segunda-feira, fevereiro 25, 2008

A Revoluçom continua em Cuba

Reportagem em Telesur e programa especial da televisom cubana sobre o processo de escolha do novo Presidente da República, trás nom o anúncio de Fidel de nom apresentarem-se candidato para a chefatura do estado.

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quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Justificaçom da movilizaçom (mover-se ou caducar)

O outro dia perguntava-me um militante do BNG, assim, a cara de cam desde a segurança que dá o messenger (duvido que cara a cara me fixesse a pergunta nesses termos e menos ainda nessas formas) "Sabes se entre os que fixerom o acto contra Maria San Gil havia infiltrados da polícia?". A pergunta podia ser um desafio, se calhar, e se nom era o mais cínico dos desafios era umha pergunta feita desde umha imperdoável candidez numha pessoa que se di culta e madura, e que se toma tantas vezes o luxo de alicionar aos demais com as suas "brilhantes" reflexions. Porque muitas vezes tivem a tentaçom de parar-lhe os pés com algumha impiedosa verdade, mas calei. Desta, nom.

Pensar que trás os protestos contra a inoportuna presença da San Gil na USC estava a polícia, é o cúmulo das reviravoltas da razom. É o cúmulo do auto-engano. É a misserável e covarde acusaçom daquele que ficou na casa por pura covardia e agora defende a sua postura atacando.

Trás os protestos da USC, trás os protestos da Complutense e trás os protestos da Pompeu i Fabra, nom estavam outros e outras que @s própri@s estudantes. Mas determinada esquerda e determinado nacionalismo hegemónico decideu nom apoiar tais protestos. Como esses protestos tiverom o seu efeito mediático e social...aí está o problema. Havia que inventar, aliás da excusa para nom apoiar os protestos, a excusa para nom se solidarizar com os repressaliados.

Aquí, os secretários gerais, responsáveis de organizaçom e outros tutores da consciência, jogam um papel parecido ao do cura que assessora ao medonho freguês: se bem nom se ameaça com o inferno cristao, ameaça-se com a condenaçom nos confins da pequena-burguesia, o espontaneismo...e mesmo o colaboracionismo. A crítica e a auto-crítica passam de ser ferramentas de análise a ser refúgios do covarde, desde a sua utilizaçom indevida e manipulada. Deveria saber este militante do BNG que o rumor é umha arma contra-insurgente. Claro que a culpa nom é dele, polo menos no seu cento por cento. A culpa é de quem o educou numha cultura do medo e o auto-engano.

Os protestos contra a presença de Maria San Gil na USC e os actos similares que se sucederom noutros pontos do estado espanhol, som a resposta necessária a um abuso de poder: o de umhas autoridades universitárias que utilizam as instalaçons e os recursos da univesidade que pagamos tod@s para actos partidistas e mesmo eleitoralistas. Que fagam passar com embudo candidatos às eleiçons para, supostamente, dar palestras que nom som tal, mas actos de proselitismo partidista e eleitoral, é como para protestar. E nom vale olhar para outro lado. O dever de todo o estudantado era protestar, só que o estudantado nom está movilizado e por isso havia trinta pessoas increpando à San Gil, e nom 300 nem 3000. Ainda que seguro que há mais do que 300 pessoas e mais do que 3000 que concordam com o protesto.

No mesmo plano coloco o tema das contra-manifestaçons em resposta às demostraçons de força de determinados chiringuitos beligerantes com a língua galega. Nom vale isso de que respostar-lhes é dar-lhes publicidade. Já nom é questom disso, porque o cenário nom é o de há dez nem vinte anos. Já nom som as quatro monas da AGLI a fazer as suas palestrinhas no Círculo de Artesanos. Agora, estám subvencionados polo capital, estám amplificados por toda a imprensa e saim das suas cavernas para tomar a rua. E desafiando. Ou nom lembramos aos energúmenos da Mesa por la Libertad Lingüística fazendo o saúdo fascista? Pois isso. Pode-se permitir que o fascismo saia à rua? De quem é a rua? Deles ou do povo? Pois se a rua é do povo e a extrema direita quer-lhe-a furtar, dever do povo é reconquistá-la.

