quarta-feira, novembro 30, 2005

...Pois era

Era umha piada. O de Bono em Venezuela era pura piada, agora vem de encerrar um acordo com Colômbia...

terça-feira, novembro 29, 2005

José Bono, anti-imperialista?

Tem de ser umha má piada...

segunda-feira, novembro 28, 2005

Mais sobre a guerra do topónimo

O maçador e interminável culebrom do topónimo da Corunha continua a dar voltas de porca, graças ao empenho do senhor Vázquez. Saia o outro dia umha notícia na imprensa, segundo a qual o Concelho da Corunha ia abonar 17.500 euros ao advogado García de Enterrías, para que defendesse o recurso perante o Tribunal Supremo à última sentença do Tribunal Superior de Justiça da Galiza, na que de novo se desautorizam as pretensons do mandatário municipal de fazer “La Coruña” topónimo oficial em pé de igualdade com a forma galega-norma RAG. Nom há, legalmente falando, muita saida para a cruzada pessoal de Vázquez. Como muito, no que é a via judiciária, a cousa acabará no Tribunal Constitucional, com umha sentença que se remitirá à Carta Magna espanhola, segundo a qual nas comunidades autónomas onde houver umha língua cooficial as formas legais dos topónimos serám as dessas línguas cooficiais. Outra cousa é que a finalidade da via judiciária seja meramente propagandística, cousa que se me antolha presumível. Eu sempre dixem que Paco Vázquez o que nom dá é paos de cego. Suponho que tam idiota como para nom saber que a lei nom lhe dá a razom, nom será. Paralelamente haverá movimentos no terreno político institucional. Se o alcaide da Corunha nom souvesse que conta com cumplicidades tanto no campo político como noutras esferas de poder, nom se lançava a esta piscina. O problema é que esta é umha teima que o povo, na sua maioria, nom sente como própria, e já se levam gastados das arcas municipais nada menos que 300.000 euros.

sábado, novembro 26, 2005

Assalto "revolucionário"

Estou a lêr algumha que outra reflexiom crítica que há pola rede sobre o assalto de altos cárregos do PP ao parlamento galego. Bonito tema. Daria para muito debate, se realmente houvesse por algumha parte vontade para debater sobre um tema que se vai zanjar antes do que muitos esperam. Porque as cumplicidades entre as grandes siglas funcionam, quando tenhem que funcionar. E nom é cousa de dar cancha à opiniom pública para que ponha em causa o sistema...nem é questom de desacreditar a um partido como o PP que é umha guarida de ultras, mas que claro, cumpre umha funçom. Eu o que me pergunto é...somos todos iguais perante a lei? Se os que entrassem a zafarrancho no parlamento fosse trabalhadores do naval ou gandeiros produtores de leite (os últimos que ficam a resistir contra a extorsiom contínua da UE) o quê se passaria? Primeiro que já a atitude da polícia seria diferente e haveria pancadas, nom apenas empurrons...mas as conseqüências legais haviam ser imediatas...enfim....

sexta-feira, novembro 25, 2005

Umha batalha perdida...e o futuro por conquistar!!!

A UNESCO vem de rejeitar a candidatura da tradiçom oral galego-portuguesa para património inmaterial da humanidade. De todos os jeitos os meus parabéns a toda a gente que trabalhou sem desmaio por esta causa e o meu ánimo para que continue a luitar. Estas som as causas que pagam a pena, luitar por recuperar e dignificar o próprio, por revalorizar a identidade e resistir contra a tendência uniformizadora da globalizaçom selvagem. Vou-vos pedir um favor...deixade-lhes o vosso alento na sua página.

