sábado, abril 30, 2005

Luita operária!!!

No primeiro de Maio, luita operária!!!

Saudaçons comunistas para os meus leitores do Brasil, de Portugal, da Espanha, dos Països Catalans, de Euskal Herria, e, naturalmente, da Galiza.

Um bom Dia Internacional da Classe Operária a tod@s.

quinta-feira, abril 28, 2005

Mais merda

O Partido Popular fixo um chamado à prudência a aqueles cárregos públicos vencelhados a esta força política que se tinham pronunciado contra os matrimónios entre homossexuais. Estes cárregos públicos (muitos alcaides, umha dúzia deles galegos) manifestarom a sua intençom de acolher-se ao direito de objecçom de consciência para assim nom ter que casar a nengumha parelha homossexual, mas à parte justificarom essa intençom numha série de consideraçons que ponhem a estes persoeiros no seu justo lugar. Nom na caverna, no esterco. Som merda, e nada mais.
O Partido Popular é umha força política anti-democrática que nom dá entendido isto de que o estado e as instituiçons nom som quem para fazer juízos de valor a respeito de como queira viver cadaquém. Ou polo menos há umha parte nada marginal do PP que nem o entende nem o quer entender. Nom sei se som numericamente importantes as vozes mais beligerantes contra a legalizaçom de matrimónios homossexuais, o que fica claro é que nom tenhem nada de marginais, quando contam com a adesom de nomes tam notáveis como Manuel Fraga. Porquê a Fraga nom se lhe remove da sua condiçom de candidato à presidência da Xunta e do seu posto de presidente do PP de G, depois das suas declaraçons de ontem? Polo menos, isso.

segunda-feira, abril 25, 2005

As religions contra a humanidade

Depois de sabermos que os líderes religiosos de Israel se unirom contra a celebraçom do Dia do Orgulho Gay em Jerusalém, por estes pagos peninsulares acabamos de ter notícia de um facto muito parecido, protagonizado também polos patriarcas das principais religions do estado espanhol. O que lhe está a costar a este estado ser um estado verdadeiramente aconfissional é como para escrever um livro, claro que em realidade de nada serve que umha constituiçom proclame a aconfissionalidade de um estado, se na classe política nom há verdadeira vontade de exercer essa aconfissionalidade. Já tenho dito nalgum foro que nom há nada que se pareça mais a um fundamentalista cristao que um fundamentalista judeu, ou muçulmano, ou de qualquer outra confissom. As religions, todas, som missóginas e homófobas. O tema de aceitar a mulher como ser humano, nom o levam muito bem. E o de separar o sexo das finalidades que elas lhes atribuem e que aceitam como únicas válidas também é algo que nom se acaba de encaixar nas mezquitas, igrejas e sinagogas. Por isso lhes resulta inconcevível o sexo, com amor ou sem ele, entre dous homens ou entre duas mulheres.
Dezia que uns dias atrás, uns senhores que representavam às diferentes igrejas cristás radicadas no estado espanhol, mais aos muçulmanos e os judeus, e nom sei se alguém mais, assinarom um comunicado conjunto que se opunha aos matrimónios gays e a que parelhas gays puidessem adoptar meninh@s. Para isso, som capazes de pôr-se de acordo. Parece que a felicidade e o bem estar da gente nom entra nas preocupaçons destes senhores. O problema é quê fai cadaquém com determinados aspectos da sua vida privada e quê fai cadaquém com a sua identidade na sua dimensom pública, ou seja; umha pessoa homossexual de sentimento e/ou prática deve viver a sua vida atormentada e arrepentida, nom deve aspirar a ter umha vida afectiva sana e satisfactória e nom deve manifestar-se como o que é perante a sociedade. O guetto, no melhor dos casos, deve ser o seu destino, quando nom o isolamento total. E eu digo, porquê nom se unem para cousas realmente úteis e necessárias, porquê nom estám com o pulso das sociedades? Porquê nom estám ubicados no mundo actual?
Se os líderes religiosos de Israel assinaram um comunicado para que o exército israelí abandonasse os territórios ocupados, teria sido um gesto encomiável, que aplaudiria até eu, que nom tenho religiom conhecida e nomeável. Esse é o verdadeiro problema naquelas latitudes a dia de hoje. A guerra silenciada e as políticas de extermínio do estado sionista. Se os patriarcas espanhois fixeram o mesmo contra o terror cotidiano dos sinistros laborais ou da violência de género, ou se pronunciassem pola autodeterminaçom dos povos, contra a tortura policial e carcerária, se denunciassem a xenofobia...mas enfim, como vam pronunciar-se sobre esses temas, se som questons que tenhem a ver com direitos civís e políticos, questions demasiado terrenais.

