quarta-feira, agosto 29, 2007

Féridos e duros

Qual é a doença que aqueixa ao PSOE galego e ao seu ridículo Secretário Geral? O diagnóstico, do meu ponto de vista é: impotência mental, intelectual e moral. Ao "Torito", perante a poeira que artificialmente ergueu um rotativo madrileno de extrema direita, nom se lhe ocorre nada melhor que fazer de corista do chulo da fita, o Rodríguez Feijoo, um gajo que melhor era deixá-lo ladrar, para que se cobrisse ele mesmo de merda e se somira na marginaçom e a derrota que merece, como pessoa, já nom como político. Porque é o exponhente perfeito do eunuquismo espanholista na Galiza.
Nom se pode ser eunuco. Nom se pode ser impotente. Nom se pode ser covarde. Há que dar a talha para governar umha naçom, claro que algum se conforma com ser um dirigente de províncias, e esse é o problema. Quê espectáculo tam penoso!
Qual é o problema do Hino da Galiza para que nom se poida ensinar nos infantários? Senhor Touriño: obrigado por abrir-nos os olhos, já vemos o que pinta a autonomia galega e o que pinta o seu estatuto. Com o impagável material histórico que está deixando esta polémica, afinal os independentistas vamos ter razom, que já a temos, mas a bastantes depistados se lhe vam abrir os olhos e acabarám por nos dar a razom sectores da sociedade que antes nem de troça no-la haviam de dar. Afinal vai dar igual estatuto de naçom, que de regiom, que de realidade nacional, que de terrinha meiga. Se total, a classe política galega vai passar os símbolos da cousa pública autóctone polo cú!
O espanholismo segue nos treze de "...mas na Galiza nom." É como com as selecçons desportivas, com a legislaçom lingüística, e com qualquer questom simbólica ou nom tam simbólica: em qualquer autonomia do estado, sim...mas na Galiza nom.
A soluiçom? A desobediência civil. Nem eles cumprem as suas leis; de facto um presidente de umha autonomia, naçom ou qualquer ente sócio-político que nom assome os símbolos desse ente sócio-político o que tem que fazer é demitir-se. E nom o vai fazer o senhor Touriño, portanto nós teremos que tomar as leis espanholas a chufla, em contrapartida.
Ao autonomismo, nem o criticarei nem lhe botarei um cabo (que total nom mo vai agradecer) simplesmente dizer que para ganhar em credibilidade o que deveria fazer é agir mais e polemizar menos.

quarta-feira, agosto 22, 2007

A estranha história de Dean Reed

Hoje estivem a curiosear sobre a singular história de Dean Reed, também conhecido como o Elvis Vermelho. Um tipo cujo periplo vital começa em Lakewood, Colorado, em 1938, onde a sua família tinha umha granja de polos, e acabou na RDA, no ano 1986, no fundo de um lago.
Este músico de country obtivo certo sucesso no seu próprio país, mas as suas letras "anti-patrióticas" valerom-lhe a sua deportaçom à Argentina. À partir de aí, fixo-se popular em Perú, Chile, a própria Argentina. Mais tarde, ganharia as lentelhas como actor de spaghetti-western na Itália. No ano 1966, visitará a URSS convidado polo governo soviético. Chegou a ser um verdadeiro Elvis alternativo, pois frente a vanalidade das letras do de Menphis, esta atípica estrela do country cantava-lhe à causa anti-belicista, contra o armamento nuclear, contra o imperialismo ianque....
Viveu exilado na RDA e nom regressaria aos USA até o ano 1985. Pouco depois morreria a bordo de um carro, afundido num lago no seu país de adopçom. Pressumia-se que podia ter sido assassinado pola Stasi, como conseqüência do seu pretenso descontentamento com o regime, ainda que posteriormente desclassificaria-se dos arquivos da Stasi a nota de suicídio que deixou como despedida.

segunda-feira, agosto 20, 2007

Contra o espanholismo recalcitrante...humor!!!

A imaginaçom e o humor também servem para combater aos fachas intolerantes. Visita esta página: www.tangallegocomoelgazpacho.blogspot.com

quinta-feira, agosto 16, 2007

Umha de música

Quem lhe ia dizer ao Moucho que aquele projecto musical que intentou "ser algo" há dez anos ia ressuscitar em 2007? O caso é que está aquí, que se pode escuitar e mesmo descarregar o resultado do seu primeiro trabalho de estudo. Desfrutade dele.