terça-feira, novembro 22, 2005

Batendo no fascismo

Antontem em Ferrol tivo lugar um novo e espectacular golpe ao fascismo. Era necessário e há que congratular-se de que saira bem, ainda apesar da inevitável intoxicaçom informativa e dos injuriosos boatos da contra-insurgência e daqueles que som politicamente inúteis, que nom tenhem nada que pintar e que só lhes fica ceivar nos foros da internet a sua inveja e amargura. A intoxicaçom informativa consistiu, principalmente, em ridiculizar o facto de nom ter conseguido arrancar umha das placas do prédio propriedade da Fundación Francisco Franco, em falsear as idades dos activistas que levarom a cabo a acçom e em presumir-lhe ignoráncia aos autores da sabotagem por, aliás de deitar à rua a placa conmemorativa da concentraçom celebrada em 1.987 em homenagem ao "Caudillo de las Españas", também tratar de fazer o próprio com outra de maiores dimensons que estava dedicada aos dous irmaos Franco, Francisco e Ramón. Enfim, tudo isto está convenientemente pontualizado. Sobre os comentários aparecidos em foros de internet, nada que dizer; simplesmente que me apena que alguns nom tenham a decência democrática de reconhecer que se vem de levar a cabo umha acçom necessária e que se fixo com éxito; em todo caso essa é a realidade implacável perante as faladurias e as interpretaçons retorzidas feitas desde o ódio. Era necessário, fixo-se, e fixo-se bem. Contra o palavrorio, factos. Fixo-se bem e nom o fixo nem o BNG, nem Esquerda Unida, nem a FPG, nem os ácratas...fixo-o NÓS-Unidade Popular. E se o tivesse promovido qualquer outra organizaçom, das citadas ou sem ser das citadas, ou se se tivesse feito sem siglas, estaria igual de bem feito, claro. É pena que nom todos o vejam assim.
O acto promovido por NÓS-Unidade Popular era necessário no marco da luita contra a simbologia fascista, porque já era hora de bater no lobbie fascista ferrolano. No seio de todas as cidades, e em Ferrol especialmente, existem grupos de pressom que tratam de ateaçar ao poder político para que nom acometa a tarefa de eliminar a simbologia fascista dos espaços públicos. Para isso, nom duvidam em fazer todo tipo de demostraçons de força entre as que tanto incluim manifestaçons como outro tipo de actividades nom tam legais; mesmo a intimidaçom e a agressom a quem se manifesta contrário às suas pretensons, como já demostrarom o passado Domingo. Ao melhor, a algum dos cérebros internéticos que andam pontificar nos foros, lhe parece que nom, que nom lhes há que dar canha. Enfim.
Tomo nota do silenciamento de Vieiros e Galiza Livre, também muito inteligente...

sexta-feira, novembro 18, 2005

Um "juízo positivo" para Franco

Manuel Fraga "está que se sale", que se diria na mesetária gíria. Já nom traba a língua; nunca o fixo, mas agora menos. E quando fala para a imprensa estrangeira, entom há traca assegurada. Sempre afirmou que Franco nom era um ditador. Muitos dos que estiverom ao seu lado afirmam o mesmo. A particulariedade de Fraga é que ele se reclama democrata, cousa que outros inquebrantáveis nom fam.
Os nostálgicos do franquismo nom acreditam no sistema pluripartidarista, nem no valor do voto, nem nos parlamentos, nem nas constituiçons; desde logo nunca se declarariam autonomistas e isso das línguas co-oficiais para eles é inadmissível. Fraga, todo um animal político, autoproclama-se democrata, foi um dos redactores da constituiçom espanhola e também do estatuto de autonomia galego. Às vezes incluso se expressa em galego, e é que há que se adaptar às circunstáncias, claro. Porque a fim de contas, ele é o fundador de Alianza Popular (alma máter do Partido Popular) força política aguerridamente anti-autonomista...até que nom lhe ficou mais remédio que aceitar as autonomias, como sempre. E, apesar disso, como digo, é redactor do estatuto galego e é também o presidente da Xunta que mais durou no cadeirom presidencial (dezaseis anos!!!) Entre o seu partido e o PSOE, repartem-se as presidências da imensa maioria das autonomias. Enfim. Antontem anti-autonomistas furibundos, hoje partícipes da chupanda autonómica. Há que se adaptar, adaptar-se é sobreviver. De onde nom o baixam (a Dom Manuel) é da sua lealdade ao "Caudillo de las Españas".
Segundo ele, Franco de ditador nom tinha nada, como muito dirigiu um regime autoritário. Vamos por partes. Até onde eu sei, com efeito, o franquismo foi um regime autoritário, que nom totalitário. Totalitários som os regimes de partido único, e no franquismo nom havia propriamente partido único (a Falange nom o era, simplesmente era um dos grupos de pressom afectos a Franco) Bem. Já nom sei se na ciência política há outra definiçom para Franco que nom for a de ditador; desde logo o Caudillo, no que é o conceito que eu tenho de um ditador, calha perfeitamente. E nom fai falta que explique porquê, suponho. Aliás aquí nom há um problema de definiçons; o senhor Fraga nom estava, a última vez que dixo isto, a dar umha palestra ou a impartilhar umha aula numha faculdade de Ciências Políticas; nom estava esclarecendo-lhe umha dúvida a ninguém nem disertando sobre as diferenças entre formas de estado...estava respondendo a umha entrevista para Il Corriere della Sera, e no transcurso dessa entrevista Fraga dixo, entre outras cousas, que Franco fora um "pacificador", que nom fora um ditador, e que afinal o juízo histórico para Franco vai ser positivo. Vale.
O pior é que depois nom se lhes pode recordar, a estes senhores do Partido Popular, que determinadas individualidades do seu partido, algumhas com poder institucional, justificam e glorificam a Franco. Nom, eles som democratas, mais democratas do que ninguém. Mas rara vez aparece umha voz a replicar a quem lança bravatas fascistas; ninguém os desautoriza, nunca há conseqüências de nengum tipo para eles.
E depois nom se pode dizer tampouco que estamos num estado herdeiro do franquismo, onde se pode exaltar a figura de Franco, onde pactos subterráneos entre poderes visíveis e nom tam visíveis salvaguardam o legado e a figura de Franco, a eternidade da sua obra.
Pois assim é, estamos num estado que nom vai ser capaz de mandar a Franco ao faiado. Os franquistas nom som inabilitados, nem obrigados a pedir perdom publicamente.

