sábado, dezembro 30, 2006

Umha pequena reflexiom entorno ao visto o 28 de Dezembro

Finalmente a "festa do futebol galego" se consumou e, como nom, com nova polémica. De novo a reacçom ataca no dia depois desde os foros internáuticos e fai-no sobretudo incidindo no tema da afluência de público. Que eram poucos, que trunfou o cimento. O que está claro é que Riazor nom é Sam Láçaro...o repto de encher Riazor era difícil de superar, ainda que eu nom tenho demasiado claro que se pretendesse alcançar tal cota de assistência. Refero-me ao que atinge à Xunta. Nom houvo informaçom accessível e clara para todo o mundo por igual. Ainda que polo menos há que reconhecer que se fixo o esforço de trazer a pessoal de todas as comarcas e nom apenas das grandes cidades.
A Xunta e os média nom se ponhem de acordo no tema da afluência de público e a TVG fala de 25.000 espectadores, entanto jornais como La Voz de Galicia ou La Opinión de A Coruña falam de "algo menos de meia entrada" ou como muito de "meia entrada". Se o aforo de Riazor é de 34.600 espectadores, a metade é 17.200. Em qualquer dos dous casos, supera-se a afluência do ano passado. Claro que nom é o mesmo, porque no caso de ser certo o dos 25.000 espectadores estariamos a falar de mais do duplo de afluência a respeito do ano 2005. O que parece claro é que a selecçom tem um crescente apoio social, isso sim, localizado em sectores sociais muito concretos; a mocidade e o nacionalismo. Há outros sectores sociais, como as bandas etárias mais altas e o que é o espanholismo sociológico, que respondem com indiferença ou mesmo hostilidade a esta iniciativa.
A selecçom galega nom é como a selecçom de La Rioja ou a de Murcia. Nom é umha selecçom autonómica. Por muito que a imprensa espanholista teime em falar nesses termos. Por muito que falem de "la selección que representa a nuestra comunidad" a selecçom galega é umha selecçom nacional, porque assim o sentem os seus seguidores e assim a concevem os que a dirigem. Por isso (sim, precisamente por isso) podem jogar jogadores nom nascidos na Galiza (caso do Ricardo Cabanas). Porque umha pessoa nascida na Suíça, mas galega de ascendência, de fala e de cultura, que se define a si própria como galega, entende-se que é galega, ainda que nom o entendem necessariamente assim as leis espanholas. Porque umha pessoa nom residente na Galiza (como por certo é o caso da maioria dos que jogarom no 28) pode ser galega, também contra o que dim as leis espanholas. Segundo as leis espanholas, Valerón é mais galego do que Losada, Viqueira ou Diego Castro. Nom o entende assim o povo, e por suposto, nom o entendem assim os torzedores da selecçom galega. Por certo, o debate sobre se se deve chamar Selecçom Galega, Galiza ou Galicia, se escuitamos a voz dos que estivemos em Riazor, está mais do que resolvido. O pessoal animava a GALIZA.
A selecçom galega, aliás, tem como evoluiçom lógica a reivindicaçom da oficialidade. E por certo que houvo umha manifestaçom no mesmo dia pola oficialidade da selecçom galega. Três mil pessoas. Contra as mil e pico que se manifestaram o ano passado em Compostela. É umha reivindicaçom lógica e natural. Totalmente legítima. Assim o reconheceu o mesmo governo que nom dá um passo por essa oficialidade. Polo menos, há umha sinceridade e umha honradez nesse reconhecimento. Os detractores da selecçom galega sabem isto e por isso aquí boicotam o que apoiam noutras partes do estado. Querem que sejamos idiotas e nom nos deamos conta, mas está aí a realidade. Um estádio ateigado de bandeiras galegas, e nom precisamente as institucionais, com pessoal a torzer por GALIZA é um cenário que causa pavor entre determinados lobbies reaccionários.
No plano desportivo, pois umha nova mostra de que a selecçom galega pode ser competitiva se os seus componhentes querem que o seja.

