quinta-feira, maio 31, 2007

O fechamento de RCTV

Isto dos cursos de formaçom, aos que és "amavelmente" convidado polo INEM, pode ter umha parte divertida, nom digo que nom, máxime quando o curso é de Monitor Sócio-cultural (sobretudo em comparança com outros cursos muito mais áridos e pesados, que os há) mas também tem as suas partes sicologicamente maçadoras; em primeiro lugar a eterna pergunta de se realmente os cursos de formaçom servem em si para atopar trabalho, ainda que a pergunta se responde praticamente soa, e depois, polo menos para mim, ter que passar polo de ser um "bicho raro", sem sequer pretender ser especial. Como sempre, é alucinante o nível da malta. Eu sempre, quando começa um curso me digo a mim próprio que nom vou entrar ao trapo, que nom vou entrar em todas as discusons, que vou fazer ouvidos surdos. A última que tivem que escuitar foi de umha das professoras; umha pessoa que nom me desagrada, que me parece inteligente, culta e até divertida. Mas a sua excessiva e às vezes ultra-sanitária correcçom de pensamento (olho com parecer certas cousas, e sobretudo, sempre o toque de comunhom com o sistema e o sentido comum imperante) às vezes fai-me irritar. Conste que devo dizer no meu favor que vou conseguindo nom entrar em tudo. Tenho escuitado verdadeiras barrabasadas e fazer que nom me inmuto. Mas esta me pareceu paternalista, prepotente, racista...e sobretudo, de um grao de compreensom com determinados elementos...saberá esta mulher a quem defende?
Estávamos a falar na classe sobre o bonito tema da liberdade de expressom. Pois bem, quando a professora pom dous exemplos de falta de liberdade de expressom (como nom!) os seus exemplos (espontáneos?) som...Cuba e Venezuela. Para ser exemplos aleatórios, fixo pleno, ou?
E sai, como nom podia faltar, o caso da RCTV. A minha reacçom era inevitável...quê barbaridade era essa de defender a umha cadea de televisom que se eregiu em altofalante de um intento de golpe de estado? Se o que está a acontecer em Venezuela com esta cadea de tv acontecesse em praticamente qualquer outro país, veria-se como lógico. Sobretudo se acontece na Europa, e já nom digamos no nosso bourbónico estado, muito democrático e de direito, isso sim, com umha maneira de entender a democracia bastante sui generis e, por certo, com umha praxe judiciária que viola os principios fundamentais do direito todos os dias do Senhor, e valham como referência o circo montado a conta do artificial "Caso de Juana" e a insustentável anulaçom de candidaturas da ANV nas eleiçons autárquicas, com umha aplicaçom arbitrária e irregular de umha já de por si anticonstitucional Lei de Partidos.
No estado espanhol por muito menos do que se lhe imputa à RCTV, fecham jornais e metem no cárcere. Como dixem antes, a RCTV apoiou um golpe de estado, um delito que nada tem a ver com a liberdade de expressom; um golpe de estado que intentava derrocar a um governo democraticamente elegido. Isso é punível em qualquer parte do mundo, digam o que digam. Eu estivem a indagar sobre o tema, e resulta que isso nom é tudo...esta mesma canle fora sancionada muitíssimas outras vezes e muito antes de Chávez chegar ao poder...vaia, pom-se interessante o caso dos novos mártires da liberdade. Os problemas da RCTV remontam-se a nada menos, olho ao dado, que os anos setenta, concretamente no ano 72, momento em que sofrem a sua primeira suspensom de emisons. À partir de aí, a empresa tem problemas por: programaçom de conteúdos pornográficos em horário indevido, publicidade de produtos perigosos para a saúde pública, fraude fiscal, sensacionalismo, trato vejatório contra as pessoas, informaçons falsas... isto baixo governos de diferente cor e, repito, muito antes de chegar ao poder Chávez. Para rematar a faena, serve de apoio propagandístico ao golpe de 2002, ou seja, nom é um apoio que se limite a umha manifestaçom pública de simpatia cara aos golpistas...fai parte da trama golpista, aí é que a porca torce o rabo!!!
Porquê o governo de Hugo Chávez tinha que renovar-lhe a concissom (e velaiquí um matiz importante, porque tratamos de umha nom-renovaçom, que nom é o mesmo que um fechamento manu militari) a umha empresa de comunicaçom que conspira contra o estado? Porquê tinha que fazer o governo venezuelano o que nom faria nengum outro governo de nengum país?

segunda-feira, maio 21, 2007

Espaço útil para apostas

Como, nom sei porquê, o outro post me saiu sem o espaço para comentários....fagam cá as suas apostas...

sábado, maio 19, 2007

Porra







Quais som os teus prognósticos para as eleiçons autárquicas nas principais urbes da CAG, agora que já arrancou a campanha eleitoral? Esta é umha porra na que nom se joga nada, simplesmente o pique de a ver quem acerta, ou a ver quem se achega mais ao resultado real. Aquí molhamo-nos apenas por provocar. Esta é a minha cábala:


