umha imensa vitória, mas sim que seria um passo adiante.

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

...e agora, quê?

Alguém podia imaginar umha Corunha sem Paco Vázquez? Esperemos que isto seja o começo de umha profundíssima mudança. Paco Vázquez marcha. É o começo do final de umha etapa e os albores de outra, suponho. Ou quero acreditá-lo assim, vaia. A luita continua, de todos os jeitos. Na História sempre há passos adiante e passos atrás. Mas som possíveis outras Corunhas...umha Corunha onde colham as outras Corunhas postergadas com Paco Vázquez. Espero.

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

Blog em protesto pola desapariçom de umha aldeia

Em protesto pola desapariçom da aldeia de Eirís, um grupo de amigos desse núcleo rural e o espaço natural no que está inserido criamos este blog. Passade e veredes o que vamos perder pola ambiçom desmedida do ser humano e a voracidade do mal-chamado "progresso".

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Espanha contra Catalunya?

Por muito que intentem recobrir de correcçom política o que em realidade é um alarde de fascismo záfio, as cousas som o que som. E o outro dia, perguntada umha mulher, intuo que de certa idade já, desde os microfones de certa emissora de rádio sobre para quê era a sinatura que ela estava emprestando ao Partido Popular, que está a recolher sinaturas contra o Estatut a pé de rua (em todas partes, menos em Catalunya, claro) a boa da senhora respondeu: "assino contra Catalunya". Os militantes "populares" que estavam no labor apressarom a corrigir "nom, nom...contra Catalunya nom...contra o Estatut!!!" Dá igual...com ou sem os matizes pertinentes, a questom é que o Partido Popular está a explorar, na sua campanha contra o Estatut català, os mais rançosos e irracionais sentimentos anti-catalanistas. O racismo, xenofobia, ou como lhe queirades chamar. As invejas, a incompreensom, o orgulho imperial...cousas que deveriam estar enterradas.

Espanha contra Catalunya...esta é a guerra que os fachas pretendem librar. E nom só o Partido Popular.

Espanha é, simbolicamente, umha ideia de difícil esgrima (de facto cada vez mais complicada) desde posiçons progressistas. É um falho da esquerda espanholista ou é que um conceito progressista de Espanha é inarticulável? Enfim...fraco favor está, por outra parte, a direita espanhola fazendo-lhe ao projecto nacional que di defender com iniciativas como esta. Alagaradas reaccionárias que nem a velha Alianza Popular se atreveu a fazer. A Fraga, algum dos seus peons o mandou à merda quando quixo organizar umha marcha de civís espanhois ao País Basco...pois nada, veremos quê novos episódios nos vam tocar presenciar...