terça-feira, dezembro 26, 2006

Corunha vai ferver com a selecçom

O outro dia tivem umha discusom com um amigo de Laje, que quase deriva em derroteiros violentos...nunca pensei que o futebol me levaria a ter umha discusom no tom e nos termos que a tivem com este homem. Se calhar porque eu me empenho em viver com naturalidade cousas que a muita mais gente da que eu imagino lhe venhem bastante grandes.
Eu pensei, iluso de mim, que ninguém fazia caso dos editoriais do As, mas está claro que essa suposiçom minha era bastante excessiva. Esquecim que neste país nom temos méios de comunicaçom de massas que tenham umha linha editorial galeguista. Por exemplo. Esquecim que nom há umha soa revista desportiva séria (o dxt Campeón é umha cousa tam inqualificável, que melhor isso, nem parar-se a qualificá-la) e que o pessoal lê o As ou o Marca (um é do Real Madrid e o outro também) e que, enfim...umha parte importante da populaçom galega mama todos os dias um discurso hostil contra o que consideram um inventinho folclórico, inútil e de nulo interesse desportivo.
Tudo começou por um comentário meu a respeito dessa ridícula filosofia compensatória para ter contentes aos dous "grandes clubes" galegos...para começar, a parvoíce essa do tándem Arsénio-Vázquez (porquê? para quê?) procure-se à pessoa que dea o perfil adequado e morra o conto...se Arsénio, Arsénio; se Vázquez, pois Vázquez...e inclusso pode nom ser nengum dos dous, pode ser um cada convocatória. Desde logo, nom será por falta de treinadores neste país...Luis César, Fernando Castro Santos, David Vidal...bem é certo que nom todos destacarom sempre por defender a criaçom de umha selecçom galega, mas se se exonera a beligeráncia de alguns que hoje estám, locem e figuram...esqueçamos o dito e feito no passado, mesmo com os excessos de vehemência já conhecidos na hostilidade de outros e simplesmente pois presuponhamos em princípio o interesse natural de qualquer galego em representar ao seu país.
Claro que nom todo o mundo vê na selecçom galega umha instituiçom desportiva que represente a Galiza, e de aí vem o desacordo. Aquí o amigo respondeu secamente ao meu desinteresse polo "equilíbrio" nas presenças "brancas e azuis" e "celestes", dizendo que "se a gente nom conhece a nengum jogador, nom vai" ao que eu respondim que se ao que vas é apoiar à selecçom galega, é bastante accessório o tema de quantos jogadores há de cada clube e que de facto eu sabia que vinham autocarros de Compostela, de Ferrol, de Lugo, de Ourense, de Ponte Vedra...e que nom ia jogar ninguém nem da "essedê", nem do Rácing, nem do C.D. Ourense.
A partir de aí a discusom já sobiu graos rapidamente, ante a negativa do meu interlocutor a reconhecer realidades, como a dos autocarros que venhem das diferentes cidades galegas (dixo que de fora da Corunha viriam três ou quatro) ou como a da existência de umha reivindicaçom que jogava um papel central no tema das selecçons galegas que era a reivindicaçom do direito a competir baixo bandeira própria. Em concreto, pronunciou frases do calado de "os que pensam como tu, logo se contam", "a selecçom galega nom lhe interessa a ninguém", "estás confundido", "estás equivocado", "eu vou de passeio e a passar o rato, como a maioria" e, a mais incrível de todas..."o 99% da gente pensa como eu". Há que ver a segurança que dá assomir o discurso do poder, porque para nom dar-se conta de que o seu dado matemático é impossível... tenhamos em conta que 3.000 das ponhamos trinta mil pessoas que vai haver alí som movidas por Siareiros Galegos, o que fai um 10%. Umha pessoa que vai a travês de Siareiros vai alí a "passar o rato"? Por outra banda, está o pessoal movido polos CAF, Galiza Nova ou a CIG...ou seja, ainda que todos os demais vaiam com a intencionalidade do amigo de Laje, já nom som um 99%.
Mas de todos os jeitos, o drama é que ele vai estar alí e nom vai cair da burra...como total, a canallesca vai saber mais que ele, fará mais caso dela que dos seus olhos. A Corunha vai ferver, mas o manto do silenciamento informativo vai neutralizar essa efervescência. O de sempre. Por certo, já somos mais de vinte mil os ninguéns que vamos estar no jogo da selecçom galega.