sábado, abril 23, 2005

Comunismo desde Euskal Herria

Recomendo-vos visitar o blog Beti Gorriak. Comunismo e solidariedade entre povos desde o paós dos bascos e as bascas.

quarta-feira, abril 20, 2005

Os católicos já tenhem um novo chefe

Os católicos já tenhem um novo chefe espiritoal, depois de um mês de circo. Ganhou o favorito de quase todas as quinielas, o tal Joseph Ratzinger (acho que algo assim se escrevia...) Em Roma tivo lugar umha autêntica apoteose, com mais de cem mil (disque) pessoas a aguardar, na Praça de Sam Pedro e arredores. O conclave foi um autêntico espectáculo mediático, com os méios de comunicaçom a pulular polas dependências vaticanas adiante, com as tertúlias e informativos comentados a elaborar cábalas e especulaçons de todo tipo, a partir de detalhes nímios, num processo em realidade absolutamente opaco, como é o de eleiçom de um Papa, no que nada dá lugar a que os seculares tenham constáncia de qualquer detalhe realmente relevante do processo. Havia muito debate sobre quem era o melhor candidato, qual estava melhor situado, quem representava cada corrente. Mas afinal saiu este candidato...e todos, ou a imensa maioria dos católicos saltarom, rirom e chorarom de júbilo. O mais simpático de tudo é que saisse quem saisse elegido, havia de dar-se a mesma reacçom, com o qual, a questom é ridícula.
Quê era o que aplaudiam tanto os católicos? A traca final deste circo? De quê mostravam tanta alegria? De pertencer a umha instituiçom tam democrática que escolhe ao seu máximo chefe de maneira opaca e só entre umhas dúcias de cardeais? Como pessoas que moram em pontos do planeta que pertencem ao mundo chamado de desenvolvido, que som cidadaos de estados com umha longa tradiçom liberal e democrática, que nom hesitam em proclamar que a civilizaçom cristá é mais livre, mais aberta e, em definitivo, superior a outras civilizaçons...podem estar dias e dias em Roma a aplaudir-lhes este anacrónico espectáculo aos príncipes da igreja?

