domingo, fevereiro 27, 2005

Ontem tivem umha longuíssima discusom com um dirigente de umha entidade que leva trabalhando bem anos na comarca de Trasancos na defesa da língua galega. O debate era, de novo, entorno à polémica nominalista que, dentro do próprio reintegracionismo se vem a manter absurdamente a respeito de como lhe devemos chamar ao idioma que para mim é o mesmo, de Dili a Säo Paulo, de Ortigueira a Maputo.

Em concreto, mantinha este luitador pola língua galega, cuja trajectória está fora de toda dúvida para mim, que a nossa língua era o galego ou, em qualquer caso, o galego-português, mas que nunca deveriamos aceitar a denominaçom “português” para o que aquí falávamos. Eu mantinha umha postura bem diferente. Insistim, sem sucesso nengum, pois este meu amigo ferrolano nom estava disposto a modificar nem um ápice a sua postura, em que sermos reintegracionistas consistia, essencialmente, em defendermos a unidade lingüística galego-portuguesa. E remetim-me constantemente ao manifesto da Associaçom Galega da Língua, pois ele escreve na norma AGAL e tem esta organizaçom como referente. Insistim-lhe também no inútil que resultava um debate nominalista nesta altura, debate que fica claramente resolto no citado manifesto da AGAL, já que nele se especifica que a nossa língua é denominada na Galiza como galego, mas é mundialmente conhecida como português e reconhecida cientificamente como galego-português. Mas a sua postura seguia igual de inflexível. A nossa língua seria o galego, ou em qualquer caso o galego-português. Que ele estava pola unidade lingüística galego-portuguesa, mas que entom haveria que luitar porque internacionalmente à língua se lhe chame galego ou galego português, e nom português, e que a denominaçom “português” era injuriosa e implicava um atentado contra a nossa identidade. Dezia inclusso mais. Dezia que no Porto se falaria galego, mas que em Ponte Vedra nom se falaria português, com o que eu lhe tivem que fazer ver a sua contradicçom. Porque, como digo, sermos reintegracionistas consiste em admitirmos que há umha língua, e nom duas, nem três.

Que o nacionalismo galego prefira a denominaçom "galego" para se referir à nossa língua, que insisto, é a mesma em Braga que em Macáu, em Lugo que em Luanda, nom invalida o que segue a ser umha realidade; que o manifesto da AGAL dá por legítimas todas as denominaçons. Eu também utilizo de maneira preferente a denominaçom "galego", por razons óbvias. Som nacionalista galego e acho que por umha questom de pedagogia política é muito mais prático referir-se nos escritos políticos à língua como língua galega, para remarcar a identificaçom entre povo e língua. Chamamos-lhe galego ao português porque é a língua que assumimos como própria.

Ninguém no seu sano juízo poderia negar que o galego-português nasceu no seio do Reino da Galiza. Algum nacionalista português da extrema direita sim que o nega, outros sectores reaccionários da política e a intelectualidade portuguesa afirmam o contrário, a oficialidade académica e intelectual galega passa com pés de lá sobre o assunto, nom vaiam amolar à Espanha ou a Portugal, as historiografias oficiais dos dous estados peninsulares procuram ser tam ambíguos como para nom revelar clarezas perigosas num tema que poderiam modificar maneiras de pensar na Galiza...e noutras partes do mundo...mas a ciência filológica é implacável.

