quarta-feira, março 28, 2007

Política Lingüística descrimina a um jornal em galego

Mais baixo nom pode cair um governo autonómico que se di progressista e que depois se acolhe aos mesmos métodos inquisitoriais e caciquistas que utilizavam os seus antecessores para repartir subsídios entre a imprensa com a finalidade, supostamente,de incentivar a promoçom do galego.
Mais umha vez na lista de "premiados" estám todos...todos, menos um. Qual é o que fica sem subsídio? Pois o que fica sem subsídio, é justamente um dos poucos jornais escritos integramente em galego.
De haver excluídos, o lógico seria que os primeiros em ficar fora fossem aqueles que claramente nom utilizam o galego para nada, ou seja, os rotativos de implantaçom estatal, para começar, mais algum outro de ámbito galego ou mesmo provincial ou comarcal, nos que o galego destaca pola sua ausência ou nos que a sua presença nom é nem estatisticamente pertinente.
Mas nom foi o caso. Houvo um excluído, sim, mas o motivo nom foi umha nula utilizaçom da língua própria do país, ou umha atitude hostil cara o nosso idioma comum (que o é por lei e nom porque o diga eu)

O motivo foi que escreviam como se escreve maiormente neste blog, ou seja, com zedilhas, ele-agás e ene-agás. Ou seja, é melhor passar do galego, ou marginalizá-lo deliberadamente, ou dar voz e tribuna a elementos incitadores do ódio etno-lingüístico na Galiza (como Ramón Baltar, Juan José R. Calaza, Carlos Luis Rodríguez, Juan José Moralejo...) que ter umha postura definidamente reintegracionista. Isso é pior que ser cornudo, claro, porque entras no anatema do português. Somos anti-pátria, claro. Nom fazemos pátria (...espanhola, entenda-se)

Já nom me lembro como se chamava a imbécil funcional essa que está à frente de Política Lingüística no governo autonómico, mas deve ser umha pessoa com pouquinhos escrúpulos. Para que umha reconhecida castelhano-falante (e nom, um castelhano-falante NOM pode ser quem leve as rédeas da política lingüística na Galiza) lhes venha dizer a pessoas que dedicarom umha parte importante da sua vida a defender o galego com factos e implicaçom pessoal, ou seja, utilizando-o em todos os ámbitos da vida, às vezes enfrentando-se ao rejeitamento de umha parte da sociedade galega, outras vezes colidindo com problemas administrativos ou no mundo laboral, qual é a normativa correcta que tenhem que utilizar...fai falta carecer da mais mínima decência. Para ser um reintegracionista conseqüente, aliás, fai falta estudo, porque se nom nunca chegas a ser um reintegracionista de prática, e, tal como estám as cousas, já nom abonda com ser um reintegracionista "de coraçom". Porém, para ser isolacionista nom fai falta mais que escrever com eñe. Porque depois, a mesma normativa que nos exigem a nós, eles nem a utilizam, nem a observam, nem acreditam nela para nada.

Assim que, as cousas nom mudarom, polo menos no que di respeito à língua nos méios de comunicaçom. O poder político utiliza dinheiro público para premiar a empresas que nunca vam dar um passo em favor do galego. E aos que trabalham e se empenham pessoalmente na causa, nem auga. Por umha questom de normativa. Já, já...porque este governo autonómico tem muito claro que no tema da normativa há que ser firmes...mas "porque Galicia es España", nom porque se tome a normativizaçom como umha parte da normalizaçom.