Quê fam os republicanos irlandeses quando os orangistas desfilam polos seus bairros? Quê fam os activistas negros quando o Kuk Klux Klan ousa passar polo seu território? Pois isso é o que temos que fazer nós.

Difamar aos repressaliados é estar ao serviço deste estado farsante, que prohibe manifestaçons contra o racismo e permite passeios punhal na mao de Democracia Nacional e outras sectas. Que olha para outro lado quando a extrema direita sabota centros sociais e depois espanca em manifestantes a favor da língua galega.

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Veto a Galicia Bilingüe

À atençom do Presidente da Cámara Municipal de Oleiros;

Pola presente, e como vizinho deste concelho, e sobretudo como membro do povo galego, transmito-lhe a minha fonda preocupaçom pola previssível chegada a Oleiros do autocarro de Galicia Bilingüe. Esta associaçom, que di perseguir a “igualdade” na Galiza do galego e o castelhano, em realidade tem outros objectivos bem diferentes.

O que verdadeiramente defende a associaçom Galicia Bilingüe, é perpetuar os ilegais e ilegítimos privilégios dos indivíduos castelhano-falantes na Galiza, mesmo por cima dos direitos da comunidade galego-falante.

Além disso, nom fai falta mais do que botar umha vista de olhos ao web de tal associaçom para se decatar que o objectivo estratégico derradeiro de Galicia Bilingüe nom é o da “liberdade lingüística”, mas o de varrer o galego da vida social e institucional do nosso país.

Nesta associaçom existem elementos que nom duvidam em fazer alarde da sua xenofobia anti-galega, pondo naturalmente o acento desse ódio na adversom a algo tam definitório como é a língua. Se se duvidar disto, nom há mais que visitar o foro do seu web e ver as disertaçons e outro tipo de material e manifestaçons que os próprios membros e simpatizantes da entidade colocam nele.

É perigoso para a convivência cidadá a presença desta associaçom no nosso termo municipal, e muito mais o desenvolvimento das suas actividades no mesmo. Insultar à língua galega falseando a história, ou minusvalorando-a como idioma, ou desprezando as manifestaçons artísticas e culturais na nossa língua nom é só ser hostil à língua galega, é ser hostil ao povo galego.

Portanto emprazo-o a nom permitir o estacionamento do autocarro de Galicia Bilingüe no termo municipal, e a nom facilitar a esta entidade nengumha instalaçom municipal para que desenvolva a sua actividade.

Atentamente,

Ramiro Vidal Alvarinho

e-mail do Concelho de Oleiros: alcaldia@oleiros.org

segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Galiza nom se vende, governe quem governe


Ontem tivemos ocassiom de estar em Compostela sentindo o pulso de umha sociedade galega que até é às vezes capaz de nos surpreender com a sua vitalidade. Nom há demasiado acordo, parece, sobre o número de manifestantes congregados (5.000...7.000....10.000...12.000...?) em qualquer caso um dado que é inequívoco é o aspecto que apresentava a praça da Quintana; um cheio absoluto. Isso dá para pensar em quando menos os dez mil manifestantes em diante. Interessante destacar um aspecto que nom é muito habitual, que é o nulo protagonismo de partidos e sindicatos. Alguns estavam, ainda que os maioritários nom; com o que nos livramos do penoso espectáculo de umha faixa de cabeceira portada por Quintanas, Aymeryches, Pacos Rodríguez e outros elementos encabeçadores de marchas polas ruas de Compostela (sempre em cabeça pola graça do rosto que lhe botam...)


As pedras da capital da Galiza forom testemunha de umha manifestaçom em defesa do território e do méio natural, em defesa do ecosistema como méio de vida, contra a especulaçom urbanística e o industrialismo irreflexivo...