quinta-feira, novembro 17, 2005

Reflexions do dia depois

Agora que sabemos com um bocado mais de detalhe o que aconteceu nas últimas horas e em quê situaçom ficam exactamente as pessoas repressaliadas, cabe reflectir sobre o acontecido. O alcance da operaçom repressiva é provavelmente muito maior do imaginado por alguns. Esta operaçom senta precedentes certamente perigosos: o que se fixo umha vez, pode voltar repetir-se e nom exactamente com os mesmos protagonistas. Cabe recordar aquele tam manido poema de Bertold Brecht “...quando vinherom por mim, era tarde de mais”. Há quem observa como elemento positivo umha pretensa reacçom de rejeitamento social que, parece ser, sobardou os limites da influência social do independentismo. Pois a mim, ainda assim, dá-me a sensaçom de que umha imensa maioria dos que se tinham que inteirar do que acontecia, nom captarom muito bem o fio argumental deste filme. Ontem, poucas horas depois de saber-se que a Audiência Nacional se declarava incompetente para o caso, havia críticas geralizadas à operaçom contra a AMI; antontem os posicionamentos nom eram tam claros, e mesmo havia quem celebrava a detençom dos dez companheiros. Quê aconteceria se a declaraçom de incompetência nom se tivesse dado? E agora, os responsáveis políticos e os méios de comunicaçom que tomarom partido neste assunto, fazendo de propagandistas a favor dos repressores, vam retractar-se do manifestado? Eu recomendaria ver este artigo em Vieiros e os comentários que o sucedem, e também a análise que oferece Primeira Linha sobre as primeiras reacçons à redada contra o independentismo galego. E para fazer-se umha ideia de a quê me refero quando falo da tomada de partido dos méios de comunicaçom, vede este artigo do Félix Soria. Observade, já obviando as inexactitudes pode que até intencionadas nos dados históricos, como estabelece limites entre uns e outros, como tratando de criar um estado de opiniom favorável a que a repressom se encaminhe concretamente a umha facçom determinada do independentismo (e, naturalmente, por extensom, a quem tiver a ousadia de partilhar com eles foros ou espaços de actuaçom)

Atençom ao que poida passar-se a partir de agora, com já duas organizaçons independentistas com um processo pendente por associaçom ilícita.

quarta-feira, novembro 16, 2005

Em liberdade independentistas detid@s

O juíz nom viu elementos para acusar aos dez companheiros e companheiras detid@s antontem de “enaltecimento do terrorismo”, ainda que continua a gravitar sobre a AMI a acusaçom de “associaçom ilícita”. Realmente, pouco material havia para justificar esta operaçom repressiva a grande escala, ainda que os média se encarregarom de maneira muito entregada de justificar as detençons e registos.

A minha tese é que isto fai parte de um tudo, que nom é um acaso que messes atrás hovesse umha operaçom de similares características contra BRIGA. O objectivo é desartelhar o independentismo, provavelmente por temor a que a conjuntura política favoreça um incremento nas suas simpatias. Mas a repressom foi brutal, arbitrária e mesmo indescriminada de mais. Entrarom em centros sociais, acompanhados de fotógrafos da imprensa, chamando a atençom da vizinança dos lugares onde estes estavam ubicados, provocarom desperfeitos e incautarom numeroso material. Os centros sociais e as associaçons lá albergadas também se virom danados na sua imagem pública e no seu património. E isto aliás senta um precedente de agressom ao povo galego do que serám co-responsáveis todas aquelas pessoas e colectivos que, guiados polo medo e os preconceitos, se mantiverom nestas quarenta e oito horas em silêncio.

Nom cabem silêncios nem inibiçons perante a repressom e a criminalizaçom. Obrigado às mostras de apoio aquí expressadas.

terça-feira, novembro 15, 2005

Liberdade patriotas galeg@s !!!

Durante o dia de ontem cometeu-se um atropelo de proporçons escandalosas contra as liberdades públicas na Galiza. Dez pessoas eram detidas baixo as difusas e arbitrárias acusaçons de “enaltecimento do terrorismo”, “associaçom ilícita”, “injúrias”...ou seja, claramente o delito vem sendo ser independentistas, associarem-se para defender as suas ideias e manter atitudes dissidentes com respeito ao sistema e as suas instituiçons. Fala-se muito, e nom demasiado dereito, sobre o independentismo galego hoje na imprensa. Nom serei eu quem faga precisons ou matizaçons que facilitem o trabalho aos repressores. Simplesmente pôr acento no evidente. Está-se atentando contra os direitos fundamentais na Galiza e nom sobre acusaçons fundadas. A operaçom repressiva gerida pola Guardia Civil tem umha clara finalidade política.