quinta-feira, março 22, 2007

179 despedid@s, a rua deve ser nossa

O 14 de Março sabiamos que 179 pessoas eram despedidas no centro produtivo de Atento na Corunha. Oficialmente, quer dizer, segundo fontes da empresa, a razom destes despedimentos estava na "queda de tráfico na linha 1004", ainda que representantes d@s trabalhadores e trabalhadoras já no seu dia denunciaram que o que se estava era a preparar o terreno para a deslocalizaçom do serviço. Já com anterioridade, os sindicatos fixeram público que a empresa estava a despedir a trabalhadores e trabalhadoras em situaçom de baixa médica (baixas médicas devidas, todas elas, aos problemas sicológicos ocasionados pola excessiva pressom)
Trás o golpe do patronato no 14 de Março, forom-se sucedendo as movilizaçons e assembleias, e por certo que o estoupido do conflito nas magnitudes hoje conhecidas (porque em rigor situaçom de conflito há tempo que a tenhem) veu acompanhado e amplificado por umha nada inteligente actuaçom policial onde houvo vári@s contusionad@s e umhas posteriores declaraçons do senhor "Delegado del Gobierno en Galicia" que, ou som clarificadoras do seu nível intelectual, ou demostram pouco respeito pola inteligência do povo.
"Nom se pode interromper a vida cidadá", dezia...A Corunha dos trabalhadores e das trabalhadoras deve saír à rua em apoio ao plantel de Atento. E interromper a "vida cidadá" se a "vida cidadá" comporta um equilíbrio de normalidades e legitimidades onde nom está reconhecido nengum sentido do social, onde o conceito "classe" nom tem lugar. Senhor Ameixeiras...DEVE-SE interromper a vida cidadá, em defesa do direito ao trabalho, que está por cima da sua prezada "normalidade". Cale um pouco a boca, que estamos um bocadinho fartos das asneiras que saim dessa cabeça de polícia frustrado.
DIA 23 ÀS 20 HORAS, MANIFESTAÇOM DESDE O EDIFÍCIO DE ATENTO NA CORUNHA (EM JUAN FLÓREZ)

segunda-feira, março 12, 2007

O Partido Popular e a língua

Hoje saia o meu querido Albertito-cara-de-víbora dizendo numha rolda de imprensa que o Partido Popular vai defender a obrigatoriedade do inglês no currículo académico galego. É curioso. O Partido Popular plantara-se inflexivelmente na comissom do estatuto precisamente também num ponto referido a questons lingüísticas; nom estavam dispostos a que umha proposta de estatuto consensuada recolhesse o dever de todos os galegos e de todas as galegas de conhecer a língua galega. Nom foi a única questom que impediu um consenso, mas foi umha das mais sonadas. Sempre zelosos das "liberdades" do opressor. Sempre procurando os dous passos atrás, para que nom sirvam para nada os meios-passos adiante. Patético.
Ai, mas o inglês sim. O inglês há-no que apreender, e logo? Há que preparar-se bem para emigrar, que é o que nos queda, porque já nos foderom a gandeiria, já nos liquidarom a pesca, já nos matarom a indústria...e nos hoteis de Canárias, há-vos que falar inglês.
Que nom vaiam de modernos e de cosmopolitas que som os fascistons de sempre, que nos querem submissos e pailans. O que propugnam em matéria lingüística, é um reflexo da Galiza que querem. Umha Galiza de recepcionistas de hotel, de caddies, de camareiros.
Eu gostaria de que os meus filhos falassem inglês, e espanhol, e alemám, e italiano, e russo...mas que A SUA LÍNGUA FOSSE O GALEGO!!! NA GALIZA EM GALEGO, E GALEGO O-BRI-GA-TÓ-RIO para os funcionários, para a empresa PARA TUDO. Há que IMPÔR, sim, IMPÔR o galego.
Albertito, Albertito...eu já sei inghlês, quando queiras dou-che umhas liçons; eu escuito aos Rollin' e a Frank Zappa e tu, mamalom espanhol, nom passas de Manolo Escobar. Apreende TU o inglês e predica com o exemplo entre a legiom de pailarocos aos que diriges. Mas a língua da Galiza, que che quede claro, é o GA-LE-GO.

