segunda-feira, outubro 30, 2006

O primeiro concerto da minha vida, em youtube

Tinha eu doze aninhos...é dizer, há já vinte e um anos daquilo. Eram os anos difíceis daquela dura reconversom naval dos oitenta, com umhas movilizaçons operárias de um alcance histórico. Aquele festival montara-se graças à solidariedade dos artistas e movilizou a um monte de pessoal...miles de pessoas a ateigar os pavilhons de Punta Arnela e a Feira de Mostras.
Alí estava eu, com os meus cándidos e inquietos doze anos, a assistir ao meu primeiro concerto de rock, com Os Resentidos, Radio Océano, Los Ilegales, Aerolíneas Federales e Terminal Norte. Nom puidem evitar umha gargalhada ao ver ao Xosé Manuel Pereiro a lhes chamar "moros de mierda" aos psoezes.
Pouco depois daquele concerto, ao meu pai despediriam-no de ASTANO e eu deixaria Ferrol, para vir parar a onde me atopo agora.
De verdade que nunca pensei que algum dia ia atopar um testemunho gráfico daquele evento. Foi um feliz achádego...

terça-feira, outubro 24, 2006

A Junta de Castilla y León, de novo contra o galego


Da-lhe a máxima difusom possível a este correio. Obrigado
Ajuda-nos a denunciar: a obstaculizaçom ao ensino da nossa língua, continúa!
Mais umha vez, Fala Ceive tem que sair à rua, para denunciar um novo obstáculo no caminho, no longo caminho, de dignificaçom, e normalizaçom da língua e cultura galegas no Bierzo. Para além das campanhas publicitárias organizadas por um governo da "Xunta" da Comunidade Autónoma Galega que é incapaz de aplicar os seus próprios planos, leis e acordos; para além das declaraçons de intençons e promesas dumha "Junta" da Comunidade Autónoma de Castela e Leom que nom som mais que palavras vazias e sem compromiso; para alem das leis que supostamente defendem os direitos das pessoas galego-falantes do Bierzo; para além de tudo isso, está a realidade. E a realidade é que todo tipo de entraves e obstáculos som postos no proceso de normalizaçom lingüística. Neste caso, nos centros de ensino, onde a atitude de certos profesores, funcionários e direcçons de centros, junto com o desleixo (quando nom com a clara colaboraçom no boicote) dos responsáveis políticos, fai com que as promesas fiquem em papel molhado.O Bierzo sigue a precisar da tua ajuda e colaboraçom. A luita galeguista no Bierzo sigue a precisar de toda a solidariedade e apoios que poda conseguir. Ajuda-nos na difusom desta denúncia por todos os meios possíveis.
A OBSTACULIZAÇOM DO ENSINO DA LÍNGUA GALEGA EM SECUNDÁRIA CONTINÚA
A Associaçom Cultural Fala Ceive do Bierzo denuncia novamente os impedimentos que se ponhem ao ensino da língua galega em secundária. Famílias do Bierzo, afectadas por estes impedimentos no processo de aprendizado da nossa língua, dirigirom-se a Fala Ceive para nos informar dos obstáculos que persistem em certos centros de ensino para exercer, tal e como é o seu direito, esta opçom.
Segum nos indicam as maes, os paes e o alunado interesados polo ensino da língua galega em dous liceus de Ponferrada (em concreto, o “Virgem da Azinheira” e o “Europa”), houvo diversos problemas e irregularidades à hora de optar voluntariamente por aulas da nossa língua. Assim, no liceu “Virgem da Azinheira”, a pesar de haver demanda da matéria deste idioma entre o seu alunado, ao começo do curso 2006-2007, os problemas derivados da distribuiçom do horário lectivo do profesor de língua galega asignado (com coincidência de aulas em vários centros do Bierzo), impossibilitou finalmente que o alunado deste centro pudera exercer o seu direito educativo. A internveçom da Direcçom Provincial de Educaçom de Leom tem sido lamentável, pois finalmente foi incapaz de resolver com eficácia este pequeno probema. Finalmente, mais umha vez o prejudicado e o alunado que aguardava com ilusom se iniciara a oferta da matéria de língua galega no seu centro.
Por outra banda, também temos recebido queixas de alguns membros da comunidade escolar do instituto “Europa”, ao respeito das irregularidades registadas no procedimento administrativo para solicitar as aular de galego. A documentaçom oficial para a matrícula no citado centro nom incluia nengumha referência escrita para as pessoas que desejavam optar polo ensino da nossa língua durante o curso 06-07. Ante esta clara irregularidade administrativa, os paes, as maes e o alunado em geral tiverom que acodir à secretaria do dito centro para dar a cara “in situ”, e declarar a sua vontade de optar polo ensino da língua galega em algum dos correspondentes cursos de secundária. Nom resulta lógico que os membros da comunidade escolar deste instituto tenham que se dirigir em pessoa à secretaria para fazer manifesta declaraçom verbal da opçom polo ensino da língua galega. O justo seria que na própria documentaçom da matrícula figurara expresamente a possibilidade de optar polo ensino do idioma galego, e assim ficara constáncia escrita da vontade dos afectados e das afectadas.
Vistas estas graves irregularidades, Fala Ceive dirige-se novamente ao Procurador do Comum de Castela e Leom para que inicie o correspondente expediente em relaçom com estas denúncias, e realice as investigaçons pertinentes com objecto de supervisar esta problemática. No caso do liceu “Virgem da Azinheira”, pedimos que se ofertem aulas de galego neste curso 2006-2007 ao alunado que assim o tenha solicitado. Ao respeito do liceu “Europa”, demandamos que o Procurador do Comum se dirija à “Consejeria” de Educaçom e Cultura da Junta de Castela e Leom para que lhe solicite a elaboraçom de umha resoluçom que inclua a referência à obrigatoriedade de os centros educativos do Bierzo incluir na documentaçom oficial de matriculaçom umha clara referência à possibilidade de optar polo aprendizado da matéria de língua galega.
Ponferrada, 24 de Outubro de 2006.