Eu considero umha luita utópica e aliás inútil ir a Porto dizer-lhes aos e às habitantes dessa cidade, portuguesíssima a dia de hoje, primeiro que falamos a mesma língua, segundo que a língua que eles falam é galego, e terceiro que isto é assim porque Porto estava na Idade Meia dentro dos lindes do Reino da Galiza. Para começar, eu reivindico a Galiza como a minha naçom porque pertenço a um povo que foi desenvolvendo a sua identidade fora do estado português desde que Portugal apareceu na história como tal, isso é o que me diferencia a mim das pessoas que moram em Braga, no Porto, em Lisboa, etc...a territorialidade da naçom galega, que é umha questom ainda em debate, deverá ter como referência a Comunidade Autónoma de Galicia mais os territórios baixo a administraçom de outras comunidades autónomas do estado espanhol que som ainda de cultura e língua galegas. Se um vai a Porto a lhes dizer aos e às portuenses: "olhem; vocês falam galego e näo português e aliás säo galegos" a reacçom dos portuenses será de claro sentimento de ofensa. Provocará umha reacçom negativa que em nada vai ajudar a que por aí embaixo compreendam a nossa luita, com o vital que isso é. Pensarám que um está de troça, que como é possível que um gajo que vem de umha terra onde se fala umha mestura tam exquisita e tam difícil de perceber, que pronuncia tam forçadamente o português, pode pretender que falamos a mesma língua que ele, que aliás essa língua nom é português e que por cima nós nom somos portugueses!!! Ainda pior será se tentamos o mesmo em Angola: dirám, foda-se, nom tinhamos dabondo com os tugas, agora também venhem estes a nos colonizar.

Na Galiza o que temos que fazer com a língua, nom é andar às pancadas com o resto da lusofonia por como se chama o nosso idioma (bastante temos já com ter a Espanha de inimigo, para ainda por cima pôr na nossa contra à Lusofonia) mas usar a língua e procurar usá-la com correiçom e coerência. Hoje por hoje o panorama que temos na Galiza é o de umha língua fortemente castelhanizada, que nom ganha prestígio entre a mocidade, que nom ganha ámbitos de uso, que perde falantes...problemas todos eles muitíssimo mais graves que a discusom sobre qual deve ser o nome. O quê acontece com os inmigrantes portugueses, angolanos, brasileiros...que venhem trabalhar à Galiza? Que o primeiro que fam é aprender a falar espanhol. Porque o espanhol é a língua que abre portas e porque nem tenhem a percepçom de o galego ser português, nem em muitas ocasions tenhem sequer a percepçom de o galego ser umha língua. Varramos pois antes a casa própria.

sexta-feira, fevereiro 25, 2005

Repúdio da justiça

As tuas pedras nom podem ferir-me
O teu escárnio nom me pode destroir
O teu dedo acusador já nom remexe o meu medo
Mais aló da minha humildade, mais aló das leis que nom entendo
Sei que adivinharia outra justiça

Quando tiredes a primeira pedra, eu já serei livre
Já estou morta e agora voo longe do alcance do vosso olho terrível
Do vosso braço cruel


Tam infernal
É a caverna da vossa custódia,
Que até o vosso perdom seria
A mais horrível das feridas.


Estivem a pensar, em sonhos
Que para quê quero a vossa missericórdia
Pesaria-me sobre as costas e no coraçom
Durante toda a vida.


Libertade-me já do infame mundo que vos acobilha
Dade-me a paz
Serei carne para o vosso circo
E, depois...a minha silenciosa e lançal amiga
Evadirá-me da vulgar matéria.

terça-feira, fevereiro 22, 2005

Um olhar no Joe's Bar

Os viajantes que chegam
ao
Joe's Bar
näo trazem sinais de grande sabedoria.

Chegam em pacotes, bem enbrulhados e pelo ar.

Cambaleiam um pouco
antes de começarem a beber
e a esvaziar os olhos para as mulheres
húmidas da noite
do Funchal.

Mostram fotografias originais,
mesmo do Eufrates
e do Nilo

e refrescam as gargantas
nas palavras de sonho
com que constroem
toda a mitologia do grande oceano.

Imaginam essas águas primaveras
nos seus copos
enquanto devagar uma lágrima
vai acometendo a mäo feminina
como se fosse uma âncora

de desejo.

Rogério Carrola

A versom correcta do poema de Alícia

Arroas pequenas nas orellas,
no pescozo, nas mamas, no embigo...
E teño xoias mariñas para regalarche,
e sei pendurarche as alfaias coa boca,
e dou coa forma de orixinar pérolas
soamente a humedecer no teu colo.
A sinxeleza de parir, desta maneira,
entre desexo e salitre.

desculpa-me Alícia...bom, pois havia, no post anterior umha palavra omitida e outra mal copiada, por isso volto postar este poema. Eu espero que aginha poidamos ter a Alicia apresentando o seu livro na Corunha. Verdade, Alícia?

