terça-feira, janeiro 31, 2006

Macarthismo europeu

Hoje a esqerda real tem que estar alerta. Porque alguns novos inquisidores pretendem confundir e tirar partido da confusom. Um novo regime de terror se pode instaurar na Europa. Permaneçamos vigiantes e pront@s para repeler a agressom.

segunda-feira, janeiro 23, 2006

A derrota evidente da Lei de Partidos

Parecia que a Lei de Partidos estava finiquitada com o clamor do resultado das últimas eleiçons bascas, mas a reacçom espanhola segue empecinada em mantê-la vigorante e o actual governo do PSOE nom parece disposto a fazê-la passar a melhor vida. Preferem manter-se na ambigüidade por se acaso, é dizer...sabem que é umha lei derrotada, mas nom se vam pôr enfrente de quem a intente aplicar. A facçom mais reaccionária da judicatura é quem se encarrega de aplicá-la e o PSOE nom di nem arre nem xo, apenas di que "respeita o direito individual das pessoas a se reunirem". O que se passa é que, o direito a reuniom, se nom se exerce colectivamente, já me diredes como se vai exercer. Ou sim, ou nom. O que acontece é que nom lhes fai, naturalmente, a menor graça que Batasuna celebre um congresso, mas também sabem das conseqüências políticas de aplicar a pouco constitucional Lei de Partidos. Sabiam que a manifestaçom de Barakaldo se ia celebrar, se se impedia judiciariamente o congresso. Mas o que tampouco queriam é enfrentar-se com o PP nem com o PSOE basco. Vamos ver; é estúpido pensar que se a umha organizaçom que colheita umha média de duzentos mil votos em cada eleiçom lhe empeces a celebraçom de um acto, esta organizaçom nom vai reagir. O dia em que se tinha que celebrar o congresso ou o que for, nom os tens no local onde iam fazer o tal acto, mas sim que os tens em qualquer outro sítio manifestando-se, e multiplicados por dez, ou por cem.

Nom podem aniquilar a esquerda abertzale basca. Parece-me a mim que as vias de soluiçom para Euskal Herria vam ser outras.

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Vamos-lhe tomar umha no Atreu!!!

O dia 2 de Fevereiro, no Centro Social Atreu (Rua Sam José, sem número - A Corunha) vamos - lhe tomar umha no Atreu...e duas, e três...será às oito da tarde, e naturalmente estás nom convidad@, obrigad@ a passar, tomar algo e convidar.

Alí estaremos:

Alberte Momán
Yolanda Castaño
Alicia Fernández
Ramiro Vidal
Arsenio Iglesias
Lucía Aldao
Maria Lado
Eduardo Estévez
Mário Regueira
Antía Otero
Ângelo Pineda

Vemo-nos...

segunda-feira, janeiro 16, 2006

No jardím dos meninos nom se fala galego

Vimos de assistir a umha notícia recente que, se calhar, para muitos nom tem qualquer importáncia. É possível que até a maioria dos cidadaos e das cidadás da Corunha nem repararam na sua trascendência. A imprensa corunhesa vem de anunciar a apertura no bairro da Sapateira do primeiro infantário que dará umha educaçom "bilíngüe" às crianças lá matriculadas.Naturalmente, essa educaçom "bilíngüe" será em inglês e...em castelhano. Estas crianças vam receber os primeiros conhecimentos, vam ter as primeiras experiências sociais fora da família em inglês e castelhano, sem passar para nada polo galego. Tendo conta que o Kid's Garden, que assim se chama o centro, será mais bem para famílias de poder adquissitivo meio-alto - já se sabe como está o tema da oferta educativa na Corunha - é previssível que umha esmagadora maioria destes meninos e meninas já provenham de ámbitos familiares onde a língua galega nom entre por via nengumha, mas eu quero recordar que, enquanto nom mudarem as cousas estatutáriamente, o galego segue a ser a língua própria da Galiza. E o que nom pode ser é que autoridades a nível autonómico e autárquico, como foi o caso, colaborem na posta em andamento de projectos que simplesmente ignoram a língua galega. É que pode ser concevível que umha criança medre nos seus primeiros anos sem saber que está na Galiza?
Antes de se preocupar tanto polo inglês, porquê nom ponhem os poderes públicos polo menos umha migalha de interesse em resolver um problema que continuam a ter muitos pais e nais na Galiza, a saber, que nom lhes podem dar aos seus filhos umha educaçom em galego?
Parece-me muito revelador o entusiasmo que puxo o governo autárquico e o que puxo o poder autonómico em colaborar com este projecto...é este o modelo de educaçom que defende o PSOE? Se esta é a esquerda, nom quero nem imaginar como será a extrema direita...

domingo, janeiro 15, 2006

Baptiço real

O baptizo real é um desses acontecimentos que lhe recordam a um que isso da igualdade de todos perante a lei ou perante qualquer cousa, pouco mais é que um dizer. A sucessora de Felipe de Borbón recebeu ontem o baptismo com auga do Jordám. Nom deveria ser notícia, ainda que se trate de umha mulher que pretensamente num futuro reinará em Espanha. Nom era este um estado aconfissional? Entom o do baptismo teria que ser umha cousa privada da família. Mas forma parte da propaganda do regime. Este estado tem uns símbolos, um deles é a monarquia. E a monarquia é católica. Portanto o baptismo de alguém que vai reinar num futuro, é notícia. Sai de maneira obrigada em todos os média e, aliás, a caralhada a paga o estado. é difícil de entender para quem venha de algum país que leve muito tempo com o anacronismo da monarquia convenientemente enterrado no pátio de atrás.
O mais irritante é a normaldade com a que isto se assome. Paciência e a seguir luitando.