Ferrol: PP 7, PSOE 6, BNG 4, IF 4, EU 4

A Corunha: PP 6, PSOE 14, BNG 7

Compostela: PSOE 10, BNG 5, PP 10
Ponte Vedra: BNG 10, PSOE 5, PP 10
Vigo: PP 12, PSOE 8, BNG 5, PG 2
Ourense: PP 14, BNG 8, PSOE 5
Lugo: PSOE 13, PP 9, BNG 3
Esta é a sondagem de La Voz, por se vos queredes oriantar um bocado, ainda que eu, polo que vedes, passo bastante dele.

domingo, maio 13, 2007

De novo a injustiça do voto emigrante

Hoje puidem lêr na imprensa o testemunho de duas emigrantes em Catalunya e Madrid, respeitivamente, que se queixavam da impossibilidade de exercer o direito a voto no seu país, por estar empadroadas fora da "comunidade autónoma". A questom é que nom há reconhecido nada parecido a umha cidadania galega, só há cidadaos espanhois e som considerados galegos e galegas aquelas pessoas com nacionalidade espanhola que residam em concelhos da CAG. Umha pessoa com nacionalidade portuguesa ou polaca, por pôr algum exemplo, que more em Burela ou em Coristanco, nom é galega, mas ainda também nom é galega umha pessoa galega de nascência que esteja empadroada em Sevilla. Flagrante injustiça, que se redondea ao sim ser consideradas galegos e galgas pessoas que nunca morarom na Galiza e que mesmo nascerom fora dela...porque, claro, tenhem a nacionalidade espanhola e estám empadroados no concelho do seu bisavó.
Se houvesse um sentido da justiça e umha mínima sensibilidade democrática, isto reformularia-se, o que se passa é que aquí há muita hipocrisia com este tema. Se os resultados eleitorais nom som os que gostariamos, é quando nos lembramos de que, com efeito, a emigraçom ultramarinha decide sempre um deputado como mínimo. Mas há vontade real de cambiar isto?

quarta-feira, maio 09, 2007

Vários...

Acontecerom umhas quantas cousas desde a última entrada. A manifestaçom em defesa do território foi valorada polas organizaçons convocantes como um relativo éxito, tendo em conta o nom apoio do BNG, de EU e das principais centrais sindicais. Nom tivo o nível de concorrência que tivera a manifestaçom contra os incêndios do ano passado, mas francamente é preferível assim que ter que enfrentar-se aos quadros do BNG pola "titularidade" da convocatória. Agora a questom é se o governo autonómico toma nota ou nom.
Outro acontecimento de certa importáncia, ainda que de aí nom se vai derivar situaçom revolucionária nengumha, nem muito menos, é a vitória do SNP nas eleiçons autonómicas escocesas. Sempre pensei que o processo de libertaçom nacional mais avançado na Europa Occidental era o irlandês, mas provavelmente estava errado; a reunificaçom da Irlanda nom parece um futurível a curto prazo, e por contra os nacionalistas escoceses sim que parecem bastante seguros de que o actual cenário político é a antesala da autodeterminaçom. A própria imprensa internacional o di, claro que se o independentismo do SNP nom mete medo é porque de anti-sistémico nom tem nada. Veremos como incide a evoluiçom de Escócia nos próximos anos na evoluiçom de outros conflitos nacional-identitários como o basco ou o flamengo, desde logo às naçons sem estado da zona nom nos é indiferente que se crie um precedente ou que nom.
Também está a anulaçom de várias candidaturas da esquerda abertzale para as eleiçons autárquicas em Euskadi e Nafarroa, sob o pretexto de que "estám contaminadas". O razonamento para anular as candidaturas é bastante peregrino desde o ponto de vista jurídico. Nem na Constituiçom nem na Lei de Partidos pom por parte nengumha que a ilegalizaçom de umha força política signifique a perda de direitos civís por parte de quem foi militante dessa força política ou simplesmente concorreu numha lista dessa organizaçom numhas eleiçons. Que um senhor que foi numha lista de HB em 1990 vaia agora noutra lista, nom significa que essa lista seja Herri Batasuna...vaia, é que por essa regra de três, também haveria que anular listas de Aralar, do PNV, e até do PSOE e do PP. Estas anulaçons violam os princípios fundamentais do direito e nom resistiriam um recurso perante um poder judiciário reralmente independente. Dentro de pouco, para poder ser candidato, vai haver que apresentar na Junta Eleitoral umha árvore genealógica que certifique a tua pureza de sangue. Como tenhas um parente que militara em Herri Batasuna, ou em Euskal Herritarrok, ou em Batasuna...vas dado!!!
E por último, desejar todo o sucesso aos trabalhadores e trabalhadoras do naval em Vigo. A classe operária viguesa está escrevendo páginas muito aleccionadoras para o movimento operário ultimamente. Que isto continue assim, e que alcancem os seus objectivos.

quinta-feira, maio 03, 2007

Fim de semana de reivindicaçom ambientalista

No próximo dia 5 de Outubro, o já longevo movimento popular contra o monstro industrial de ENCE-ELNOSA vai-se manifestar na cidade de Ponte Vedra exigindo que se descongele o processo para o desmantelamento do complexo. A maioria da sociedade pontevedresa deseja que ENCE abandone a ria. E de umha vez por todas o pessoal quer ver movimentos decididos nessa direcçom.
No dia 6, manifestaçom nacional em Compostela, contra a especulaçom.