domingo, fevereiro 20, 2005

Botar o mar polos ollos

Reposto do "tute" da viagem, e satisfeito pola aventura lisboeta, traio-vos umha pequena mostra do resultado de um trabalho redondo por parte da grande poeta galega Alícia Fernández. "Botar o mar polos ollos" é o título do primeiro poemário publicado em papel impresso por esta jovem poeta de Escairom, que vê a luz da mao da editora potuguesa "Tema". As palavras de Alícia sonarom, com sotaque genuíno e naturalidade desbordante em Lisboa, no local da Associaçom de Solidariedade Guilherme Cossoul. Alí fomos recebidos com umha grande efusividade por Alberto Augusto Miranda, quem voltou demostrar as suas qualidades como mestre de cerimónias e anfitriom. Como já dixem na apresentaçom, "Botar o mar polos ollos" é um universo cheio de erotismo natural, sereno, maduro e mesmo refinadíssimo. Eu colo neste blog este pequeninho anaco da sua arte para que a desfrutedes. Parabens a Alícia.
Arroas pequenas nas orellas,
no pescozo, nas mamas, no embigo...
E teño xoias para regalarche,
e sei pendurarche as albaias coa boca,
e dou coa forma de orixinar pérolas
soamente a humedecer no teu colo.
A sinxeleza de parir, desta maneira,
entre desexo e salitre.

quarta-feira, fevereiro 16, 2005

Maria Xosé Queizán, reaccionária

Maria Xosé Queizán volta a nos "deleitar" com as suas "brilhantes" análises em La Voz de Galicia. Pensei que depois daquele artigo denunciando o excesso de permissividade que, segundo ela, havia com o Islám na Europa, já nom era possível que eu me surprendera com qualquer dos seus disparates. Errei. Agora canta as excelências de...Condolezza Rice!!! como modelo de mulher negra a seguir. Demencial.

segunda-feira, fevereiro 14, 2005

Pequena crónica do acto contra a C.E. em Ferrol

A passada sexta celebrou-se em Ferrol, no local da Fundaçom Artábria, um acto contra a Constituiçom Europeia no que intervirom as quatro forças políticas representadas na Plataforma Galega polo Nom à Constituiçom Europeia mais as Bases Democráticas Galegas. Polas Bases falou Bráulio Amaro, polo Partido Comunista do Povo Galego Xosé Collazo, por NÓS-UP Maurício Castro, polo Partido Revolucionário dos Trabalhadores - Esquerda Revolucionária Roberto Laxe e pola Frente Popular Galega Fran Aneiros.
Abriu fogo o Bráulio Amaro com um brilhante discurso no que denunciou a morneça com a que o nacionalismo maioritário está a manifestar-se polo nom ao tratado constitucional, a mesma morneça com a que, cada vez mais, afrontam a questom nacional. Aprofundou nos pontos da Plataforma para chamar ao voto negativo; o anti-democrático do próprio processo e a intencionalidade da Constituiçom Europeia, que servirá de base legal para afortalar os sistemas repressivo e militar dos estados membros, que liquida conquistas sociais da classe trabalhadora, que nom reconhece o direito à Autodeterminaçom, e que, em definitivo, é umha constituiçom para umha Europa dos estados, do capital, do patriarcado e da guerra. Brilhante foi também a intervençom do Maurício Castro, quem demostrou ter lido a consciência o texto do tratado e quem puxo énfasse em assinalar a consagraçom do neoliberalismo como doutrina económica oficial da Uniom Europeia a travês desta Constituiçom e em demostrar o jeito hipócrita com a que dentro dela som tratados os direitos sociais. Umha cousa interessante que dixo o Maurício: que os direitos dos galego-falantes na Galiza nom se podiam considerar garantidos com esta Constituiçom, nem desde umha óptica isolacionista, nem desde umha óptica reintegracionista, já que apesar de ser o português língua oficial das instituiçons da Uniom Europeia, a C.E. apenas reconhece as línguas enquanto que oficiais de algum estado, nunca se fala de comunidades lingüísticas. O Fran Aneiros fixo um discurso obreirista e em chave claramente local, com alusons abondosas ao conflito do sector naval. Collazo fixo umha exposiçom um bocado longa de mais, bastante na linha da de Bráulio Amaro, atacando o próprio processo e aprofundando nos pontos baselares da campanha que está a levar a cabo a Plataforma. O Roberto Laxe fixo umha exposiçom na que carregou as tintas de maneira especial contra o modelo económico. Primeiro recordou que este projecto imperial que as oligarquias europeias tenhem entre maos, é o mesmo dos delírios de Napoleom e Hitler, mas que o problema que tenhem agora as burguesias que avalam o processo é que o capitalismo está a atravessar umha profunda crise. Também dixo que a posta em prática da doutrina económica propugnada pola constituiçom supunha a liquidaçom de décadas de conquistas operárias. Cousas chamativas que dixo o Roberto: que o projecto que o PRT apoiaria seria o da criaçom dos Estados Unidos Socialistas de Europa, e que é pouco lógico que pessoas que moram fora do país e levam vinte anos sem pisar Galiza poidam votar e que nom poidam votar @s inmigrantes.