Ovnis e Isoglossas. http://ovniseisoglossas.agal-gz.org

sábado, outubro 21, 2006

A Galiza Irredenta também existe

Reproduzo aquí um artigo publicado em Vieiros e no web oficial de NÓS-Unidade Popular, obra do Igor Lugrís. Vem a conto de certa polémica sobre uns mapas da Galiza editados por esta última organizaçom.

A defesa da galeguidade das terras situadas além dos limites geográficos que o Estado espanhol marcou para a Galiza, quando menos desde 1833 (ano da divisom administrativa provincial de Javier de Burgos, ainda em vigor, que supujo a partiçom quadriprovincial da Galiza, e a perda de territórios na faixa oriental da nossa naçom), é umha constante para o nacionalismo e o independentismo galego. Desde a Sociedade Nacionalista Pondal na Argentina e o conjunto dos arredistas galegos do exílio e a emigraçom, até a Geraçom NÓS, o Partido Galeguista, e o nacionalismo que se recompom depois do levantamento fascista de 1936, todas as correntes, passadas e presentes do nacionalismo e o independentismo, reivindicam, com maior ou menor ênfase, com mais ou menos força, a galeguidade das terras que hoje ficam fora da Comunidade Autónoma Galega, sob administraçom asturiana ou castelhano-leonesa. NÓS-Unidade Popular fai parte dessa tradiçom, recolhe-a, actualiza-a e tenta, sendo conseqüente e na medida das suas possibilidades, realizar um trabalho político que ponha na ordem do dia política a questom da territorialidade.
Que um periódico de Samora crie, artificialmente, umha polémica a partir do "descubrimento" (tardio) do mapa da nossa Naçom elaborado por NÓS-UP, e desconheça os factos que venho de relatar, nom causa surpresa. Ao fim e ao cabo, o desconhecimento da História das Naçons que ainda hoje o Estado espanhol mantém abaixo da sua bota é o alicerce fundamental sobre o qual é construída a "História de Espanha".
Causa surpresa é que meios de comunicaçom galegos recolham essa notícia, alimentem a polémica e dediquem páginas e minutos a partir de um profundo desconhecimento da História da Galiza.Profundo desconhecimento que ignora, consciente ou inconscientemente, que ainda en 1821 existia umha proposta formal de incorporaçom definitiva do Berzo à Galiza; que a Carta Geográfica de Domigos Fontám, de 1834, inclui dentro da Galiza a faixa oriental galegófona dos territórios do Eu-Návia, Íbias, o Berzo, a Cabreira, e a Seabra; que o primeiro livro do Rexurdimento literário da Galiza, "Ensayos poéticos", foi escrito e publicado no Berzo, por António Fernández y Morales, lá por 1861, em que o autor recolhe a problemática da identidade lingüístico-cultural, mas também político-administrativa do Berzo; que o Anteprojecto de Estatuto de Autonomia elaborado polo Seminário de Estudos Galegos em 1931, assim como o Projecto de Estatuto que se aprova na Assembleia de Concelhos galegos decorrida em 1932 em Compostela, assim como o Estatuto definitivamente aprovado polo povo galego em 1936, recolhiam que se poderiam "agregar à Galiza qualquer território limitrofe de características históricas, culturais, económicas e geográficas análogas, mediante os requisitos que as leis gerais estabelerecerem". Ainda mais grave é desconhecer que o Projecto de Estatuto elaborado em Abril de 1978, conhecido como o Estatuto dos 16, e no Projecto elaborado pola Assembleia de Parlamentares Galegos enviado às Cortes Espanholas, se incluía umha mençom exactamente igual à de 1936, que foi suprimida na Comissom Constitucional do Parlamento espanhol que aprovou a redacçom definitva do Estatuto de 1981 (parece ser que nesse sentido fôrom determinantes as pressons de diversos parlamentares leoneses, entre eles, especialmente, Rodolfo Martín Villa, conhecedor da galeguidade das terras do Berzo, e da evidente possibilidade de que vários concelhos da faixa oriental se acolhessem a esse preceito para pedirem a sua incorporaçom à Galiza).
Ainda mais recentemente, poderíamos citar o caso de diversos concelhos e aldeias situadas fora dos limites da CAG, que ao longo dos últimos 30 anos tenhem declarado a sua intençom de solicitar a integraçom na Galiza (Enzinhedo, Truchas, a Ponte e Benuza em 1991, Oência em 1992, a Veiga de Valcarce em 2001, etc…) Para nom continuarmos a citar exemplos, concluamos por nomear o artigo assinado por 33 pessoas do Berzo, "Tira por ela Galiza mas Castela nom a solta", feito público em diversos meios de comunicaçom, tanto galegos como leoneses, em Outubro de 2005, e que defendia a legitimidade e justiça da opçom de reintegrar o Berzo na Galiza se umha maioria da populaçom assim o desejar; ou a existência de umha pequena força política no território do Návia-Eu, Alternativa Popular Eu-Naviega, que aposta polo estreitamento de relaçons entre esse território e a CAG a todos os níveis.
Em definitivo, este debate é umha constante ao longo da nossa história, da História da Naçom galega. Diversos traços definitórios, lingüísticos e culturais, mas também históricos, geográficos, económicos, sociológicos… fam com que os territórios do Eu-Návia, o Vale do Íbias, o Berzo, a Cabreira e a Seabra fagam parte dessa difusa [em[Galiza irredenta que muitas pessoas, no aquém e além Eu e Zebreiro, queremos que faga parte, com todos os direitos, da Galiza. Essa é a nossa proposta. Convencermos a maioria dos e das nossas compatriotas, o nosso compromisso.