quarta-feira, janeiro 11, 2006

Viver noutro planeta

É o que acontece quando estás em esferas diferentes às da gente do comum. Tal como está a situaçom económica do país, a revisom salarial das suas senhorias, os deputados do Parlamento da Galiza, nom parece umha questom de tanta urgência como para que seja o primeiro acordo que tenham no ano. Por de pronto, sobiu o ordenado das suas senhorias um 2%. Muito acertadamente, escuitava eu hoje ao Antolín Alcántara, dirigente da CIG, dizer que se deveriam contemplar as mesmas sobidas nos convénios colectivos .

Por outra banda, deziam em La Voz de Galicia que as suas senhorias cobram muito menos que os seus colegas bascos e catalans, o que me traz se cuidado, porque tenhamos também em conta o nível de vida, os salários, os preços de aquí e aló...cobram de abondo, se temos em conta o que fai a maioria. Votar, e mais nada. E algum, até é absentista habitual. Aliás, nem sequer me vale a excusa de que som ajustes condicionados pola evoluiçom do IPC. Duvido muito que o IPC lhe poida condicionar muito a um quando cobra ordenados assim de astronómicos.

segunda-feira, janeiro 09, 2006

Eu nunca dixem que nom voltaria falar de futebol

...e desculpade que insista com o desporto da bola, mas neste meu país ultimamente se fala muito de futebol como parábola política, ou de futebol e outras colateralidades. Parece que este endianhado jogo inventado polos albioneses manda inclusso mais do que imaginava eu na nossa sociedade; eu já sabia que mandava mais do desejado, mas manda muito além do que eu até há pouco podia suspeitar. O futebol manda na Galiza e no mundo, e nom vejades vós até quê ponto pode despertar reacçons, subspicácias, teorias e demais um simples jogo amigável de futebol.

Para muitos o que houvo o 29 de Dezembro em Sam Láçaro foi umha espécie de akelarre separatista onde todos nos confabulamos para atentar contra Espanha por pensamento, palavra, obra e omissom. É-vos o problema da moral cristá, que a culpa é umha arma que se pode utilizar de maneira caprichosa contra o indivíduo ou colectivo escolhido como vítima propiciatória.

As iras do espanholismo som inaplacáveis ante os factos consumados e irreversíveis: a nódoa na virginidade, a ferida no mais intocável da essência da espanholidade da Galiza. Ressuscitar esse fantasma da Selecçom Galega - Mon Dieu! Lesa patria...- Umha blasfémia, máxime quando a sociedade galega, que é certo que nunca pressionou demasiado para que a Selecçom fosse umha realidade, respondeu massivamente e com entusiasmo. Sam Láçaro cheio e 800.000 espectadores por televisom. E por cima, vam e ganham, que isso é imperdoável, por favor Galiza ganhar? Galiza por cima de alguém em algo? Nom pode ser; "Galicia, terruño, región pintoresca de las Españas" sofridora e chorosa, mas nunca ganhadora, por favor... é umha síntese, tudo isto, queiramo-lo ou nom, da visom que temos de nós próprios e também da que tenhem de nós por aí fora...

Dezia que operamos um imenso pecado de pensamento, palavra, obra e omissom...a inquisiçom, o quê produziu? inquisidores, igual que os estados policiais produzem polícias...de pensamento pecamos porque somos o que somos e fomos a Sam Láçaro a exercer um direito que achávamos natural -isso é imperdoável, tamanha sobérvia...- de palavra, porque proferimos palavras de ordem onde se nomeava ao ente innomeável, "Galiza", de obra, por termos o atrevimento de cenificar a aberraçom de ganhar celebrando os golos do Nano e do Deus e de omissom porque omitimos a quem ou o quê? Pois a Espanha. Ninguém considerou oportuna, nem justa, nem necessária a presença de Espanha...toda umha alteraçom da hierarquia de palavras e conceitos do pensamento espanholista, sempre negador, abafantemente negador. Negador até incorrer na mentira, nom se ganhou por méritos próprios, nom se ganhou por superioridade, ganhou-se porque Uruguai se deixou ganhar, e isso que Uruguai é umha selecçom de quarta ordem...porque se comprou o jogo, chegou-se a dizer...enfim..o veleno segue a fluir, por quanto tempo?

segunda-feira, janeiro 02, 2006

Aviso para quem visitar este blog

A partir de agora, saiba quem venha a me visitar que estamos vigiados policialmente. Tal é o panorama que se vive no meu país na actualidade. Alguém pode concevir umha democracia na que se ilegalicem ideias, colectivos e indivíduos. Todos somos culpáveis, de quê é o de menos. Já se pensará sobre a marcha.O caso é que somos culpáveis.Até nos avisam pola imprensa.