segunda-feira, abril 18, 2005

Nove escanos para EHAK

O Partido Comunista das Terras Bascas (EHAK) atingiu finalmente nove escanos no parlamento da CAV. As eleiçons bascas arrojam uns resultados francamente reveladores de qual é o verdadeiro clima sócio-político em Euskal Herria. Um clima que nom coincide com os diagnósticos oferecidos pola maioria dos "todólogos" e tertulianos que pululam polos média. Digam o que digam, o mais salientável dos resultados nom é a perda de escanos por parte do PNV, nem a sobida do PSOE, nem a descida do PP...o realmente salientável é a re-afirmaçom com umha força innegável da existência de um espaço político que é a esquerda abertzale, apesar dos desesperados intentos por parte do aparelho repressivo do estado para silenciá-lo. Nom é certo isso que María Sangil afirmava, que o governo do estado fora
"negligente" à hora de tratar de impedir que EHAK concorresse nas eleiçons bascas. Até o último momento estivo a trabalhar, mesmo baixo instrucçons do executivo espanhol, o poder judiciário para invalidar as candidaturas de EHAK. "É que nom há por onde os atingir!" dezia-lhe Zapatero ao "popular" alcaide de Madrid, Alberto Ruíz Gallardón numha entrevista mantida com ele. Acontece que nem com a Lei de Partidos na mao se atopou umha mínima via para empecer a concorrência das listas de EHAK. A questom é que agora, de setenta e cinco deputados que componhem a cámara autonómica, dez, entre os nove de EHAK e o único de Aralar, som abertzales de esquerda, e que somados estes aos atingidos pola coaligaçom PNV-EA som mais que os somados por todas as forças espanholistas juntas. Nom é portanto certo, tampouco, isso que tanto repetiam tanto o candidato do PSOE como a candidata do PP, de que a autodeterminaçom nom entrava nas preocupaçons da maioria dos bascos e bascas. Nom deve ser assim, quando há umha clara maioria que vota forças nacionalistas.
Estes resultados desautorizam a Lei de Partidos e som um revês para aqueles que queriam solucionar o problama basco só com polícia. Também som um revês para o PNV, mas nom tanto polo cámbio na correlaçom de forças entre o bloco do "tripartito" e o dos "constitucionalistas" como por vir isto acompanhado de umha sobida importante de EHAK. Seguro que a força ainda obstentatária da lehendakaritza estaria mais cómoda num cenário onde só for possível pactuar com o PSOE. Nom creio que se sintam cómodos numha disjuntiva como a de poder pactuar com o PSOE e com EHAK.
Desde logo, os meus sinceros parabéns a EHAK polo seu sucesso eleitoral, que espero saibam gerir de maneira inteligente e beneficiosa para o povo basco.

domingo, abril 17, 2005

EHAK-PCTV

Quando escrevo isto, ainda nom sei os resultados definitivos das eleiçons bascas. Mas destaco (e aplaudo) que o EHAK atingiu nove deputados na cámara autonómica de Euskadi. É um golpe para quem estivo até o de agora intentando desesperadamente ilegalizar esta força política. Um abraço solidário aos irmaos e camaradas bascos, às irmás e camaradas bascas. Que se abram novos caminhos para a paz e a liberdade para Euskal Herria.

quinta-feira, abril 14, 2005

Acerca da língua

Deixara pendente ontem comentar as minhas impresons acerca do debate que se pode descarregar na página pessoal do Celso Álvarez-Cáccamo. Bem é certo que se calhar teria sido interessante também dispôr das intervençons que se tiveram dado desde o público, é possível que por parte d@s assistentes se tivera posto sobre a mesa algumha ideia interessante, ou se calhar nom, quem sabe; às vezes os colóquios que sucedem às mesas redondas nom som alá demasiado aproveitáveis...ou se divaga de mais, ou aparecem polo meio ideias peregrinas de pessoas com visons muito particulares sobre o tema...nom sei como teria discorrido a parte de colóquio de aquele debate, porque nom tivem a sorte de assistir. O que de qualquer maneira é certo é que as expossiçons iniciais dos participantes ajudam bastante a imaginar quais forom as linhas confrontadas alí, linhas que sintetizam bastante os dous polos de opiniom que há agora mesmo na Galiza a respeito do conflito lingüístico...quero dizer, dentro da corrente supostamente normalizadora, porque já sabemos que na Galiza há umha maioria social que, singelamente, se deixa levar polos ventos da História e umha facçom castelhanizante que vai liderando a viagem ao mundo do espanhol a base de dinamitar qualquer avanço dialéctico da corrente normalizadora, por mínimo que for.