O berro de Menáncaro, do Ribeiro, de Mugardos, de Coruxo, do Courel, do Barbança, alí estava, numha marcha carregada de ambiente festivo e bom humor. E com umha singulariedade que fala muito em favor da movilizaçom; deve ser umha das poucas movilizaçons que se vaiam convocar durante estes dias que nom tenha umha leitura eleitoral possível, já que nom houvo umha petiçom de voto para ninguém, nem em positivo nem em negativo, nem implícita nem explícita.

O berro imperante foi "Galiza nom se vende, governe quem governe". um toque de atençom à classe política para que escuite ao povo e respeite o nosso méio.





domingo, fevereiro 17, 2008

Artigo do Maurício Castro


Artigo do Maurício Castro sobre a campanha mediática e a acossa policial contra AGIR

"Quem som, quantos som e com quem se relacionam"
(extraído de www.nosgaliza.org)

Maurício Castro Lopes é Portavoz Nacional de NÓS-UP

Dedicado aos e às estudantes concentradas na Faculdade de Económicas da USC no passado dia 12 de Fevereiro

Alguns sectores da direita política, académica e mediática gostariam de pôr em andamento umha versom hispano-galaica do macarthismo, aquele movimento reaccionário de caça às bruxas comunistas nos Estados Unidos em meados do século passado.

Foi com motivo de um legítimo protesto contra a cessom de instalaçons universitárias compostelanas para um acto eleitoral do Partido Popular, e do tumulto provocado pola violência de guarda-costas que acompanhavam a dirigente basca do PP Maria San Gil, que se activou umha inusitada campanha mediática e institucional contra o grupo de estudantes que protagonizou o protesto.

Nom é a primeira vez que os agredidos som convertidos em agressores por obra e graça da unánime pressom dos empórios mediáticos. Tampouco é a primeira vez que se tenta criminalizar um acto reivindicativo que nom tivo nada de extraordinário –nem sequer conseguiu suspender a suposta ‘conferência’, como no fosse pôr em evidência que a Universidade de Santiago de Compostela permite a entrada de pessoas armadas, além de fomentar actos eleitorais mal maquilhados como conferências.

Mais um elo na cadeia de ataques aos direitos sociais

A deriva social que nos últimos quinze anos se vem produzindo quanto a derrogaçom de direitos sociais e a restriçons no exercício de direitos civis, patente em sucessivas contra-reformas laborais, do código civil e da lei penitenciária, entre outras, vê-se confirmada com esta desproporcionada reacçom perante um protesto estudantil que provocou o fingido escándalo de jornais afectos, grupos políticos ‘de ordem’ e instituiçons várias que evitaremos qualificar.

Vejamos algumhas hipérboles e outras palavras grossas ditas nestes dias, a partir do incidente da Faculdade de Económicas e Empresariais:

O porta-voz do PP no Parlamento autonómico, Manuel G. Rivas, dixo literalmente que “O Parlamento galego nom pode condenar isto, mas sim umha guerra no Líbano”.

La Voz de Galicia, numha reportagem ‘de investigaçom’ dedicada ao independentismo galego, chega a afirmar que acaba de abrir-se um debate sobre “até onde chega a presença de grupos independentistas na Galiza, qual é o seu caldo de cultivo, quantos som e com quem é que se relacionam”. Soa dramático, nom soa?

O secretário geral da sucursal galega do PP, Alfonso Rueda, por sua vez, declarou que “som umha minoria radical, que há que cortar de raiz”.

Nom entramos a comentar os qualificativos e mentiras publicados por outros meios extremistas ligados ao Partido Popular. Basta aceder a webs como Libertad Digital para comprovar o tratamento literal de “terroristas” que recebem os membros de AGIR e o estudantado independentista em geral.

Voragem mediática unánime sem direito à defesa

Incluso o PSOE e o BNG, arrastados pola voragem mediática, acabárom por assinar umha declaraçom em que, sem reflectirem minimamente sobre o que há por trás da campanha, e sem conhecer a versom dos estudantes espancados por guarda-costas armados com cacetes extensíveis, condenárom o protesto estudantil. Nom assim, curiosamente, a carga policial injustificada da semana passada contra a concentraçom da Corunha em defesa da nossa língua.