sábado, outubro 14, 2006

Filo-café da incomunidade em Rois

FILO-CAFÉ EM ROIS

Este ano, o filo-café na Galiza realizar-se-á em Rois (muito perto de Padrón, terra de Rosalia) no café Palmeras (frente à Casa do Concelho) no dia
18 de novembro 2006, 21h

Para a efectivação da inscrição - através de incomunidade@yahoo.com.ar - enviar nome, lugar de proveniência e área de intervenção e contacto telefónico.

O Tema deste ano é:
Presenças, essências, ausências.

As inscrições - gratuitas - abrangem a área do pensamento, audiovisual, poesía, performance, teatro, música, arte correio.

Este Filo-Café é organizado pela
Incomunidade e pela Corporacion Semiotica Galega.

Qualquer dúvida: (00351) 965817337

alberto augusto miranda
http://incomunidade.blogspot.com
Tm: (00351) 965817337

quinta-feira, outubro 12, 2006

O Globo está agitado!

As cousas ponhem-se interessantes por aquí; em Bolívia detectarom-se movimentos golpistas (vejamos a fortaleza desse movimento social que colocou a Morales no poder) e o Kim Jong Il nom se arruga perante as cínicas condenas da "comunidade internacional", di que vai interpretar as sançons económicas como umha declaraçom de guerra e advirte que fará novas provas nucleares.
Pois nom vejades a vontade que tenho eu de queimar um consulado dos Estados Unidos; se aquí se monta umha guerra, eu vou-me considerar também em guerra. Se agridem a um povo cujo único delito é exercer a sua soberania, agridem-me a mim. Ainda que eu seja anti-nuclear, e me pareça criminoso e reprovável utilizar a energia nuclear com finalidades bélicas, a ver de todos os países integrantes do Conselho de Segurança da ONU, qual é o guapo que lhe explica aos coreanos que eles nom tenhem direito a desenvolver programas nucleares, quando todos esses estados sim que os desenvolvem, e todos sabemos que com umhas utilidades claramente bélicas.
Quem condena a Coréia? China? Israel? Índia? Os Estados Unidos? Para poder condenar, fai falta ter legitimidade para julgar. Nom é o caso.
Vaia, que a vaca anda a dizer mu.