Em qualquer caso, três aspectos a destacar desse debate cuja escuita insisto em vos recomendar: Primeiro o optimismo do Xurxo Souto, que já o quixera eu para mim. Muito construtivo e, nom por optimista haveria necessáriamente que qualificá-lo como de nom-realista. Muito engraçado o relato do marinheiro galego que salvou à tripulaçom do seu barco de morrer a maos de guerrilheiros da FRELIMO, graças ao idioma. Em qualquer caso, defendendo como ele defendeu a universalidade do galego e a unidade lingüística galego-portuguesa, porquê continuar instalados na grafia espanhola? É umha pergunta retórica. Sei a resposta, porque tod@s a sabemos. Em qualquer caso, reconhecer-lhe ao Xurxo umha expontaneidade e umha naturalidade que insuflam esperança, que falta fai perante um panorama tam negro.
Do Pichel, se calhar destacar o pragmatismo e a aposta decidida polo português, numha estrategia, digamos, de superaçom do marco jurídico- político actual. Criar em português e vender no mundo lusófono, e nom depender das subvençons da Xunta e do mercado subsidiado e precário que se foi criando arredor dessas situaçons de dependência. O problema somos nós próprios e a nossa pouca disposiçom para a definiçom, mas enfim...
E, por último, a pobreza, ou mesmo nulidade, representada por Barreiro. E as suas mentiras. A primeira, que pode haver naçom galega sem idioma galego. Mentira. Sem idioma galego, isto será umha pintoresca naçom de Espanha. Mas nunca umha naçom. Sem a argamassa que nos coesiona, nom há naçom que valha. A segunda, a absurda teima no caduco esquema de que, o problema do galego é que nom se fala nas cidades e que na aldeia se continua a falar galego. Mentira. Nas cidades quase nom se fala galego, mas o pouco que se fala é graças a minorias cultas e conscienciadas sobretudo. Na aldeia, fala-o ainda a maioria, mas muito castelhanizado. Gente que nom tem o nível cultural como para ter umha ideia elaborada de quê é umha língua e que guardam, da deficiente educaçom franquista, muitos preconceitos. De maneira que introduzem (olho!) conscientemente palavras e expresons castelhanas na fala, porque no fundo pensam que dizê-lo em castelhano é dizê-lo mais correctamente, de maneira que, sabendo que existe a palavra "cam",utilizam a palavra "perro" e assim por diante. Umha ferramenta para a preservaçom da língua, que tinha que ser a televisom, nom está, a esse respeito, a conseguir nada. As pessoas escuitam a TVG durante todo o dia (há quem nom vê outra cousa) e escuitam falar em filmes, informativos, séries e demais, com léxico mais ou menos correcto; é dizer, escuitam dizer "ponte", "castelo"...e seguem a dizer "puente", "castillo"...e, por outro lado, a gente jovem também fala galego por inércia, e quando se desloca a viver e trabalhar na cidade, cámbia para o castelhano. Se as geraçons velhas nom falam castelhano e nom educarom os filhos em castelhano, é porque nom tinham a competência suficiente para o fazer, mas fariam-no se puideram. Portanto esse mito de que a reserva da essência identitária e lingüística está na aldeia...é mentira. Defendeu esquemas, o Barreiro, de há trinta anos e nom aportou umha soa soluçom. Para mim isto é pura desvergonha e manifesta incompetência.
Agora, gostaria de conhecer as opinions dos leitores e leitoras deste blog.

quarta-feira, abril 13, 2005

Confronto de visons acerca da língua galega

Recomendo-vos altamente a gravaçom de um debate celebrado ha cousa de um ano na Corunha, no que participarom Xosé Ramón Barreiro, José Ramom Pichel e Xurxo Souto. Haveria muito que comentar sobre as exposiçons dos diferentes participantes, mas disso hei-me ocupar amanhá. Apenas apontar que, se o actual presidente da Real Academia Galega é a voz mais qualificada da parte oficialista, estám aviados. Claro que se calhar o problema é que, vem a guerra tam irreversívelmente ganhada, que nom acham nem preciso debater.

terça-feira, abril 12, 2005

Fora o exército espanhol!!!