sexta-feira, dezembro 22, 2006

Porquê eu nom gostei

Vou exercer de túzaro essencialista nesta polêmica sobre a interpretaçom do hino da Galiza com acordes flamencos. Em primeiro lugar, eu nom suporto o flamenco, e se já nom suporto o flamenco, se ainda por cima mo metem no hino da Galiza, cagamo-la. Portanto, e com todos os respeitos para os músicos encarregados de interpretar a peza, nom puidem gostar de tal interpretaçom. E em segundo lugar, conheço as intençons do PSOE, e esta foi umha jogada "marrullera" da senhora Villarino para procurar a resposta do BNG e sair calculadamente trunfante de umha polémica onde o crítico facilmente pode ser posto fora de combate com a desqualificaçom de xenófobo. Essa é a verdadeira intençom, nom o afám de innovar nem a pretensom de dar umha imagem multicultural do nosso país.
Queiramo-lo ou nom, a mensagem implícita neste gesto é "Galicia es España". Podemos esforçar-nos em fazer a reinterpretaçom que queiramos. Tampouco perderia demasiado o tempo concedendo-lhe à senhora presidenta do parlamento umha glória que nom merece. Eu diria-lhe "vale, rapariga, vale...és a mais guai, a chefa do buen rollito multi-cultural...mas a ver essas facturas e olhinho que te estamos a observar". Polo demais, tal como se tem comentado noutros blogs, esperemos que em próximos eventos se lhe dea oportunidade a outros artistas de interpretar o hino desde outras linguagens musicais e nom se cumpra a ameaça das duas cuncas que proferia a dona Dolores, porque entom sim que o abuso seria escandaloso.
E eu tampouco perderia demasiado o tempo consolando-me com umha reciprocidade que nom vai haver. Nom, ao parlamento andaluz nunca vai ir um gaiteiro.

quinta-feira, dezembro 14, 2006

Urticária nas exéquias de um ditador

Como sabe todo o mundo mínimamente informado, Pinochet chegou ao poder em 1.973 trás um golpe de estado urdido contra um governo democraticamente elegido (o que presidia o socialista Salvador Allende). Precisamente por isso, Pinochet, por muito que a imprensa burguesa teime em fazer paralelismos, nada tem a ver com Fidel Castro (que por certo era amigo pessoal de Allende). Fidel Castro tomou o poder derrocando a um golpista; Fulgencio Batista fixo-se cárrego da presidência da República em nome da constituiçom e dos valores republicanos, mas a sua deriva totalitária e pro-mafiosa encontrou como reacçom a Revoluçom cubana. A desmemória que promovem alguns é escandalosa.
Muito de destacar o cinismo de certos méios, que pretendiam vender um certo "propósito de emenda" por parte dos USA, para que "o de Chile nom se voltasse repetir". Já veremos quais serám as artimanhas que utilizem os gendarmes universais contra os novos "protestons", leia-se Bolívia, Nicarágua, Equador, Venezuela...

sábado, dezembro 09, 2006

Jogo bonito made in Lapland

Prometéramos há tempo que estariamos pendentes da Viva World Cup, que se celebrou na Occitánia a finais do mês passado. Afinal, quando nos lembramos de consultar a evoluiçom desse curioso campionato, resulta que já acabara.

O caso é que esta primeira ediçom tem uns flamantes campions já, que som os integrantes da selecçom de Lapónia, que na final esmagarom à selecçom de Mónaco por 21 golos a 1. Já na fasse prévia, os lapons derrotaram aos monegascos por 14-0. Verdadeiramente, há que se admirar da claríssima superioridade desta equipa sobre as demais; a Occitánia também lhe derom um bom repasso marcando-lhe 7 golos.

De todos os jeitos, parece que a peculiar ideia tem problemas para a sua continuidade, já que a federaçom occitana já anunciou que a selecçom desse país nom voltará participar na Viva World Cup (depois de ter sido organizadores da primeira ediçom) e ainda nom se sabe onde se vai celebrar o seguinte campionato, já que se lhe vem de retirar a organizaçom a Chipre Norte.

Há por aí outras iniciativas, como a FIFI Wild Cup; ignoramos quais som as razons ou os impedimentos para que todas estas iniciativas nom se fussionem e nom fagam frente comum perante a elitista FIFA

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Quê merda é esta?

O de reivindicar o legado dos judéus na Galiza, vale. O de rebater com argumentos as teorias revisionistas do holocausto, magnífico. Mas a mim que me expliquem, qual é essa justa causa que representa Israel. A justa causa de Israel, qual é?

Umha cousa que me começa a cheirar especialmente mal é esses movimentos do governo galego, tendentes a legitimar vozes nada legitimáveis desde um ponto de vista um bocado progressista, e, suspeitosamente, parece que desde o apoio e hauspício do capital. Polo meio sempre aparecem de algumha maneira a Fundación Caixa Galicia, a Confederación de Empresarios de Galicia...o quê está a acontecer aquí?