Há em todo isto, é claro, um insuportável fedor a eleitoralismo dos de Mariano Rajoi. No entanto, nom é só isso: é também umha nova tentativa de apertar a porca da repressom social contra quem nom passa polo aro do politicamente correcto nesta Galiza de princípios de século, nomeadamente a juventude e o independentismo.

Já para concluir, e respondendo à pergunta que dá titulo a este texto de urgência, direi que sim, eu sou um deles: um desses poucos que tanto molestamos à Espanha bem-pensante, que estaria encantada de que nom existíssemos. Um desses independentistas que, longe dos tópicos mediáticos, estamos perfeitamente integrados no meio social deste país, e que, sendo muitos, poucos ou demasiados, nom vamos deixar de exercer os nossos direitos até que, emulando o senador Mcarthy, a Espanha da Lei de partidos e dos torturadores indultados consigua caçar-nos a todos.

sexta-feira, fevereiro 15, 2008

À caça do estudante independentista

A caverna aplaude no ponto álgido do circo, sabem que afinal tudo o arranja a repressom; ela corrige as derrotas morais dos que tenhem que ganhar por essa lei que levamos gravada no conhecimento, e que nom tem porquê estar escrita, e resarce e satisfaz aos molestos cidadaos, damnificados polo espectáculo de umha sociedade com fianhos nom desejados.

O estudante independentista é umha espécie molesta; nom tem entidade, nem identidade, nem critério; é dizer, é tonto mau e feio, que diria umha criança.

Para ser um construto pueril, é demasiado perfeito, ou se calhar precisamente por isso, a imagem mediaticamente construida do estudante independentista, essa raça inoportuna, tem sucesso; permite acreditar à massa bem-pensante o que deseja e necessita acreditar.

É verdadeiramente escandaloso o que está a acontecer com AGIR, agora objecto de umha implacável caça ordenada desde méios institucionais e mediáticos e executada displicentemente polas forças repressivas do estado.

A questom é a seguinte:

-Na Universidade de Compostela um grupo de estudantes protagoniza um acto de protesto contra umha palestra impartilhada por María Sangil

-Com efeito, entre os estudantes que participam há membros de AGIR. Também há membros de outras organizaçons, ainda que surpreendentemente (ou nom) agora essas organizaçons guardam um silêncio sepulcral.

-A guarda de corps de María Sangil (nom os estudantes) provocarom um altercado no que, por certo, acabam contusionados alguns deles.

-As conseqüências nom se fam esperar e a decana da faculdade de Económicas anúncia medidas sancionadoras da parte académica contra os participantes no acto de boicote. Hoje há um detido.

Tudo isto com a cumplicidade de praticamente todo o mundo académico, político e mediático, exceptuando muito poucas vozes.

Francamente, vergonha de país, de nom ser por essa mínima parte lúcida, da que AGIR fai parte.

terça-feira, fevereiro 12, 2008

Rap desde a Palestina

Nuns momentos de assédio e bloqueio, de recrudescimento da política anti-árabe do estado racista e terrorista de Israel, fazemo-nos eco do berro de resistência da mocidade palestiniana. Este vídeo pode ser todo um hino para um momento histórico.




Quem é o terrorista?
Eu sou o terrorista!?
Como sou eu o terrorista quando és tu que roubou a minha terra?
Quem é o terrorista?
Tu és o terrorista!
Tu levaste todo o que me pertencia enquanto eu vivia no meu lar.

Você nos mata assim como matou os nossos antepassados
Você quer que eu recorra à lei?
Para quê?
Se tu és a testemunha, o advogado, e o juiz
Serei condenado à morte
Tu queres-nos como minoria?
Para acabar como a maioria no cemitério?
Nos teus sonhos!!
És uma democracia?
Na verdade, és mais parecido com os nazistas!
Os teus inúmeros violadores da alma árabe
Finalmente impregnárom-na
E ela deu a luz o seu filho
O seu nome: homem-bomba
E agora tu chama-lo terrorista?
Tu atacas-me, e ainda reclamas
Quando che lembro que foste tu quem me atacou
Tu silencias-me e gritas:
"Como permites que tus crianças nos atirem pedras
Nom tenhem pais para os manter na casa?"