Que defender a libertaçom nacional e social deste país seja contestado assim polo aparelho repressivo do estado tem-nos que preocupar na sua justa medida; nom há que se ocultar nem fogir, mas tampouco infra-valorar a capacidade do inimigo para nos fazer dano. Mas também tem que servir para ver como realmente o independentismo é quem bate onde doi. Ainda acabamos de viver um episódio muito parecido com a organizaçom juvenil BRIGA.

Há que sair à rua por dignidade a plantar-lhe cara ao inimigo. A lhe dizer que temos direitos aos que nom pensamos renunciar. E a negar-lhes o direito a coutar a liberdade de qualquer activista pola causa galega.
Hoje às 21h. concentraçom no Obelisco da Corunha.

segunda-feira, novembro 14, 2005

Dez pessoas detidas

Dez independentistas forom detid@s durante o dia de hoje pola Guardia Civil espanhola. Amanhá às 20h. haverá umha concentraçom de protesto na Corunha. Mais informaçom aquí, aquí, aquí e aquí.Nom deixemos que calem a voz de quem luita pola liberdade deste povo.

quinta-feira, novembro 10, 2005

A capitalidade da Galiza

O "amigo" Paco Vázquez nom renuncia à capitalidade da Galiza. De novo remexe numhas terras onde nom havia que remexer.Nas suas últimas declaraçons à imprensa extendeu-se à vontade e explicou detalhadamente qual era o horizonte de futuro ao que aspirava para a cidade e a comarca. E voltou tocar o da capitalidade, essa espinha cravada no mais profundo da planta do pé do orgulho herculino. Eu digo, se queremos ter um país vertebrado, temos que ter claras algumhas cousinhas. Nom estamos nos anos oitenta. Daquela ainda isto tinha um debate, mas...agora só pode ser tirado à luz de novo por quem apenas pretende balbúrdio.

De novo falo desde a mesmíssima lógica do sistema; nom se pode ter o debate da capitalidade sobre a mesa no ano 2005. Nom se pode estar furando com a mesma caralhada vinte e cinco anos. Em todo caso, quem quer umha capital cujo alcaide di que em galego nem de troça, que Galiza nom é umha naçom, que há que respeitar os monumentos fascistas...? Quê classe de espelho é esse para o resto da Galiza? Corunha nom deveria nunca, ao meu entender, ser capital da Galiza, e menos enquanto for alcaide Paco Vázquez.

A capital da Galiza é Compostela. Por motivos históricos. Por ubicaçom geográfica. E porque a maioria do povo galego está de acordo com que seja assim. Corunha será muitas cousas a muitos níveis e é umha cidade galeguíssima, mas nom é a capital.

O alcaide da Corunha tem que deixar de fomentar ódios localistas e atender os verdadeiros problemas da Corunha. Por nom dizer que tem que marchar, porque cada dia está mais fora de lugar.O debate sobre a capitalidade deu-se nos anos oitenta; nom é um debate aberto hoje por hoje. Que vaiam esquecendo esse tema.

segunda-feira, novembro 07, 2005

As cores invisíveis de Benetton

Hoje chamar a atençom acerca dos efeitos que provocam sobre um dos povos mais marginais da terra as operaçons mercantís de umha empresa que se fixo popular polas suas campanhas publicitárias com mensagens solidárias. Ver para acreditar.

quarta-feira, novembro 02, 2005

Nom deixes passar a oportunidade

Som poucos os dias que faltam para sabermos se a nossa cultura oral vai ser património da humanidade. A constáncia e entusiasmo dos promotores primeiros da iniciativa, os rapazes e raparigas que fam possível "Ponte nas Ondas!" merecem que se logre o objectivo. E os "asturianistas" (realmente cavernícolas fachas espanhois) que visitam a página para insultar a quem tivo a ideia da iniciativa, merecem o nabo de que esta causa tenha sucesso. Se ainda nom deixaches o teu apoio, fai-no agora.
Estes rapazes e raparigas som a esperança deste país e de Portugal. A prova de que ainda se pode resistir perante a pantofágica globalizaçom capitalista. Hoje em La Voz de Galicia, vim outro fermoso exemplo. Um grupo de rapazes e raparigas do liceu Manuel Murguia, alguns e algumhas inmigrantes, tiram umha publicaçom em galego: Agromar.
Saudemos estas iniciativas a favor da língua, que tenhem o valor de sair de umha geraçom que muitos dam por perdida.