:: Manifesto contra o desfile de 28 de Maio

NOM OS QUEREMOS
No próximo dia 28 de Maio, o exército espanhol vai desfilar com a sua parafernália militarista polas ruas da Corunha. O Governo municipal do PSOE -o mesmo que abriu as portas ao Governo de Aznar e foi o seu principal apoio ao longo da crise do Prestige-, a Junta do Chapapote e todas as forças vivas saudam o glorioso exército espanhol na Galiza.
O desfile é parte da ofensiva do Governo do PSOE para fazer visível e normal o que nom é mais do que umha quimera: a unidade de Espanha. À sua frente, estám hoje o presidente da Cámara da Corunha mais o seu amigo, o ministro da Defesa Jose Bono. Desta vez, decidírom que o "desfile da vitória" se figesse numha cidade de umha das naçons oprimidas polo Estado espanhol: Galiza.
Esta naçom, historicamente assovalhada polas forças dominantes do Estado, está a sofrer umha nova vaga de reconversom que implica o despedimento de milhares de trabalhadores, como é o caso de Izar. O desemprego e a precariedade atingem percentagens superiores à média estatal e condenam milhares de moç@s e mulheres à emigraçom. Numha naçom que recentemente sofreu um dos maiores atentados sociais e ecológicos da história europeia e mundial foi que decidírom que o "glorioso" exército espanhol faga a sua demonstraçom neste ano.
O mesmo exército que, quando o povo galego se encontrava na rua e no mar a luitar contra o Chapapote político e ecológico, véu, com a escusa da "ajuda aos danificad@s", para avalizar o governo espanhol e o próprio Estado, verdadeiros responsáveis polo atentado. Como nom lembrarmos o seu patético e vergonhoso comportamento naquelas jornadas, que ficou para sempre gravado na nossa memória colectiva?. Como nom havemos de rejeitar com toda a rotundidade a teimosa e burda patranha de ocultar essa infámia que mesmo se apresenta como ajuda benéfica e humanitária?
Lembremos também como o "glorioso" exército espanhol tem no golpe de Estado de 1936, na posterior guerra civil e na longa noite de pedra da ditadura fascista o seu mais importante sinal de identidade; umha referencia inseparável dos longos anos de esmagamento de direitos e aspiraçons dos trabalhadores e das naçons e da repressom das libertades democráticas. A demonstraçom do 28 M é herdeira directa dos desfiles que lembravam à populaçom a "vitória" do fascismo.
Este mesmo exército participou na intervençom imperialista com os EUA e Gram Bretanha no Iraque até que a mobilizaçom popular impujo a sua retirada. É o exército que hoje, com a escusa da "ajuda humanitária", contiua no Afeganistám, fazendo parte de ocupaçom deste país, e no Haiti é parte das tropas que garantem o golpe promocionado polos EUA e França contra o presidente Aristide.
O "glorioso" exército espanhol é, com o rei, a garantia constitucional da unidade de Espanha à força, umha garantia baseada na ameaça constante contra os povos e naçons que aspiram a exercer em liberdade o seu direito a se autodeterminarem. Para que se quer um exercito -quer dizer, as suas armas- se a tal unidade é "livre", como assegura a propaganda do nacionalismo espanhol?
Também a aclamada Constituiçom Europea outorga novas tarefas ao exército espanhol. Converte-o em parte do conglomerado de exércitos imperialistas europeus que, em nome da "ajuda humanitária", da "defesa da democracia" ou da "guerra contra o terrorismo", podem intervir em qualquer lugar para prevenirem situaçons de conflituosidade social ou actuarem policial e militarmente contra os povos dispostos a exercer o seu direito de livre determinaçom. O exército espanhol fai parte da força policial e militar europeia preparada para gerir o estado de excepçom permanente a que se nos tenta submeter.