Quais?
Tu esqueces que os nossos pais estám enterrados sob os escombros das nossas casas?
E agora, enquanto a minha agonia é tamo imensa
Tu chamas-me terrorista?

Quem é o terrorista?
Eu sou o terrorista!?
Como sou eu o terrorista quando és tu que roubou a minha terra?
Quem é o terrorista?
Tu és o terrorista!
Tu levaste todo o que me pertencia enquanto eu vivia no meu lar.

Porque terrorista?
Porque o meu sangue nom é calmo… ele é ebuliçom
Porque eu matenho a minha cabeça erguida pola minha terra
Tu mataste os meu seres queridos
Agora estou sozinho
Os meus pais expulsos
Mas vou continuar a gritar
Eu nom sou contra a paz
A paz é contra mim
Ela vai-me destruir
Tu nom podes ouvir a nossa voz
Tu silencias-nos e degradas-nos
E quem és tu ?

E quando te tornaste governante?
Olha agora os muitos que mataste
E quantos órfaos figeste
As nossas maes estám chorando
Os nossos pais estám angústiados
A nossa terra está desaparecendo
E eu vou dizer-che quem és tu :
Tu medraste na bonança
Nós crescemos na pobreza
Quem cresceu com a liberdade?
E que cresceu em concentraçons?
A nossa luita é pola liberdade
Mas tu fás dela crime
E tu és o terrorista!

Quem é o terrorista?
Eu sou o terrorista!?
Como sou eu o terrorista quando és tu que roubaste a minha terra?
Quem é o terrorista?
Tu és o terrorista!
Tu levaste todo o que me pertencia enquanto eu vivia no meu lar.

Quando vou parar de ser um terrorista?
Quando tu me pressionas e queres a minha outra face
Como esperas que eu agradeça a alguém que me prejudicou?!
Di-me! Como queres que seja?
Ajoelhaste-me com as maos atadas,
Os meus olhos para o chao
Rodeado de corpos
Casas destruídas
Famílias expulsas
As nossas crianças orfas
A nossa liberdade encarcerada.
Tu oprimes
Tu matas
Nós enterramos
Continuaremos pacientes
Superaremos a dor

O mais importante para ti é sentir-se seguro
Basta relaxar e nos deixar com a nossa dor
Tu vês o nosso sangue como o de cans
Nem isso
Os cans quando morrem recebem a sua simpatia
O nosso sangue nom é tao valioso como o dos cans
O meu sangue é precioso
E vou continuar a defender-me
Mesmo se tu me chamares terrorista

Quem é o terrorista?! Quem é o terrorista?! Quem é o terrorista?!





segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Artigo enviado à imprensa hoje (...a ver quem o publica)

Entre o delírio e o auto-ódio: nom podedes vencer

O dia oito de Fevereiro, a Mesa Por la Libertad Lingüística convocou a primeira de umha série de concentraçons que tenhem pensado fazer no Obelisco da Corunha até o 7 de Março (curiosa coincidência com o fechamento da campanha eleitoral) com a finalidade de protestar contra a Lei de Normalizaçom Lingüística e contra a pretensa discriminaçom que, segundo os promotores das anteditas concentraçons, sofrem os castelhano-falantes.

A isto, responderom por volta de dous centenares de pessoas de maneira absolutamente espontánea e sem siglas de por meio, que se contra-manifestarom para pôr em evidência as mentiras e falácias da MLL. Como mínimo, os que se manifestarom CONTRA a convocatória deste fantasmagórico colectivo, duplicavam ou mesmo triplicavam a concorrência à manifestaçom anti-galega. Isto parece que nom entra na cabeça de quem teima em mentir para o seu próprio benefício sobre a realidade lingüística que se vive neste país; de facto, é bastante delirante a história que contam na sua página web.

