No meio do crack capitalista
No meio do crack capitalista, as circunstáncias levam-me a reflectir. A reflectir sobre algumhas "verdades indiscutíveis" que se erigiram como tais durante os nefastos anos noventa, e que agora começam a se desinflar. "O comunismo morreu, o socialismo nom tem sistema próprio, e o de livre mercado é o melhor dos sistemas possíveis". Pois parece que nom. Parece que nom andavam tam acertados aqueles que se enchiam a boca fazendo tais afirmaçons.
O poder legislativo norteamericano vem de rejeitar o "plano de resgatamento" que o George Walker Bush pretendia implementar para o sistema financeiro dos USA. Ajudar aos bancos para que a gente da rua nom sofra as consequências da sua ruína, parece ser a ideia. Pois algumha cousa deve falhar para que o estado tenha intervir numha economia que tinha como piar doutrinário intocável a "nom intervençom".
Por algum lado lim que quiçá seria mais sensato e mais justo destinar a "gasto social" (porquê "gasto" e nom "investimento social"? É concevível qualquer sistema sem a gente? Que o sistema invista cartos em cuidar da sua base humana é um "gasto"?)o que alguns governos pensam destinar a financiar o descalabro de alguns sectores do capital. Isso achega-se mais à minha forma de pensar. Claro que eu, mais bem o que penso é que o capitalismo nom tem remédio. Que está baseado na injustiça e na exploraçom, e que, ainda por cima, polos vistos, tem problemas para se substentar a si próprio. Sim, algumha cousa falha.
E fago esta pequena e modestinha reflexiom quando nos achegamos ao 91 aniversário de certo facto histórico. Que parece que vai haver que voltar a reivindicar.