quinta-feira, março 08, 2007

Um gajo de Ferrol que anda polo Brasil

A internet permite estas cousas; a partir de hoje o Ramiro Vidal terá um par de poemas numha página do Brasil e partilhará espaço com umhas quantas dúzias de poetas brasileir@s, além de também algum pessoal da Galiza. Pois a ver se um dia é também em pessoa que atravesamos o Atlántico.
À parte da descarada autopromoçom que estou a fazer, aproveito para animar ao pessoal visitante deste blog a visitar a página. Por certo, obrigado a Concha Rousia, que é a responsável de que eu chegasse até aló.

quarta-feira, março 07, 2007

Mesquindade sem limites

Estes da caverna aznariana seguem arrassando. Agora resgatam o laço azul. Azul mahón como as camisas de já sabemos quê grupo criminoso que deixou as terras ibéricas inçadas de cadáveres. Nom é a única "coincidência". Laço azul, camisa azul. FAES, Falange Española. A memória genética nom perdoa.
Agora esta maltinha de patéticos andam a pôr excusas idiotas do tipo "pues vaya huelga de hambre, si come caldo y se ducha con su novia" e cousas polo estilo...sim, deveu ser tudo umha farsa, entom quem era o que saia nas fotos que publicara o rotativo británico que lhe fixo a até o de agora única entrevista a De Juana num méio de comunicaçom pro-sistema? O deterioro físico evidente em De Juana, como se explica? Em qualquer caso, demagogia barata do fascismo espanhol, ruído sem conteúdo real para eludir a evidência de que Iñaki de Juana Chaos deve sair em liberdade, para furtar a raíz do debate, que é se se pode encadear a alguém por publicar uns artigos de opiniom, para distrazer a realidade da tortura, porque a alimentaçom forçosa é tortura, e tortura com seqüelas físicas irreversíveis (...e haverá muito imbécil que pensará que de verdade os critérios sob os que se tomou a decisom da alimentaçom forçosa som humanitários...) por isso me oponho a ela, porque sei o que é, porque conheço os seus efeitos em pessoas concretas...
O pior de tudo é que há pessoal na Galiza que pensa que defende umha postura progressista, defendendo o cárcere para De Juana, ou que pensa que de verdade é um debate muito profundo esse de se alimentaçom forçosa sim ou nom, ou prisom atenuada ou nom...claro que provavelmente será um problema de nom saber cheirar por onde venhem as óstias.
Com um envoltório mais heavy ou mais light, estamos perante golpes de mao nos que a reacçom corrige o curso das cousas à sua conveniência sentando precedentes perigosos para todos...o problema das artimanhas legais como a Lei de Partidos ou esta última que permite retêr em prisom a quem já deveria estar fora, é que umha vez usadas contra uns, podem ser usadas contra outros. E hoje quem se pense a salvo, pode nom está-lo dentro de uns anos. Lamentável que alguns nom se deam conta...
Mais umha vez, animar a que assinedes o manifesto.

quinta-feira, março 01, 2007

Continua este circo infame

O problema no caso de De Juana nom é se lhe tenhem que pôr umha sonda gastro-nasal ou nom. O problema no caso de De Juana nom é se tem que estar 12 anos em prisom ou três, ou se tem que estar livre em cinco dias. O problema nom é arresto domiciliar ou prisom. Nem o PSOE é melhor que o PP, nem ao revês.
O problema é que este homem nom tinha nunca que ter sido julgado polos motivos que o julgarom, e tem que estar na rua já...que o libertem sem condiçons é a única maneira de emendar (mínimamente) o erro cometido, claro que este erro mais que erro é arbitrariedade. E ter que agüentar ao subnormal de Pepiño Blanco a dizer que lhe tem muito aprezo à vida, e que por isso defende publicamente a alimentaçom forçosa...valente cabrom! Valentes assassinos, estes elementos do PSOE!!! A Internacional Socialista é a maior cova de terroristas que o mundo conheceu...a memória de Intxaurrondo e da última greve de fame dos presos e presas do GRAPO fai-me insuportável qualquer alarde pseudo-humanitário destas alimanhas. Cabrons!!!!
Aderide ao manifesto galego de solidariedade com De Juana. Que se deam conta de que existimos.