quinta-feira, fevereiro 10, 2005

@s amig@s que vam embora

Penso n@s amig@s que vam embora, na procura de horizontes que provavelmente a sua terra nom lhes poida oferecer, mas que presumívelmente também nom vaiam atopar nunca. A marcha de Elvira, apesar de que no seu caso é baixo umhas circunstáncias nalgum caso especiais, obriga-me a rememorar outros casos. Nom sei. É duro marchar e, ao mesmo tempo, resulta difícil nom pensar em marchar de um país que, quanto mais amas, mais te bate. Hoje lembrei-me de Elvira, lembrei-me do duro que resulta assimilar a partida de alguém que, em tam pouquíssimo tempo, se tornou tam importante para mim, e nom puidem, ao mesmo tempo, evitar lembrar-me de umha música da banda catalana de ska Knockouts, que vos ofereço a seguir. Por certo, que amanhá há um acto muito interessante em Ferrol contra a Constituiçom Europeia.

Dius que vols marxar, conéixer d'altres terres,
creuar fronteres, sentir noves idees.
Què esperes trobar? alguna cosa més?
lluny de la teua gent.

Creus que pots marxar, deixant-ho tot enrera,
sense pensar que tu ets d'aquesta terra.
Les teves arrels, les teves emocions,
no es poden oblidar.

EL TEU PAIS ÉS LA TEVA RIQUESA,
LA TEVA GENT ÉS AQUÍ.
EL TEU PAIS ÉS DINS D'AQUESTA FRONTERA
LA TEVA PATRIA ÉS AQUÍ.

Recorda quanta gent ha vessat la seva sang
per mantenir la nostra identitat.
Portes al cor l'orgull de tot un poble
i aixó no es pot esborrar

Mil anys de lluita forjant una nació,
mil anys d'història que ens han donat un nom.
Tenim la força per seguir endavant,
já ningú ens pot aturar.

terça-feira, fevereiro 08, 2005

O 18, em Lisboa

Afinal parece que o 18 de Fevereiro sim que estarei em Lisboa. Nom sei como, mas havemos estar, a Alicia e mais eu. Ela quer que eu apresente o seu livro, "Botar o mar polos ollos". Sinto-me privilegiado, mas também apurado por nom saber se estarei à altura de tal responsabilidade. Por enquanto, começamos amanhá umha semana maratoniana de preparativos, reservas de bilhetes, comparaçom de combinaçom de horários...um autêntico agóvio, para estar o 18 de Fevereiro às 11 da noite no local da incomunidade. Espero nom falhar-che Alicinha. Tu mereces que tudo saia bem. O que me causa também tristeza é que isto o deveria fazer a minha caríssima Elvira...

...bom, para esta fria tarde de terça de entruido, um poema de Henrique Rabunhal

LONGE DA FAMA E DAS ESPADAS

Que venha a mim a palavra esmaltada no bafo da sede,
a este vaso de carne que aspira a falar com voz distinta,
a este vidro vazio, sem potassa nem soda, em que canta
umha secura antiga, quebradiça e eterna.

Que venha a mim a palavra abrindo as portelas da casa
e que um ar penetre os quartos desta existência
precisa de sons articulados, e que o sentido seja dado
por quem comigo pedir que a palavra venha.