Nisso é que consiste a sua modernizaçom. Porque o principal inimigo somos nós. Este é o exército que vai desfilar. E para que seja útil aos seus cometidos, tem de estar bem oleado. Por isso, aos gastos militares nom é aplicado o défice zero. Enquanto se reduzem os quadros de pessoal na Segurança Social e no ensino, se privatiza o transporte ferroviário e todos os bens públicos, se congelam os salários, com conseqüências fatais para os direitos e conquistas de trabalhadores e trabalhadoras, as campanhas para recrutar novos soldados nom cessam e os orçamentos para gastos militares nom deixam de aumentar: som os únicos que se incrementam nos últimos orçamentos do Estado, ocultos atrás de termos tam assépticos como a Investigaçom e o Desenvolvimento (o I+D). A maioria dos gastos de I+D dos orçamentos dedica-se à investigaçom militar. E essa nom é investigaçom para a paz nem para o desenvolvimento.
O Povo Trabalhador Galego, nomeadamente a sua juventude, por meio da luita antimilitarista, foi determinante na aboliçom do Serviço Militar Obrigatório (SMO) em 2001 e no questionamento e desprestígio social do militarismo espanhol, que é mesmo incapaz de recrutar ano após ano o número de soldados imprescindível para alimentar a sua letal maquinaria.
O exército, enfim, é a coluna vertebral desta política: tanto simbólica, com a sua parafernália e as suas bandeiras, como real, com as armas que imponhem à força um quadro jurídico-político e um sistema económico e social antagónicos com os interesses da maioria social.
A comemoraçom do Dia das Forças Armadas na Corunha é um desprezo para esta cidade e para a Galiza inteira. Contra o que nos di a propaganda reaccionária do vasquismo, entusiasmado por acolher o evento, a Corunha nom é o foco da Galiza provinciana, espanhola e direitista. Na Corunha ressurge a nossa língua e nasce o nacionalismo galego; na Corunha desenvolve-se umha forte tradiçom obreira e sindicalista revolucionária a que se vinculam as mais importantes greves da nossa história; na Corunha tivo lugar umha das mais contudentes e massivas resistências ao alçamento fascista, precisamente dirigido polo exército que agora se homenageia; na Corunha tem um dos seus núcleos principais a guerrilha anti-franquista dos 40; na Corunha articulam-se respostas galegas e populares nas últimas quatro décadas nos campos mais diversos da luita política. Som esta cidade e este País que reivindicamos a partir da pluralidade de vozes e implicaçons contra o desfile militar, luitando por umha resposta coordenada.
A passada intervençom contra a Constituiçom europeia demonstrou que existe na Galiza um modesto mas relevante espaço social de combate. A vontade de alargarmo-lo, implicando mais e mais sectores e alimentando umha verdadeira dinámica política plural e de massas, leva-nos a um amplo conjunto de organizaçons, colectivos e pessoas a fazer um chamado à participaçom activa para explicitar na rua, desde hoje até o dia 28 de Maio, que a Galiza nom permite tal vexame.
FORA TROPAS DO AFEGANISTÁM E O HAITI
POLO DIREITO DE AUTODETERMINAÇOM DOS POVOS
GASTOS MILITARES PARA GASTOS SOCIAIS
FORA EXÉRCITO ESPANHOL DA GALIZA
Galiza, Março de 2005
Manifesto contra o desfile de 28 de Maio