O que aconteceu é muito singelo de explicar e entender; simplesmente numhas poucas horas, e de maneira espontánea, duascentas pessoas conseguirom juntar-se e organizar-se frente a umha pequena manifestaçom de fascistas. A polícia carregou contra a manifestaçom em defesa do galego...e o quê aconteceu? Pois que nom apenas nom conseguirom disolver-nos, mas inclusso muita outra gente que passava por alí somou-se-nos. Nem com a polícia da sua parte conseguem os inimigos da nossa língua intimidar a ninguém, e desde logo, muito menos vam conseguir somar simpatias que nunca vam ter.

O que nom se pode é ter a desfazatez e a desvergonha de afirmar que quem fala em espanhol sofre qualquer discriminaçom, quando a realidade é justo a contrária: quando nengumha família que quixer educar em galego aos seus filhos encontra no sistema educativo galego os méios para o fazer, quando a repressom e a discriminaçom laboral por razons de língua estám à ordem do dia, quando ainda segue a ser normal que num bar ou numha loja te tratem de humilhar por falar em galego. Nom podedes ir a nengum lado com essa mentira de que sodes as vítimas, quando vivedes neste país, por desgraça, como uns verdadeiros privilegiados, enquanto nós, galego-falantes, temos que viver como estrangeiros na nossa própria terra.

A Mesa por la Libertad Lingüística, isso sim, nom pode representar a ninguém. Polo menos, temos essa sorte. Nom pode representar a ninguém quem nom dá a cara, quem nom é transparente sobre as suas origens nem sobre a sua composiçom, que nom surge da auto-organizaçom popular e sim tem o seu nascimento nas cloacas da extrema-direita. Nom sodes ninguém, porque quem joga a ser submarino de interesses políticos inconfessados, está condenado a isso, a ser um mero instrumento. E por isso nunca o povo vos dará a razom.

O que eu, que sofrim nas minhas carnes a repressom laboral por ser galego-falante, nom vou tolerar é que montedes o vosso circo sem que se vos digam as verdades que nom nos cansaremos de repetir: o galego é a nossa língua, e nom só por ser a que falamos. É a língua que nos fai povo, que nos fai naçom, que contem o nosso ADN histórico e cultural. Aquí estaremos para o dizer com orgulho, frente ao vosso delírio fascista e o vosso auto-ódio.

sábado, fevereiro 09, 2008

Sucesso absoluto da concentraçom em defesa da língua


Nem eu próprio esperava tal sucesso, mas as cousas como som: os lingüicidas perderom a partida, por muito que pretendam disfarçar os factos. Nem os méios de comunicaçom, sempre proclives a lhes dar a razom, podem negar que a contra-manifestaçom convocada de maneira absolutamente expontánea, quando menos dobrou - eu até diria que triplicou- a concorrência da concentraçom convocada pola fantasmagórica "Mesa por la Libertad Lingüística". Eles, maioritários vocacionais, bons por natureza, nom podiam esperar nem podem suportar ser derrotados no cenário que dá e tira razons: a rua. A rua nom lhes deu a razom; só tenhem do seu lado a polícia, que cargou porque já tinha consigna de cargar, nom porque se alterara a ordem pública nem porque se rompera nada (já gostavam eles de que isso acontecesse).

A rua desprezou-nos ampliamente, somando-se à nossa convocatória de maneira livre. A gente passava e somava-se. Nom sei se as mentes fanatizadas destes vendidos darám para entendê-lo.

E parece ser que isso de ter a polícia de guarda de corps nom funciona para fazer ver que um está da parte dos bons, porque a carga só conseguiu a reprovaçom pública de dúzias de pessoas em princípio neutrais e indiferentes ao que estava a acontecer.


sexta-feira, fevereiro 08, 2008

Contra o lingüicídio

Há muito apóstolo da liberdade na Galiza. Tanto, que parece mentira que nom estejamos a viver num remedo meridional da liberal e, dizque, pacífica e tolerante Escandinávia. Aquí deveriamos ter um nível de liberdades e consenso social, que deveriamos navegar sobre águas calmíssimas cada vez que se plantejara um debate social sobre algumha cousa. E nom é assim. Aquí há quem tem batalhas pendentes que ganhar, e está a sair da sua guarida para cobrar-nos ao resto umha factura impagada. Concretamente o maioritário e socialmente dominante espanholismo -ou nacionalismo espanhol, que isso é o que é- há bastante tempo que quer cobrar a factura da língua.