Que venha a mim a palavra mesmo impossível,
que construa estradas por aquel encéfalo animal
que fomos num passado, a arder na memória,
sombras de um outeiro de tinta.

Que venha a mim a palavra e o ordene todo:
o cristal desta sede cantando,
a casa fechada à luz sonora
aquel encéfalo de pam e laranjas.

Que venha a mim a palavra no bafo da sede.

segunda-feira, fevereiro 07, 2005

Galego no Bérzio

O blog de Igor Lugrís oferece-nos umha visom sobre algo tam desconhecido para nós como é a situaçom da nossa língua no Bérzio. Som análises feitas desde a perspectiva de um activista convencido pola língua, análises que convidam a despojar-se dos preconceitos e a reflectir sobre umha situaçom que se nos traça, por primeira vez, sobre a base de umha série de factos reais dos o Igor vai debulhando o significado.
Por primeira vez no mundo blogueiro, um espaço para reflectir sobre o tema, além dos lugares comuns. Umha saudaçom para o incansável Igor.

domingo, fevereiro 06, 2005

Elvira, até outra

Elvira marcha. As Canárias. Muito longe da Galiza. Elvira, volta aginha. Necesitamos-te. Queremos-te. As gadoupas da emigraçom nom tenhem piedade deste país. Foi-se umha das melhores vozes poéticas da Galiza. O Atlántico no-la furta.
Falarei na lingua de Maria Peres,
a Balteira,
musa prostibularia e tecedeira de cantigas coa quentura por entre as coxas.
Falarei na lingua das irmandiñas que arrebolaron con forza
berros de liberación aos pais
da tiranía,
falarei bidueiro,
falarei croio,
sarabia, laxe, seara, burato, morno
sistema de signos,
símbolo
da memoria que esmorece.
Falarei na lingua de Rosalía,
de Xaquina Trillo,
de Mariña Mariño Carou,
a lingua renegada da meniña Carolina Otero violada
no camiño,
a lingua da miña avoa, canteira anónima,
arxina da Terra de Montes,
labradora de sucos na pedra de gra
e nas conciencias de todas as que soñaron ser amazonas
da linguaxe.
Para vós, meniñas de augamel,
mulleres en froita por madurecer,
falarán estes gromos de firmeza que me rebentan nos dentes
e son matas de arandeiras.
As palabras han ser xermolos nas miñas fillas e netas innumerábeis,
despois,
os meus ósos falarán na terra
para dar vida á terra
para dar nome á terra
e á prole que me xurdirá coa boca chea do poexo enchoupado das brañas.

Rebelión da palabra

Elvira Riveiro


quinta-feira, fevereiro 03, 2005

Festival em Ponte Areias

Amanhá toca-me recitar em Ponte Areias com o Alberte Momán, Elvira Riveiro e Brais González. Será num festival organizado pola Plataforma Galega Polo Nom À Constituiçom Europeia do Condado. Depois tocará Skárnio. Com anterioridade, haverá umha mesa redonda onde se aportarám argumentos para o voto em contra do tratado. A ver se tudo sai bem. Andam um bocado a pendurar os meus compromissos em Lisboa e Ames, no primeiro dos casos pola actividade política e no segundo por quase segura impossibilidade de compatibilizar a cita com o horário laboral.
Amanhá, se calhar, postarei de novo poesia.

terça-feira, fevereiro 01, 2005

Nom apagarám a nossa voz

galizalivre foi atacado por hackers no dia de ontem. Quixerom, se calhar, apagar a voz de um méio de comunicaçom? Tempos difíceis para o direito à informaçom e à livre expressom. Afortunadamente, a profissionalidade da equipa de galizalivre permitiu recuperar o acesso à página e os arquivos. Já acontecera um episódio similar com o Portal Galego da Língua. Parece que há por aí muito aprendiz de nazi, ao que lhe amola que os que nom temos do nosso lado nem um estado, nem um exército, nem à igreja, nem os banqueiros, tenhamos voz. Mas nom acabarám tam facilmente com aqueles e aquelas que queremos construir um mundo melhor. As minhas saudaçons e a minha solidariedade à gente que fai possível galizalivre.

A luita continua!!!