quarta-feira, agosto 15, 2007

Sem trégua contra o fascismo

Venho de estar por terras bercianas, o que me impediu estar no concerto da Banda Bassotti em Ferrol, ainda que a cámbio conhecim um bocado mais dessa comarca tam cercana fisicamente e, ao mesmo tempo, tam distante do conhecimento d@s galeg@s. Estivem alí por compromisso cívico-artístico, bem acolhido na morada do amigo Igor e comvidado por vários colectivos da esquerda anti-capitalista berciana. Foi interessante conhecer ao Quico, um homem de inteligência tam viva, de vitalidade tam contagiosa...Foi toda umha experiência visitar Molinaseca, as Pontes de Malpasso e Carraceledo. Foi instrutivo saber da realidade sócio-económica e sócio-laboral do Bérzio.
Pois alí estivemos, apreendendo, intercambiando experiências e informaçom, reafirmando o nosso compromisso com a memória do nosso povo, com a memória dessas geraçons que luitarom contra o fascismo.
Estes actos som necessários, quando os fachas do PP, ainda a dia de hoje, se negam a reparar moralmente às famílias das vítimas da barbárie. Já gostava eu de ter ao senhor Alcaraz, esse baboso, essa víbora, esse infame, para falarmos de dignidade para as vítimas, para falarmos de terror. Porquê este cabrom se salvou sempre de condenar ao fascismo ou de ter que refugar a sua condena publicamente? Ainda que nom fai tampouco excessiva falta que se pronuncie sobre umha questom que parece ter claríssima: segundo a associaçom que ele preside, nom se pode vitorear o ajustizamento de um Presidente do Governo de um regime tiránico e criminoso.
Afortunadamente, nom sempre consegue essa associaçom de víboras o que pretende. Em qualquer caso, já prometim no post anterior que me ia ocupar do senhor Alcaraz algum dia, amén de todo esse entramado filo-fascista que nos pretende chulear a liberdade.
Dezia que alí estivemos renovando o nosso compromisso anti-fascista, reivindicando a história como um processo vivo do que somos protagonistas, um processo que se estuda e que está em debate permanente. Nom um desfile de monumentos e mitos que configuram um universo inamovível, que é o que pretendem fazer os do outro bando. Que seja mais vezes e noutros cenários. Isso nos prometimos trás umha emotiva despedida, entoando o "Grândola" e "Si te dicen que caí".
Por outra banda, e seguindo com o mesmo tema, convido-vos a ver este vídeo.

sexta-feira, agosto 10, 2007

Mais sobre o concerto da Banda Bassotti

Parece que afinal o Concelho de Ferrol nom recua perante as pressons da extrema-direita e o concerto da Banda Bassotti vai-se celebrar. O meu aplauso pola firmeza do Concelho ainda que...nom cabe dúvida de que nom houvo a valentia que tinha que haver. A última vez que passei por alí, o concerto nom aparecia no programa de actos e nom havia informaçom sobre onde se ia celebrar nem a quê hora. Hoje sei até que enfim que será no Parque Rainha Sofia. Nom estaria de mais que a informaçom da que disponha cada quem vaia circulando pola rede, porque parece que o Concelho nom tem intençom de ser transparente neste tema. Prefire que o concerto nom tenha sucesso de público. Nom vaia ser que se monte. Ou nom vaia ser que haja tal concorrência, que obrigue a repetir concertos destas características. Há que ir. Há que estar. Há que apoiar à Banda Bassotti.
Os fascistas de AVT já anunciarom que se vam querelar contra a banda italiana e contra o Concelho de Ferrol, porque dim que umha letra que se refere ao ajustiçamento de Carrero Blanco (esse grande democrata, enfim...) humilha às vítimas do terrorismo. De humilhaçom às vítimas e de diferentes qualidades de vítimas, algum dia falaremos. E do senhor Alcaraz, ocuparemo-nos aquí longo e tendido, também.

quinta-feira, agosto 09, 2007

De volta por cá

A intensa recta final das práticas na Cruz Vermelha fixo com que a minha ausência do blogue fosse mais prolongada do que eu quixera. Em todo caso, a minha volta ao mundo dos vivos também está a ser intensa. Amanhá parto para Ponferrada, convidado por diversos colectivos da esquerda anti-capitalista berciana, para o Sábado tomar parte num acto pola memória histórica nas Pontes de Malpasso. Será, imagino, um acto emotivo e interessante. Neste evento intervirá também o legendário guerrilheiro "O Quico".
Por outra banda, andam as augas revoltas em Ferrol, por cousa de um concerto que o dia 11 aló haverá. A mítica banda de ska Banda Bassotti, foi contratada para actuar nas festas da cidade, mas o PP e a AVT, isto é, os de sempre, prometem montar folhom. Terám, sem dúvida, esperanças de que os lobbies fascistas ferrolanos logrem amedrentar à incondicional grei de seguidores que a banda italiana tem no nosso país. Nom o conseguirám. Ferrol ferverá apoiando à Banda Bassotti.