Nos anos oitenta, aprovou-se umha Lei de Normalizaçom Lingüística, que era como um empréstimo com elevados interesses. Aprovou-se de maneira unánime no parlamento autonómico, ainda que alguns nom o saibam ou nom o recordem, ou fagam como que o esquecerom, e passando pola peneira do Tribunal Constitucional, porque o entom delegado do governo espanhol na Galiza, Domingos García-Sabell apresentara um recurso de inconstitucionalidade que foi desestimado. E aprovou-se para, digamos, contentar a um sector da sociedade que nom era muito entusiasta da autonomia; um nacionalismo galego que era na sua imensa maioria de esquerdas e rupturista e que nom via com muita confiança umha autonomia tutelada polo estado bourbónico e mangoneada pola direita caciquista de toda a vida. Estava aprovada, esta lei, igual do que o estatuto de autonomia (que, justamente, prevê que o uso e presença do galego na vida pública tem que estar regulado por lei) "por se acaso", para que alguns nom tenham argumentos para se revoltar. Ainda que, por outro lado, havia outro tipo de interesses que havia que cobrir; interesses de classe da oligarquia local, mais que nada.

A questom é que a estes que manejam os fios do poder, a estes que mandam de verdade, já lhes chega com a autonomia; sobra-lhes a língua. E agora, preparam o seu assalto ao poder do estado, e posteriormente da autonomia, atacando ao galego. Dizendo que se está a impôr o galego na administraçom, na educaçom, e que há famílias que nom podem dar-lhe umha educaçom em castelhano aos seus filhos. Mediante umha viragem de tortilha (espanhola, por suposto) colocam ao opressor no lado do oprimido, e viceversa, para justificar o que apenas é hostilidade, hostilidade de privilegiado; justo o mesmo ódio que professavam os racistas brancos nos USA dos anos sessenta, quando falavam de "opressom negra".

A sua ofensiva agora está a ser encabeçada por plataformas de origem e financiamento escuro, que questionam a actual ordem lingüística, é dizer, pretendem ir mais aló na hegemonia do castelhano. Estas plataformas tenhem um discurso ambíguo e enganoso e nom atacam o cerne do "problema". Esse cerne está nesse artigo que proclama o galego como "língua própria da Galiza". Eu agradeceria-lhes que de umha vez por todas foram á raíz. Assim o debate havia-se tornar mais franco e íamos saber quem era quem nesta enleada.

Por de pronto, eu animo a tod@s @s que queredes enfrentar-vos cara a cara com os inimigos da nossa língua acudades a esta convocatória: Às oito da tarde, no Obelisco da Corunha.



sábado, fevereiro 02, 2008

A volta a casa do Egas

Abandono questons sócio-políticas diversas para dar conta aos que honram este humilde blog com a sua visita de umha boa notícia a nível humano. O Egas voltou a casa, já volta estar entre nós, e já volta estar nos braços da pequena Iris. Que como apareceu? Pois apareceu metido num bolso, num dos muitíssimos que tem a minha irmá e que nom usa. Umha grande alegria e um grande alívio, porque á muito grande o aprezo que tem a minha sobrinha por ele, e porque francamente, eu também estava preocupado pola sua sorte.


sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Continuamos a falar de repressom

Desta vez trata-se de três jovens anti-militaristas de Ponte Vedra que serám julgados por injúrias e maus tratos contra o exército espanhol. Outra magistral reviravolta jurídica, acusar a três jovens que se manifestavam desarmados contra a presença de um autocarro do ministério espanhol de defesa de maltratar a militares espanhois armados até os dentes.

Neste estado onde neo-fascistas e torturadores administram a justiça, já tudo vale e tudo é possível.