Umha pequena reflexiom entorno ao visto o 28 de Dezembro
Finalmente a "festa do futebol galego" se consumou e, como nom, com nova polémica. De novo a reacçom ataca no dia depois desde os foros internáuticos e fai-no sobretudo incidindo no tema da afluência de público. Que eram poucos, que trunfou o cimento. O que está claro é que Riazor nom é Sam Láçaro...o repto de encher Riazor era difícil de superar, ainda que eu nom tenho demasiado claro que se pretendesse alcançar tal cota de assistência. Refero-me ao que atinge à Xunta. Nom houvo informaçom accessível e clara para todo o mundo por igual. Ainda que polo menos há que reconhecer que se fixo o esforço de trazer a pessoal de todas as comarcas e nom apenas das grandes cidades. A Xunta e os média nom se ponhem de acordo no tema da afluência de público e a TVG fala de 25.000 espectadores, entanto jornais como La Voz de Galicia ou La Opinión de A Coruña falam de "algo menos de meia entrada" ou como muito de "meia entrada". Se o aforo de Riazor é de 34.600 espectadores, a metade é 17.200. Em qualquer dos dous casos, supera-se a afluência do ano passado. Claro que nom é o mesmo, porque no caso de ser certo o dos 25.000 espectadores estariamos a falar de mais do duplo de afluência a respeito do ano 2005. O que parece claro é que a selecçom tem um crescente apoio social, isso sim, localizado em sectores sociais muito concretos; a mocidade e o nacionalismo. Há outros sectores sociais, como as bandas etárias mais altas e o que é o espanholismo sociológico, que respondem com indiferença ou mesmo hostilidade a esta iniciativa. A selecçom galega nom é como a selecçom de La Rioja ou a de Murcia. Nom é umha selecçom autonómica. Por muito que a imprensa espanholista teime em falar nesses termos. Por muito que falem de "la selección que representa a nuestra comunidad" a selecçom galega é umha selecçom nacional, porque assim o sentem os seus seguidores e assim a concevem os que a dirigem. Por isso (sim, precisamente por isso) podem jogar jogadores nom nascidos na Galiza (caso do Ricardo Cabanas). Porque umha pessoa nascida na Suíça, mas galega de ascendência, de fala e de cultura, que se define a si própria como galega, entende-se que é galega, ainda que nom o entendem necessariamente assim as leis espanholas. Porque umha pessoa nom residente na Galiza (como por certo é o caso da maioria dos que jogarom no 28) pode ser galega, também contra o que dim as leis espanholas. Segundo as leis espanholas, Valerón é mais galego do que Losada, Viqueira ou Diego Castro. Nom o entende assim o povo, e por suposto, nom o entendem assim os torzedores da selecçom galega. Por certo, o debate sobre se se deve chamar Selecçom Galega, Galiza ou Galicia, se escuitamos a voz dos que estivemos em Riazor, está mais do que resolvido. O pessoal animava a GALIZA. A selecçom galega, aliás, tem como evoluiçom lógica a reivindicaçom da oficialidade. E por certo que houvo umha manifestaçom no mesmo dia pola oficialidade da selecçom galega. Três mil pessoas. Contra as mil e pico que se manifestaram o ano passado em Compostela. É umha reivindicaçom lógica e natural. Totalmente legítima. Assim o reconheceu o mesmo governo que nom dá um passo por essa oficialidade. Polo menos, há umha sinceridade e umha honradez nesse reconhecimento. Os detractores da selecçom galega sabem isto e por isso aquí boicotam o que apoiam noutras partes do estado. Querem que sejamos idiotas e nom nos deamos conta, mas está aí a realidade. Um estádio ateigado de bandeiras galegas, e nom precisamente as institucionais, com pessoal a torzer por GALIZA é um cenário que causa pavor entre determinados lobbies reaccionários. No plano desportivo, pois umha nova mostra de que a selecçom galega pode ser competitiva se os seus componhentes querem que o seja. |