Suspeitas arredor da morte do Papa

ÚLTIMAS DECLARACIONES DE ACEBES:
En estos momentos, tras la muerte del Papa, se están barajando dos
hipótesis:
La primera apunta claramente a ETA y es en la que se están centrando todos
los esfuerzos.
La segunda, de la que aún no se tienen pruebas convincentes, indicarían que
el parkinson y la avanzada edad del sujeto han sido la causa de su
fallecimiento. Pero repetimos a la ciudadanía que no se deje engañar por lo
que digan algunos medios, la hipótesis principal y sobre la cual se está
trabajando es la de ETA.
Pásalo

(e-mail em cadeia recebido hoje)



domingo, abril 10, 2005

Chegou a primavera...

...e com ela a desenfreada actividade musical, e a esperança de gloriosas fins de semana em plena natureza escuitando música em directo. Já se oem os ecos de Ortigueira, Moeche, Pardinhas...mas no entanto, para fazermos boca, aproveitamos as ocasions que de quando em vez se nos oferecem para desfrutarmos de bons concertos. Ontem, umha prometedora proposta: Lamatumbá. E a Quinta, Barón Rojo e Judas Priest. A cousa vai-se ponhendo interessante. E, como digo, à partir de Junho, a música viaja ao campo e à praia; emigra dos núcleos urbanos. Será um verao este de litronas, tendas de campanha e empada comprada numha padaria que havia polo caminho. A pobreza dos programas das festas grandes das cidades, propiciada pola horterez rançosa e verbeneira do PP e a falta de imaginaçom do PSOE, somado ao seguidismo acomplexado do BNG, vai-nos obrigar a viajar, o que nom está mal, porque é umha maneira também de conhecermos o país. Este ano, os três grandes e...algum mais. Caldas? Paredes de Coura?

quarta-feira, abril 06, 2005

Aukera Guztiak

Contra o apartheid político...todas as opçons. Desde aquí a minha solidariedade com a esquerda abertzale. E a minha adesom incondicional à causa basca.
Afortunadamente, parece que o Partido Popular nom vai conseguir o seu objectivo de silenciar à esquerda abertzale basca. O poder judiciário espanhol está a ser o suficientemente prudente como para reconhecer que nom há os elementos para anular a candidatura do Partido Comunista de las Tierras Vascas. Com o que esta força política vai concorrer nas eleiçons autonómicas da C.A.V.
A argumentaçom para nom permitir-lhes a concorrência nas eleiçons bascas, seria singela, segundo o PP; nom condenarom de maneira explícita à E.T.A. Se essa é umha razom para ficar fora do jogo democrático, que obriguem ao P.P. a condenar o levantamento militar do 36...baixo a mesma ameaça, a de impugnar a sua candidatura. Claro que...nom vamos esperar que o regime atire pedras contra o seu próprio telhado...

segunda-feira, abril 04, 2005

Novo sucesso do Tangaranho

O dia 2 celebrou-se um novo evento do Tangaranho Vermelho, desta vez tratou-se da apresentaçom de "Botar o mar polos ollos", primeiro poemário editado de Alicia Fernández. Aproximadamente umhas vinte pessoas terám assistido, nom todas caras conhecidas, o que dá prova de que a publicitaçom do acto funcionou bem, e isso apesar de que a maioria dos méios de comunicaçom aos que enviei a informaçom nom ressenharom nada. Tenho que agradecer sinceramente, isso sim, a ajuda de todos os locais que me permitirom colar o cartaz do acto, e de todas as pessoas que se fixerom de algumha maneira eco da apresentaçom colaborando na colagem de cartazes (aí estiverom a Íria, a Genma e o Vreixo) e ao Xurxo Souto por ter dado saida à notícia desde o seu programa, "A Tropa da Tralla". Naturalmente, também ao Alberte Momán e aos companheiros da Incomunidade e de abretedeorellas.com. Também ao Portal Galego da Língua.
Pois foi um animado e interessante acto, no que a amiga Alicia adiantou ao público pequenos anacos do que para mim é umha excelente opera prima, e no que a Yolanda Castaño fixo umha original e amena introducçom. Foi muito de agradecer o alento com a sua presença do Alberte Momán e também a do Mário, que chegou a última hora, mas chegou. Alí também estava toda umha veterana do mundo blogueiro, a Sabela, e também o nosso vizinho Xávi. Também chegarom a muito última hora o Pepe Cunha, o Miguel Llamas e o Diego Villar. O Pepe chegara já tarde e estivo no A Treu tomando umha cerveja, mas já saia para o concerto do Rodrigo Leäo, o Diego tivo que atender às suas responsabilidades familiares, e o Miguel Llamas fixo comnosco um bocado de turismo etílico pola cidade herculina.