Política Lingüística descrimina a um jornal em galego
Mais baixo nom pode cair um governo autonómico que se di progressista e que depois se acolhe aos mesmos métodos inquisitoriais e caciquistas que utilizavam os seus antecessores para repartir subsídios entre a imprensa com a finalidade, supostamente,de incentivar a promoçom do galego. Mais umha vez na lista de "premiados" estám todos...todos, menos um. Qual é o que fica sem subsídio? Pois o que fica sem subsídio, é justamente um dos poucos jornais escritos integramente em galego. De haver excluídos, o lógico seria que os primeiros em ficar fora fossem aqueles que claramente nom utilizam o galego para nada, ou seja, os rotativos de implantaçom estatal, para começar, mais algum outro de ámbito galego ou mesmo provincial ou comarcal, nos que o galego destaca pola sua ausência ou nos que a sua presença nom é nem estatisticamente pertinente. Mas nom foi o caso. Houvo um excluído, sim, mas o motivo nom foi umha nula utilizaçom da língua própria do país, ou umha atitude hostil cara o nosso idioma comum (que o é por lei e nom porque o diga eu) |
O motivo foi que escreviam como se escreve maiormente neste blog, ou seja, com zedilhas, ele-agás e ene-agás. Ou seja, é melhor passar do galego, ou marginalizá-lo deliberadamente, ou dar voz e tribuna a elementos incitadores do ódio etno-lingüístico na Galiza (como Ramón Baltar, Juan José R. Calaza, Carlos Luis Rodríguez, Juan José Moralejo...) que ter umha postura definidamente reintegracionista. Isso é pior que ser cornudo, claro, porque entras no anatema do português. Somos anti-pátria, claro. Nom fazemos pátria (...espanhola, entenda-se)
Já nom me lembro como se chamava a imbécil funcional essa que está à frente de Política Lingüística no governo autonómico, mas deve ser umha pessoa com pouquinhos escrúpulos. Para que umha reconhecida castelhano-falante (e nom, um castelhano-falante NOM pode ser quem leve as rédeas da política lingüística na Galiza) lhes venha dizer a pessoas que dedicarom umha parte importante da sua vida a defender o galego com factos e implicaçom pessoal, ou seja, utilizando-o em todos os ámbitos da vida, às vezes enfrentando-se ao rejeitamento de umha parte da sociedade galega, outras vezes colidindo com problemas administrativos ou no mundo laboral, qual é a normativa correcta que tenhem que utilizar...fai falta carecer da mais mínima decência. Para ser um reintegracionista conseqüente, aliás, fai falta estudo, porque se nom nunca chegas a ser um reintegracionista de prática, e, tal como estám as cousas, já nom abonda com ser um reintegracionista "de coraçom". Porém, para ser isolacionista nom fai falta mais que escrever com eñe. Porque depois, a mesma normativa que nos exigem a nós, eles nem a utilizam, nem a observam, nem acreditam nela para nada.
Assim que, as cousas nom mudarom, polo menos no que di respeito à língua nos méios de comunicaçom. O poder político utiliza dinheiro público para premiar a empresas que nunca vam dar um passo em favor do galego. E aos que trabalham e se empenham pessoalmente na causa, nem auga. Por umha questom de normativa. Já, já...porque este governo autonómico tem muito claro que no tema da normativa há que ser firmes...mas "porque Galicia es España", nom porque se tome a normativizaçom como umha parte da normalizaçom.